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Is Anybody Out There?

Não podemos saber a existência de vida noutros planetas. Há, neste momento uma lista de 287 planetas encontrados fora do Sistema Solar (http://vo.obspm.fr/exoplanetes/encyclo/catalog.php).

Talvez seja improvável a existência de formas de vida superior noutros planetas. Ou talvez elas evoluam sem problemas.

É possível fazer uma alálise grosseira de N, número de civilizações tecnicamente desenvolvidas na Galáxia. Os factores usados por Carl Sagan são os seguintes:

N* - Número de estrelas na Via Láctea;

fp – Fracção de estrelas que possuam um sistema planetário;

ne – Número de planetas de um dado sistema que são ecologicamente adaptáveis à vida;

fl – Fracção de planetas nos quais já existe vida;

fi – Fracção de planetas habitaddos nos quais evoluiu uma forma de vida inteligente;

fc – Fracção de planetas habitados por seres inteligentes onde se desenvolve uma civilização técnica capaz de comunicar;

fL – Fracção de tempo de vida planetário em que existiu uma civilização técnica.

A equação será esta: N = N*fpneflfifcfL As estimativas da época de Sagan apontavam para 4x1011 estrelas na Via Láctea. A maioria delas brilha estavelmente, sendo uma fonte de energia propícia à origem e evolução da vida em planetas próximos. Fp é sensivelmente 1/3, ficando N*fp ≈ 1,3x1011. O ne foi considerado igual a 2, ficando N*fpne ≈ 1,3x1011. Fl≈1/3, o que implica que o número total de planetas da Via Láctea no qual a vida existiu pelo menos uma vez é de cem mil milhões de mundos habitados. Fi x fc = 100 significa que, dentre todos os planetas em que existiu vida, apenas um em cem produziu uma civilização técnica.

Neste momentos temos que N*fpneflfifc ≈ 1 x 109 planetas onde uma civilização onde uma civilização técnica já existiu pelo menos uma vez. Por fim, FL é inferior a 1/108 visto que a Terra só atingiu a fase técnica há umas décadas. Por outro lado, não está fora de questão a hipótese de nos virmos a autodestruir. Neste caso o valor N estará entre 1 e 10.

A equação de Drake, proposta em 1961 pelo astrônomo Frank Donald Drake, diretor do projeto SETI:

A ideia chave é que o número de civilizações existentes na nossa Galáxia (N) = número de civilizações que podem ter surgido no tempo de vida da galáxia (vários fatores) x fraçao desse tempo que dura uma civilização (t/T)

  • 1959: Giuseppe Cocconi (1914-) & Philip Morrison (1915-2005) publicaram "Searching for extraterrestrial Communication (Nature, 184, 844)".
  • 1960: Frank Drake (1930-) começou uma busca de sinais em Ceti e Eridani com o radiotelescopio de 25 m de Green Bank.
  • 1961: 10 especialistas de diversas áreas (Frank Drake, Carl Sagan (1934-1996), Melvin Calvin (1911-) (Premio Nobel de Química de 1961), entre outros) se reúnem. Drake formula sua equação.

N = fpfvfifcN*Tf


onde,
    • fp é a fração provável de estrelas que tem planetas (menor que 0,4),
    • fv é a fração provável de planetas que abrigam vida,
    • fi é a fração provável de planetas que abrigam vida e desenvolveram formas de vida inteligente,
    • fc é a fração provável de planetas que abrigam vida inteligente e que desenvolveram civilizações tecnológicas com comunicação eletromagnética,
    • N* é a taxa de formação de estrelas na Galáxia, e
    • Tt é o tempo provável de duração de uma civilização tecnológica.


A única variável razoavelmente bem conhecida é N*. Podemos fazer um cálculo otimista, supondo que a vida como a nossa pulula na Galáxia, assumindo

N = fpN*Tt,

isto é, que o número de planetas com vida inteligente seria dado pelo número de novas estrelas vezes a duração de uma civilização tecnológica. Usando N*=3/ano, fp = 0,4, e Tt de um século, chega-se a N=120. Podemos estimar a distância média entre estas "civilizações", assumindo que estão distribuídas pela nossa Galáxia. Como nossa galáxia tem aproximadamente 100 000 anos-luz de diâmetro por 1000 anos-luz de espessura, o volume total da galáxia é da ordem de

VG = π x 500002 x 1000 anos – luz3

e a distância média entre estas "civilizações" (dc)

dc = (VC / 4π)1/3

onde
VC = VG/N

Se N = 120, obtemos dc ≈13500 anos-luz. Num cálculo pessimista, o valor de N pode cair por uma factor de um milhão. Nesse caso, para haver uma única civilização tecnológica na galáxia teria de durar no mínimo 300 mil anos. Para se estabelecer uma comunicação por rádio de ida e volta, a duração da civilização tecnológica não poderá ser menor que 12 mil anos. Caso contrário, a civilização interlocutora terá desaparecido antes de receber a resposta.

R*

fp

fv

nT

fi

fc

Tt

N

hipótese muito otimista

20

0,6

2

1

1

1

109

~109

hipótese pessimista

2

0,1

0,1

10-3

10-6

10-3

102

~10-12

Valores de Drake

10

0,5

2

1

0,01

0,01

10000

100


Questionado sobre se faremos contato com alienígenas agora no século 21, Stephen Hawking responde:

“A espécie humana tem essa forma há 2 milhões dos 15 bilhões de anos transcorridos desde o Big Bang; assim, mesmo se a vida se desenvolveu em outros sistemas estelares, as chances de reconhecê-la nesse estágio é bastante remota. Qualquer outra forma de vida será ou muito primitiva ou muito mais avançada do que nós. E se for muito mais avançada, por que não se teria disseminado pela galáxia e visitado a Terra? É possível que haja por aí alguma civilização avançada que sabe de nossa existência, mas nos deixe aqui a cozinhar no nosso caldo primitivo. Mas duvido que tivessem tanta consideração por uma espécie primitiva como a nossa. Há uma história de que a razão de ainda não termos feito contacto com extraterrestres é que quando uma civilização atinge o nosso estágio de desenvolvimento ela torna-se instável e autodestrói-se. Mas sou optimista, acho que podemos evitar as guerras nucleares e o juízo final."


Stephen Hawking admite três níveis de evolução tecnológica para uma civilização antes que esta se auto-destrua, os níveis são: 1- total aproveitamento da energia nuclear; 2- total aproveitamento da energia solar; 3- total aproveitamento da energia da própria galáxia. Podemos estar longe do nível 3 de evolução tecnológica e consequente aproveitamento energético mas não estamos tão longe dum outro tipo de destruição: a destruição em massa das espécies animais e vegetais, e a destruição ambiental. Sem a intervenção da ética sem dúvida que nos aproximamos da destruição.



Fontes:
http://www.angelfire.com/anime/paranormal/hawkins.html
http://vo.obspm.fr/exoplanetes/encyclo/catalog.php
http://astro.if.ufrgs.br/vida/index.htm
"Cosmos" de Carl Sagan
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Mutações Benignas

Sim, há mutações que nos ajudam a sobreviver a doenças. Essas mutaões são como medicamentos do nosso próprio organismo. Um desses casos veio no jornal Público, cuja notícia saiu, em primeira mão, na Natura Genetics.

A tensão alta é um problema cada vez mais comum, afectando mil milhões de pessoas. Mas cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo são portadoras de três mutações genéticas que mantêm baixa a sua tensão arterial, protegendo-as de vir a sofrer de doenças cardíacas e renais, além de reduzir o risco de virem a ter acidentes vasculares cerebrais.

Os genes NCCT, NKCC2 e ROMK foram identificados por investigadores dos Estados Unidos, que relataram o feito na revista científica Nature Genetics.


“As pessoas que têm estas mutações genéticas têm um risco 60 por cento menor de vir a sofrer de hipertensão”, disse Richard Lifton, investigador do Instituto Médico Howard Hughes, citado num comunicado de imprensa. “Descobrimos que dois por cento da população tem mutações em pelo menos um destes três genes”, disse Lifton, citado pela Reuters. É como se tivessem um medicamento contra a tensão alta incorporado de nascença — mas sofrem de doenças genéticas relacionadas com uma tensão arterial demasiado baixa.

Outras mutações protegem, não o indivíduo, mas sim a população, não deixando a doença propagar.

Mulheres afectadas por fibrodiplastia óssea progressiva (FOP), uma doença autossómica dominante, dificilmente se reproduzem, até pelas dificuldades que o parto representa para elas. Os homens também apresentam capacidade reprodutiva reduzida, uma forma de a Natureza “controlar” a incidência dessas doenças.

A síndrome de Progéria Hutchingson-Gilford, o envelhecimento precoce e acelerado que geralmente leva à morte por volta dos 16 anos de idade. A causa desta doença encontra-se na lâmina A, uma das proteínas que compõem a estrutura do núcleo celular, na qual faltam 50 aminoácidos comprometendo o mecanismo de detecção de danos do DNA.

Fontes:

Jornal Público

Scientific American

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Uma (outra) Tabela Periódica Original


Aqui poderão clicar em cada elemento e ver as propriedades de cada um
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28/04/2008

Is Anybody Out There?

Não podemos saber a existência de vida noutros planetas. Há, neste momento uma lista de 287 planetas encontrados fora do Sistema Solar (http://vo.obspm.fr/exoplanetes/encyclo/catalog.php).

Talvez seja improvável a existência de formas de vida superior noutros planetas. Ou talvez elas evoluam sem problemas.

É possível fazer uma alálise grosseira de N, número de civilizações tecnicamente desenvolvidas na Galáxia. Os factores usados por Carl Sagan são os seguintes:

N* - Número de estrelas na Via Láctea;

fp – Fracção de estrelas que possuam um sistema planetário;

ne – Número de planetas de um dado sistema que são ecologicamente adaptáveis à vida;

fl – Fracção de planetas nos quais já existe vida;

fi – Fracção de planetas habitaddos nos quais evoluiu uma forma de vida inteligente;

fc – Fracção de planetas habitados por seres inteligentes onde se desenvolve uma civilização técnica capaz de comunicar;

fL – Fracção de tempo de vida planetário em que existiu uma civilização técnica.

A equação será esta: N = N*fpneflfifcfL As estimativas da época de Sagan apontavam para 4x1011 estrelas na Via Láctea. A maioria delas brilha estavelmente, sendo uma fonte de energia propícia à origem e evolução da vida em planetas próximos. Fp é sensivelmente 1/3, ficando N*fp ≈ 1,3x1011. O ne foi considerado igual a 2, ficando N*fpne ≈ 1,3x1011. Fl≈1/3, o que implica que o número total de planetas da Via Láctea no qual a vida existiu pelo menos uma vez é de cem mil milhões de mundos habitados. Fi x fc = 100 significa que, dentre todos os planetas em que existiu vida, apenas um em cem produziu uma civilização técnica.

Neste momentos temos que N*fpneflfifc ≈ 1 x 109 planetas onde uma civilização onde uma civilização técnica já existiu pelo menos uma vez. Por fim, FL é inferior a 1/108 visto que a Terra só atingiu a fase técnica há umas décadas. Por outro lado, não está fora de questão a hipótese de nos virmos a autodestruir. Neste caso o valor N estará entre 1 e 10.

A equação de Drake, proposta em 1961 pelo astrônomo Frank Donald Drake, diretor do projeto SETI:

A ideia chave é que o número de civilizações existentes na nossa Galáxia (N) = número de civilizações que podem ter surgido no tempo de vida da galáxia (vários fatores) x fraçao desse tempo que dura uma civilização (t/T)

  • 1959: Giuseppe Cocconi (1914-) & Philip Morrison (1915-2005) publicaram "Searching for extraterrestrial Communication (Nature, 184, 844)".
  • 1960: Frank Drake (1930-) começou uma busca de sinais em Ceti e Eridani com o radiotelescopio de 25 m de Green Bank.
  • 1961: 10 especialistas de diversas áreas (Frank Drake, Carl Sagan (1934-1996), Melvin Calvin (1911-) (Premio Nobel de Química de 1961), entre outros) se reúnem. Drake formula sua equação.

N = fpfvfifcN*Tf


onde,
    • fp é a fração provável de estrelas que tem planetas (menor que 0,4),
    • fv é a fração provável de planetas que abrigam vida,
    • fi é a fração provável de planetas que abrigam vida e desenvolveram formas de vida inteligente,
    • fc é a fração provável de planetas que abrigam vida inteligente e que desenvolveram civilizações tecnológicas com comunicação eletromagnética,
    • N* é a taxa de formação de estrelas na Galáxia, e
    • Tt é o tempo provável de duração de uma civilização tecnológica.


A única variável razoavelmente bem conhecida é N*. Podemos fazer um cálculo otimista, supondo que a vida como a nossa pulula na Galáxia, assumindo

N = fpN*Tt,

isto é, que o número de planetas com vida inteligente seria dado pelo número de novas estrelas vezes a duração de uma civilização tecnológica. Usando N*=3/ano, fp = 0,4, e Tt de um século, chega-se a N=120. Podemos estimar a distância média entre estas "civilizações", assumindo que estão distribuídas pela nossa Galáxia. Como nossa galáxia tem aproximadamente 100 000 anos-luz de diâmetro por 1000 anos-luz de espessura, o volume total da galáxia é da ordem de

VG = π x 500002 x 1000 anos – luz3

e a distância média entre estas "civilizações" (dc)

dc = (VC / 4π)1/3

onde
VC = VG/N

Se N = 120, obtemos dc ≈13500 anos-luz. Num cálculo pessimista, o valor de N pode cair por uma factor de um milhão. Nesse caso, para haver uma única civilização tecnológica na galáxia teria de durar no mínimo 300 mil anos. Para se estabelecer uma comunicação por rádio de ida e volta, a duração da civilização tecnológica não poderá ser menor que 12 mil anos. Caso contrário, a civilização interlocutora terá desaparecido antes de receber a resposta.

R*

fp

fv

nT

fi

fc

Tt

N

hipótese muito otimista

20

0,6

2

1

1

1

109

~109

hipótese pessimista

2

0,1

0,1

10-3

10-6

10-3

102

~10-12

Valores de Drake

10

0,5

2

1

0,01

0,01

10000

100


Questionado sobre se faremos contato com alienígenas agora no século 21, Stephen Hawking responde:

“A espécie humana tem essa forma há 2 milhões dos 15 bilhões de anos transcorridos desde o Big Bang; assim, mesmo se a vida se desenvolveu em outros sistemas estelares, as chances de reconhecê-la nesse estágio é bastante remota. Qualquer outra forma de vida será ou muito primitiva ou muito mais avançada do que nós. E se for muito mais avançada, por que não se teria disseminado pela galáxia e visitado a Terra? É possível que haja por aí alguma civilização avançada que sabe de nossa existência, mas nos deixe aqui a cozinhar no nosso caldo primitivo. Mas duvido que tivessem tanta consideração por uma espécie primitiva como a nossa. Há uma história de que a razão de ainda não termos feito contacto com extraterrestres é que quando uma civilização atinge o nosso estágio de desenvolvimento ela torna-se instável e autodestrói-se. Mas sou optimista, acho que podemos evitar as guerras nucleares e o juízo final."


Stephen Hawking admite três níveis de evolução tecnológica para uma civilização antes que esta se auto-destrua, os níveis são: 1- total aproveitamento da energia nuclear; 2- total aproveitamento da energia solar; 3- total aproveitamento da energia da própria galáxia. Podemos estar longe do nível 3 de evolução tecnológica e consequente aproveitamento energético mas não estamos tão longe dum outro tipo de destruição: a destruição em massa das espécies animais e vegetais, e a destruição ambiental. Sem a intervenção da ética sem dúvida que nos aproximamos da destruição.



Fontes:
http://www.angelfire.com/anime/paranormal/hawkins.html
http://vo.obspm.fr/exoplanetes/encyclo/catalog.php
http://astro.if.ufrgs.br/vida/index.htm
"Cosmos" de Carl Sagan

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09/04/2008

Mutações Benignas

Sim, há mutações que nos ajudam a sobreviver a doenças. Essas mutaões são como medicamentos do nosso próprio organismo. Um desses casos veio no jornal Público, cuja notícia saiu, em primeira mão, na Natura Genetics.

A tensão alta é um problema cada vez mais comum, afectando mil milhões de pessoas. Mas cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo são portadoras de três mutações genéticas que mantêm baixa a sua tensão arterial, protegendo-as de vir a sofrer de doenças cardíacas e renais, além de reduzir o risco de virem a ter acidentes vasculares cerebrais.

Os genes NCCT, NKCC2 e ROMK foram identificados por investigadores dos Estados Unidos, que relataram o feito na revista científica Nature Genetics.


“As pessoas que têm estas mutações genéticas têm um risco 60 por cento menor de vir a sofrer de hipertensão”, disse Richard Lifton, investigador do Instituto Médico Howard Hughes, citado num comunicado de imprensa. “Descobrimos que dois por cento da população tem mutações em pelo menos um destes três genes”, disse Lifton, citado pela Reuters. É como se tivessem um medicamento contra a tensão alta incorporado de nascença — mas sofrem de doenças genéticas relacionadas com uma tensão arterial demasiado baixa.

Outras mutações protegem, não o indivíduo, mas sim a população, não deixando a doença propagar.

Mulheres afectadas por fibrodiplastia óssea progressiva (FOP), uma doença autossómica dominante, dificilmente se reproduzem, até pelas dificuldades que o parto representa para elas. Os homens também apresentam capacidade reprodutiva reduzida, uma forma de a Natureza “controlar” a incidência dessas doenças.

A síndrome de Progéria Hutchingson-Gilford, o envelhecimento precoce e acelerado que geralmente leva à morte por volta dos 16 anos de idade. A causa desta doença encontra-se na lâmina A, uma das proteínas que compõem a estrutura do núcleo celular, na qual faltam 50 aminoácidos comprometendo o mecanismo de detecção de danos do DNA.

Fontes:

Jornal Público

Scientific American

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03/04/2008

Uma (outra) Tabela Periódica Original


Aqui poderão clicar em cada elemento e ver as propriedades de cada um

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