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Dimensões

Este magnífico vídeo mostra as reais dimensões de alguns corpos celestes.



Sol - anã amarela classe G2 (Morgan-Keen)

Sirius - anã branco-azulada classe B (Morgan-Keen)

Pollux - gigante alaranjada

Arcturus - média alaranjada classe K(Morgan-Keen)

Rigel - supergigante azul classe B(Morgan-Keen)

Beteigeuze - gigante vermelha classe M(Morgan-Keen)

Antares - supergigante vermelha classe M(Morgan-Keen)

My-Cephei - hipergigante laranja

W-Cephei hipergigante laranja
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Higgs, massa e arrefecimento do Universo

A 10-42 segundos após a explosão, crê-se que a temperatura foi cerca de 1032 Kelvin. Todos os campos oscilavam violentamente.

À medida que o universo arrefecia e expandia, a densidade de matéria e radiação caía. As ondulações aproximaram-se de 0 (em média)

Quando a temperatura baixou o suficiente, o campo de Higgs condensou num determinado valor não nulo através de todo o espaço. O universo estaria, então repleto de um campo de Higgs uniforme e não nulo.

Para forçar um campo de Higgs a ter valor zero teríamos de elevar a sua energia e a região do espaço não estaria tão vazia como poderia estar. Remover um campo de Higgs é equivalente a adicionar energia à região.

Origem da Massa

Podemos sentir os nossos músculos a trabalhar. Quanto maior a massa do objecto a ser movido, maior a força que terão de exercer. Neste sentido, a massa de um objecto representa a sua resistência a mudanças do seu movimento. De onde vem esta resistência a ser acelerado? O que dá inércia a um objecto?

O oceano de Higgs, no qual estamos todos imersos, interage com os quarks e com os electrões: resiste às suas acelerações. Nós sentimos o campo de Higgs. As forças que exercemos milhares de vezes por dia para mudar a velocidade deste ou daquele objecto são forças que lutam contra o arrastamento do oceano de Higs.

Para acelerar uma bola de pingue-pongue submersa em melaço, teríamos de empurrar com muito mais força. Ela resistirá às nossas tentativas para mudar a sua velocidade mais fortemente do que quando não está no melaço, e assim comporta-se como se tivesse aumentado a sua massa. As partículas elementares resistem a tentativas de mudança das suas velocidades – adquirem massa.

Se não fosse o campo de Higgs, todas as partículas fundamentais seriam como o fotão, e não teriam qualquer massa.

Arrefecimento do Universo

O campo de Higgs condensa num valor não nulo a mil biliões de graus (1015). É a temperatura para a qual se acredita que o universo tenha baixado um centésimo de bilionésimo (10-11) de segundo após o Big Bang, o campo de Higgs flutuavapara cima e para baixo, mas tinha um valor médio 0. Um oceano de Higgs não se podia formar a tais temperaturas porque estava demasiado quente. Não havi resistência ao movimento acelerado, todas as partículas tinham massa igual a zero.

Existe uma mudança de aparência e a transição de fase é acompanhada por uma redução de simetria. Várias espécies de partículas adquiriram massas não nulas. Após a condensação do campo de Higgs, as massas das partículas transmutaram-se em valores não nulos e perdeu-se a simetria entre as massas.

A simetria entre fotões, partículas W e Z verificava-se antes da formação do oceano de Higgs. Já que estas partículas transmitem as suas forças respectivas, a simetria entre elas significa que há simetria entre as forças. A temperaturas que vaporizam o vácuo cheio de Higgs de hoje, não há distinção entre a força nuclear fraca e a força electromagnética.

Aquilo que normalmente consideramos o espaço vazio – vácuo – desempenha um papel central em fazer que o mundo se pareça com aquilo que é. Só vaporizando o vácuo, elevando a temperatura o suficiente para que o campo de Higgs evapore – adquira um valor médio de zero -, se tornaria evidente a simetria total que serve de base às leis da natureza.

Através de colisões deveria ser possível extrair uma partícula de Higgs. Essa confirmação produziria indícios directos de uma era antiga, em que vários aspectos do universo de hoje que nos parecem diferentes eram parte de um todo simétrico.

Sem invocar o espiritual podemos aproximar-nos do pensamento de Henry More na nossa busca de compreensão do espaço e do tempo. Para More, o conceito de espaço vazio não fazia sentido porque o espaço estava sempre cheio de espírito divino. Para nós, o conceito usual de espaço vazio pode, de forma similar, ser uma ilusão, já que o espaço vazio a que somos capazes de aceder pode estar sempre cheio com um oceano de campo de Higgs.
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União dos Campos e a solução dos problemas da Cosmologia - II

Em 1964, Peter Higgs, descobriu que uma teoria com uma quebra espontânea da simetria permitiria a existência de partículas maciças. A massa surge da interacção entre o campo φ e todos os tipos de partículas. Antes de φ se estabelecer num dos mínimos da sua energia potencial, as partículas saltam ligeiramente desimpedidas. Mas assim que o φ chega a –v ou +v, o campo recém estabelecido exerce resistência a qualquer coisa acoplada a ele. As partículas portadoras de força começam a comportar-se como se tivessem massa diferente de zero, e quaisquer medições da sua massa dependeriam do valor local de φ. Brans-Dicke e higgs propuseram explicar a origem da massa introduzindo um novo campo escalar que interagia com todos os tipos de matéria.

No início dos anos 70, ninguém sugeriu que φBD e φH poderiam ser fisicamente semelhantes.

No final dos anos 70, houve a descoberta da liberdade assintótica em 1973 e a construção das primeiras grandes teoria unificadas (GUTs) em 1973 e 1974.A liberdade assintítica trata-se da diminuição força da interacção quando a energia das partículas aumenta, em vez de aumentar da mesma forma que a maioria das outras forças.

A introdução das GUTs direccionou a atenção para as energias altas. Os físicos perceberam que o potencial de três forças fundamentais - electromagnetismo e forças nucleares fracas e fortes – poderiam convergir à medida que aumentava a energia das partículas. Assim que as energias aumentassem o suficiente, as três forças agiriam como uma única força indiferenciada. Esta unificação ocorreria a uma escala astronómica de cerca de 1024 eléctron-volts. Isto mostra-nos que a energia média das partículas no Universo teria sido extremamente alta nos primórdios da história cósmica.

Em 1979, dois teóricos sugeriram que φBD e φH poderiam ser um único e mesmo campo. Anthony Zee e Lee Smolin combinaram as equações gravitacionais de quebra de simetria de Goldstone-Higgs.

Nesse modelo, a força local da gravidade variava inicialmente ao longo do tempo e do espaço, com G proporcional a 1/ φ2, mas o seu valor constante actual surgia após o campo φ se estabelecer num mínimo do seu potencial de quebra de simetria, que ocorreu nos primeiros momentos do Big Bang. Desta forma Zee e Smolin ofereceram a explicação para o motivo de a força gravitacional ser tão fraca em comparação a outras: quando o campo se estabeleceu no seu estado final, φ=±v, ele ancorou φ nalgum grande valor diferente de zero, levando G a um valor menor.

Em 1980 Zee notou que as teorias cosmológica padrão permaneciam incapazes de responder à uniformidade extraordinária do Universo observável (pelo menos nas escalas maiores). Dicke concluiu que o Big bang também não consegui explicar a planura do Universo, cuja forma poderia em princípio afastar-se bastante da curvatura mínima observada pelos astrónomos. Em 1981, Alan Guth introduziu a cosmologia inflacionário para tratar de ambos os problemas. O modelo de Guth contava com outro campo escalar, modelado segundo o de Higgs: o Inflatão. Este campo ofereceu a força motriz por trás de um período postulado de expansão rápida – inflação – durante os primeiros momentos do Universo.

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União dos Campos e a solução dos problemas da Cosmologia - I

No final dos anos 50 e início dos anos 60 havia um problema entre os físicos: porque os objectos têm massa? A resposta veio de dois conjuntos de ideias, o campo de Brans-dick e o campo de Higgs.

Especialistas abordaram o problema segundo os termos de Mach. A massa de um objecto – uma medida da sua resistência às mudanças do seu movimento – deriva das interacções gravitacionais desse objecto com todas as outras matérias do Universo.

Para incorporar o princípio de Mach na teoria gravitacional, postularam a existência de um novo campo escalar que interage com todos os tipos de matéria. Na relatividade geral de Einstein a força da gravidade é fixada pela constante G de Newton. Brans e Dicke sugeriram que o princípio de Mach poderia ser atendido se a constante de Newton variasse ao longo do tempo e do espaço. Eles introduziram um campo chamado φ (“phi”), inversamente proporcional à constante de Newton, e trocaram G por 1/ φ.

Assim, a matéria corresponde à curvatura do tempo e do espaço, e às variações na força local da gravidade. O campo φ permeia todo o espaço, e o seu comportamento ajuda a determinar como a matéria de move pelo espaço e pelo tempo. A medição da massa de um objecto depende do valor local de φ.

A partir dos anos 50 o problema da massa surgiu de forma diferente. Os teóricos descobriram que podiam representar os efeitos das forças nucleares impondo classes especiais de simetrias nas equações que regem o comportamento de partículas subatómicas. Mas os termos violavam as simetrias especiais. Em particular afectou os bósões W e Z, as partículas que promovem a força nuclear fraca, responsável pelo decaimento radioactivo. Se fossem realmente sem massa, como as simetrias pareciam exigir, o alcance das forças nucleares devia ser infinito – o comportamento das forças nucleares decrescem rapidamente em distâncias maiores do que o tamanho dos núcleos atómicos.

Muitos físicos tentaram desenvolver uma teoria que representasse as propriedades simétricas e incorporando simultaneamente a massa das partículas. Em 1961, Jeffrey Goldstone, introduziu um campo escalar, coincidentemente chamado φ, cuja densidade de energia potencial, V(φ), apresenta dois pontos mais baixos: quando tem os valores de –v e +v. Como a energia do sistema é mais baixa nestes mínimos, o campo acabará por se estabelecer num deles. Como o campo deve no final estaelecer-se apenas num valor - -v ou +v -, a solução para as equações rompe espontaneamente com a simetria.

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Promo vídeo dos Diabo a Sete!

Aqui fica o vídeo de promoção dos Diabo a Sete. Este promo vídeo foi gravado ao vivo a 22 de Junho de 2007 no TAGV (Coimbra), por altura da apresentação do 1º trabalho discográfico "Parainfernália", um dos discos do ano (Programa "Sopa da Pedra, de Carlos Norton)





Mais informações no blog dos Diabo a Sete
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Origem da Vida: O Caldeirão da Sopa Está Vazio

Os blocos de construção do RNA são complexos: um açúcar, um fosfato e uma das quatro bases azotadas. Deste modo, cada nucleótido de RNA possui nove ou dez átomos de carbono, vários de azoto e oxigénio e um grupo fosfato. Existem muitas alternativas para formar as conexões, produzindo milhares de nucleótidos possíveis. Este número torna-se pequeno quando comparado com o número de conexões possíveis de moléculas orgânicas estáveis de tamanho semelhante que não sejam nucleótidos.

A ideia de que os nucleótidos poderiam ser formados assim mesmo foi inspirada numa experiência de Stanley L. Miller, em 1953. Ele aplicou uma descarga eléctrica a uma mistura de gases simples, considerada na época como representante da atmosfera dos primórdios da Terra.

Alguns autores presumiram que todos os blocos de construção da vida poderiam ser formados com facilidade em experiências como a de Miller e estavam presentes em meteoritos e outros corpos extraterrestres. Mas não é o caso.

Os aminoácidos de Millerr são menos complexos do que os nucleótidos: um grupo amina (um átomo de azoto e dois de hidrogénio) e um grupo ácido carboxílico (um átomo de carbono, dois de oxinénio e um de hidrogénio), ambos ligados ao mesmo carbono. Nenhum nucleótido de qualquer espécie foi apontado como produto das experiências com descarga eléctrica ou em estudos de meteoritos.

Com base na síntese prebiótica os investigadores tentaram mostrar que o RNA e os seus componentes podem ser sintetisados em laboratório a partir de uma sequência de reacções cuidadosamente controladas, usando condições materiais iniciais relevantes.

Supostamente, esta primeira molécula replicadora teria as capacidades catalíticas do RNA. Como nenhum vestígio deste foi reconhecido, o RNA deve ter sido assumido completamente todas as suas funções em algum momento após o seu aparecimento.

Vamos presumir que a sopa de blocos de construção surgiu de algum modo e que as condições favoreciam a ligação entre os blocos, formando cadeias. Esta sopa deveria conter grandes quantidades de blocos de construção defeituosos, cuja inclusão numa cadeia nascente arruinaria a sua capacidade de agir como replicadora.

A Natureza combinaria unidades de forma aleatória, produzindo cadeias curtas limitadas, em vez de cadeias longas de geometria uniforme necessária para as funções replicadoras e catalíticas.

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We Building Life!

Foi criado em laboratório o primeiro genoma sintético de um organismo vivo. O feito pode ser um passo importante no processo de criação de vida.

A criação vem explicada na revista Science. Esta publicação científica explica que a espécie eleita pela equipa de Craig Venter, pai do Projecto Genoma Humano, foi a bactéria "Mycoplasma genitalium", o ser vivo com o genoma mais pequeno, de entre os que são passíveis de ser reproduzidos de forma independente.

"Este pode ser o primeiro passo para a síntese artificial de qualquer coisa que um dia possa vir a ser vida completa", afirmou o investigador português, Alexandre Quintanilha.

Na perspectiva do investigador, os cientistas estão a demonstrar "de uma forma simples e clara que uma célula viva é um sistema complexo mas que pode ser feito a partir dos seus constituintes".

"Nesta altura, ainda não conseguimos fazer células a partir dos seus blocos constituintes de uma célula, ainda não conseguimos criar vida a partir da vida, mas se for possível começar a construir cromossomas novos a partir do seu material químico e fazer um DNA a partir dos seus componentes químicos, isso será um passo importantíssimo", afirma.

Para Alexandre Quintanilha, essa evolução científica será "um passo muito importante para demonstrar que a vida pode ser criada a partir dos seus componentes".
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15/02/2008

Dimensões

Este magnífico vídeo mostra as reais dimensões de alguns corpos celestes.



Sol - anã amarela classe G2 (Morgan-Keen)

Sirius - anã branco-azulada classe B (Morgan-Keen)

Pollux - gigante alaranjada

Arcturus - média alaranjada classe K(Morgan-Keen)

Rigel - supergigante azul classe B(Morgan-Keen)

Beteigeuze - gigante vermelha classe M(Morgan-Keen)

Antares - supergigante vermelha classe M(Morgan-Keen)

My-Cephei - hipergigante laranja

W-Cephei hipergigante laranja

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14/02/2008

Higgs, massa e arrefecimento do Universo

A 10-42 segundos após a explosão, crê-se que a temperatura foi cerca de 1032 Kelvin. Todos os campos oscilavam violentamente.

À medida que o universo arrefecia e expandia, a densidade de matéria e radiação caía. As ondulações aproximaram-se de 0 (em média)

Quando a temperatura baixou o suficiente, o campo de Higgs condensou num determinado valor não nulo através de todo o espaço. O universo estaria, então repleto de um campo de Higgs uniforme e não nulo.

Para forçar um campo de Higgs a ter valor zero teríamos de elevar a sua energia e a região do espaço não estaria tão vazia como poderia estar. Remover um campo de Higgs é equivalente a adicionar energia à região.

Origem da Massa

Podemos sentir os nossos músculos a trabalhar. Quanto maior a massa do objecto a ser movido, maior a força que terão de exercer. Neste sentido, a massa de um objecto representa a sua resistência a mudanças do seu movimento. De onde vem esta resistência a ser acelerado? O que dá inércia a um objecto?

O oceano de Higgs, no qual estamos todos imersos, interage com os quarks e com os electrões: resiste às suas acelerações. Nós sentimos o campo de Higgs. As forças que exercemos milhares de vezes por dia para mudar a velocidade deste ou daquele objecto são forças que lutam contra o arrastamento do oceano de Higs.

Para acelerar uma bola de pingue-pongue submersa em melaço, teríamos de empurrar com muito mais força. Ela resistirá às nossas tentativas para mudar a sua velocidade mais fortemente do que quando não está no melaço, e assim comporta-se como se tivesse aumentado a sua massa. As partículas elementares resistem a tentativas de mudança das suas velocidades – adquirem massa.

Se não fosse o campo de Higgs, todas as partículas fundamentais seriam como o fotão, e não teriam qualquer massa.

Arrefecimento do Universo

O campo de Higgs condensa num valor não nulo a mil biliões de graus (1015). É a temperatura para a qual se acredita que o universo tenha baixado um centésimo de bilionésimo (10-11) de segundo após o Big Bang, o campo de Higgs flutuavapara cima e para baixo, mas tinha um valor médio 0. Um oceano de Higgs não se podia formar a tais temperaturas porque estava demasiado quente. Não havi resistência ao movimento acelerado, todas as partículas tinham massa igual a zero.

Existe uma mudança de aparência e a transição de fase é acompanhada por uma redução de simetria. Várias espécies de partículas adquiriram massas não nulas. Após a condensação do campo de Higgs, as massas das partículas transmutaram-se em valores não nulos e perdeu-se a simetria entre as massas.

A simetria entre fotões, partículas W e Z verificava-se antes da formação do oceano de Higgs. Já que estas partículas transmitem as suas forças respectivas, a simetria entre elas significa que há simetria entre as forças. A temperaturas que vaporizam o vácuo cheio de Higgs de hoje, não há distinção entre a força nuclear fraca e a força electromagnética.

Aquilo que normalmente consideramos o espaço vazio – vácuo – desempenha um papel central em fazer que o mundo se pareça com aquilo que é. Só vaporizando o vácuo, elevando a temperatura o suficiente para que o campo de Higgs evapore – adquira um valor médio de zero -, se tornaria evidente a simetria total que serve de base às leis da natureza.

Através de colisões deveria ser possível extrair uma partícula de Higgs. Essa confirmação produziria indícios directos de uma era antiga, em que vários aspectos do universo de hoje que nos parecem diferentes eram parte de um todo simétrico.

Sem invocar o espiritual podemos aproximar-nos do pensamento de Henry More na nossa busca de compreensão do espaço e do tempo. Para More, o conceito de espaço vazio não fazia sentido porque o espaço estava sempre cheio de espírito divino. Para nós, o conceito usual de espaço vazio pode, de forma similar, ser uma ilusão, já que o espaço vazio a que somos capazes de aceder pode estar sempre cheio com um oceano de campo de Higgs.

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10/02/2008

União dos Campos e a solução dos problemas da Cosmologia - II

Em 1964, Peter Higgs, descobriu que uma teoria com uma quebra espontânea da simetria permitiria a existência de partículas maciças. A massa surge da interacção entre o campo φ e todos os tipos de partículas. Antes de φ se estabelecer num dos mínimos da sua energia potencial, as partículas saltam ligeiramente desimpedidas. Mas assim que o φ chega a –v ou +v, o campo recém estabelecido exerce resistência a qualquer coisa acoplada a ele. As partículas portadoras de força começam a comportar-se como se tivessem massa diferente de zero, e quaisquer medições da sua massa dependeriam do valor local de φ. Brans-Dicke e higgs propuseram explicar a origem da massa introduzindo um novo campo escalar que interagia com todos os tipos de matéria.

No início dos anos 70, ninguém sugeriu que φBD e φH poderiam ser fisicamente semelhantes.

No final dos anos 70, houve a descoberta da liberdade assintótica em 1973 e a construção das primeiras grandes teoria unificadas (GUTs) em 1973 e 1974.A liberdade assintítica trata-se da diminuição força da interacção quando a energia das partículas aumenta, em vez de aumentar da mesma forma que a maioria das outras forças.

A introdução das GUTs direccionou a atenção para as energias altas. Os físicos perceberam que o potencial de três forças fundamentais - electromagnetismo e forças nucleares fracas e fortes – poderiam convergir à medida que aumentava a energia das partículas. Assim que as energias aumentassem o suficiente, as três forças agiriam como uma única força indiferenciada. Esta unificação ocorreria a uma escala astronómica de cerca de 1024 eléctron-volts. Isto mostra-nos que a energia média das partículas no Universo teria sido extremamente alta nos primórdios da história cósmica.

Em 1979, dois teóricos sugeriram que φBD e φH poderiam ser um único e mesmo campo. Anthony Zee e Lee Smolin combinaram as equações gravitacionais de quebra de simetria de Goldstone-Higgs.

Nesse modelo, a força local da gravidade variava inicialmente ao longo do tempo e do espaço, com G proporcional a 1/ φ2, mas o seu valor constante actual surgia após o campo φ se estabelecer num mínimo do seu potencial de quebra de simetria, que ocorreu nos primeiros momentos do Big Bang. Desta forma Zee e Smolin ofereceram a explicação para o motivo de a força gravitacional ser tão fraca em comparação a outras: quando o campo se estabeleceu no seu estado final, φ=±v, ele ancorou φ nalgum grande valor diferente de zero, levando G a um valor menor.

Em 1980 Zee notou que as teorias cosmológica padrão permaneciam incapazes de responder à uniformidade extraordinária do Universo observável (pelo menos nas escalas maiores). Dicke concluiu que o Big bang também não consegui explicar a planura do Universo, cuja forma poderia em princípio afastar-se bastante da curvatura mínima observada pelos astrónomos. Em 1981, Alan Guth introduziu a cosmologia inflacionário para tratar de ambos os problemas. O modelo de Guth contava com outro campo escalar, modelado segundo o de Higgs: o Inflatão. Este campo ofereceu a força motriz por trás de um período postulado de expansão rápida – inflação – durante os primeiros momentos do Universo.

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União dos Campos e a solução dos problemas da Cosmologia - I

No final dos anos 50 e início dos anos 60 havia um problema entre os físicos: porque os objectos têm massa? A resposta veio de dois conjuntos de ideias, o campo de Brans-dick e o campo de Higgs.

Especialistas abordaram o problema segundo os termos de Mach. A massa de um objecto – uma medida da sua resistência às mudanças do seu movimento – deriva das interacções gravitacionais desse objecto com todas as outras matérias do Universo.

Para incorporar o princípio de Mach na teoria gravitacional, postularam a existência de um novo campo escalar que interage com todos os tipos de matéria. Na relatividade geral de Einstein a força da gravidade é fixada pela constante G de Newton. Brans e Dicke sugeriram que o princípio de Mach poderia ser atendido se a constante de Newton variasse ao longo do tempo e do espaço. Eles introduziram um campo chamado φ (“phi”), inversamente proporcional à constante de Newton, e trocaram G por 1/ φ.

Assim, a matéria corresponde à curvatura do tempo e do espaço, e às variações na força local da gravidade. O campo φ permeia todo o espaço, e o seu comportamento ajuda a determinar como a matéria de move pelo espaço e pelo tempo. A medição da massa de um objecto depende do valor local de φ.

A partir dos anos 50 o problema da massa surgiu de forma diferente. Os teóricos descobriram que podiam representar os efeitos das forças nucleares impondo classes especiais de simetrias nas equações que regem o comportamento de partículas subatómicas. Mas os termos violavam as simetrias especiais. Em particular afectou os bósões W e Z, as partículas que promovem a força nuclear fraca, responsável pelo decaimento radioactivo. Se fossem realmente sem massa, como as simetrias pareciam exigir, o alcance das forças nucleares devia ser infinito – o comportamento das forças nucleares decrescem rapidamente em distâncias maiores do que o tamanho dos núcleos atómicos.

Muitos físicos tentaram desenvolver uma teoria que representasse as propriedades simétricas e incorporando simultaneamente a massa das partículas. Em 1961, Jeffrey Goldstone, introduziu um campo escalar, coincidentemente chamado φ, cuja densidade de energia potencial, V(φ), apresenta dois pontos mais baixos: quando tem os valores de –v e +v. Como a energia do sistema é mais baixa nestes mínimos, o campo acabará por se estabelecer num deles. Como o campo deve no final estaelecer-se apenas num valor - -v ou +v -, a solução para as equações rompe espontaneamente com a simetria.

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04/02/2008

Promo vídeo dos Diabo a Sete!

Aqui fica o vídeo de promoção dos Diabo a Sete. Este promo vídeo foi gravado ao vivo a 22 de Junho de 2007 no TAGV (Coimbra), por altura da apresentação do 1º trabalho discográfico "Parainfernália", um dos discos do ano (Programa "Sopa da Pedra, de Carlos Norton)





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03/02/2008

Origem da Vida: O Caldeirão da Sopa Está Vazio

Os blocos de construção do RNA são complexos: um açúcar, um fosfato e uma das quatro bases azotadas. Deste modo, cada nucleótido de RNA possui nove ou dez átomos de carbono, vários de azoto e oxigénio e um grupo fosfato. Existem muitas alternativas para formar as conexões, produzindo milhares de nucleótidos possíveis. Este número torna-se pequeno quando comparado com o número de conexões possíveis de moléculas orgânicas estáveis de tamanho semelhante que não sejam nucleótidos.

A ideia de que os nucleótidos poderiam ser formados assim mesmo foi inspirada numa experiência de Stanley L. Miller, em 1953. Ele aplicou uma descarga eléctrica a uma mistura de gases simples, considerada na época como representante da atmosfera dos primórdios da Terra.

Alguns autores presumiram que todos os blocos de construção da vida poderiam ser formados com facilidade em experiências como a de Miller e estavam presentes em meteoritos e outros corpos extraterrestres. Mas não é o caso.

Os aminoácidos de Millerr são menos complexos do que os nucleótidos: um grupo amina (um átomo de azoto e dois de hidrogénio) e um grupo ácido carboxílico (um átomo de carbono, dois de oxinénio e um de hidrogénio), ambos ligados ao mesmo carbono. Nenhum nucleótido de qualquer espécie foi apontado como produto das experiências com descarga eléctrica ou em estudos de meteoritos.

Com base na síntese prebiótica os investigadores tentaram mostrar que o RNA e os seus componentes podem ser sintetisados em laboratório a partir de uma sequência de reacções cuidadosamente controladas, usando condições materiais iniciais relevantes.

Supostamente, esta primeira molécula replicadora teria as capacidades catalíticas do RNA. Como nenhum vestígio deste foi reconhecido, o RNA deve ter sido assumido completamente todas as suas funções em algum momento após o seu aparecimento.

Vamos presumir que a sopa de blocos de construção surgiu de algum modo e que as condições favoreciam a ligação entre os blocos, formando cadeias. Esta sopa deveria conter grandes quantidades de blocos de construção defeituosos, cuja inclusão numa cadeia nascente arruinaria a sua capacidade de agir como replicadora.

A Natureza combinaria unidades de forma aleatória, produzindo cadeias curtas limitadas, em vez de cadeias longas de geometria uniforme necessária para as funções replicadoras e catalíticas.

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Foi criado em laboratório o primeiro genoma sintético de um organismo vivo. O feito pode ser um passo importante no processo de criação de vida.

A criação vem explicada na revista Science. Esta publicação científica explica que a espécie eleita pela equipa de Craig Venter, pai do Projecto Genoma Humano, foi a bactéria "Mycoplasma genitalium", o ser vivo com o genoma mais pequeno, de entre os que são passíveis de ser reproduzidos de forma independente.

"Este pode ser o primeiro passo para a síntese artificial de qualquer coisa que um dia possa vir a ser vida completa", afirmou o investigador português, Alexandre Quintanilha.

Na perspectiva do investigador, os cientistas estão a demonstrar "de uma forma simples e clara que uma célula viva é um sistema complexo mas que pode ser feito a partir dos seus constituintes".

"Nesta altura, ainda não conseguimos fazer células a partir dos seus blocos constituintes de uma célula, ainda não conseguimos criar vida a partir da vida, mas se for possível começar a construir cromossomas novos a partir do seu material químico e fazer um DNA a partir dos seus componentes químicos, isso será um passo importantíssimo", afirma.

Para Alexandre Quintanilha, essa evolução científica será "um passo muito importante para demonstrar que a vida pode ser criada a partir dos seus componentes".

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