Desde há 50 anos que se procura o primeiro replicador para a origem da vida. A estrutura de Watson e Crick parecia ser a indicada, mas parece ter falhado.
Apareceram complicações na teoria do primeiro DNA. A replicação do DNA não pode ocorrer sem assistência de várias proteínas. Enquanto o DNA é constituído por nucleótido, as proteínas são formadas por aminoácidos. As proteínas são as faz-tudo. As enzimas aceleram os procesos químicos que sem a sua actuação seriam lentos de mais para a vida. As proteínas são constituídas seguindo instruções codificadas no DNA.
A informação codificada de proteínas no DNA não pode ser recuperada sem a assistência das proteínas. Logo, que molécula apareceu primeiro, as proteínas ou o DNA?
Uma possível solução é o RNA. Esta molécula é idêntica ao DNA mas exerça muitos papéis nas células.
Ribozimas, moléculas idênticas a enzimas e feitas de RNA, pareciam ser uma solução simples: a vida começou com o aparecimento da primeira molécula de RNA. “É possível contemplar um mundo de RNA contendo apenas moléculas de RNA que servem para catalisar a síntese de se mesmas. (…) O primeiro passo da evolução então prossegue com as moléculas de RNA realizando as actividades catalíticas necessárias para montarem a si mesmas a partir de uma sopa de nucleótidos” (Walter Gilbert, Nobel). O primeiro RNA auto-replicador que surgiu de matéria não-viva executava as diversas funções actualmente executadas pelo RNA, DNA e proteínas.
Muitas moléculas pequenas, os co-factores, exercem um papel nas reacções catalíticas de enzimas. Elas carregam um nucleótido de RNA sem função óbvia. Estas estruturam fram consideradas “fósseis moleculares” em que apenas o RNA, sem DNA ou proteínas, dominava o mundo bioquímico.
Estas pistas apoiam a conclusão de que o RNA precedeu o DNA e as proteínas, mas não fornecem informação sobre a origem da vida.
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