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Duas Estórias, parte II

Segunda:

"A luz inicial veio do nada e depois Deus fez o Sol e pô-lo no sítio de onde vinha a luz para pensarmos que era o Sol a dar a luz."

Estas histórias estão tal qual eu as ouvi de mais do que uma pessoa que o dizia com uma cara séria, e eu o tentava ouvir também com uma cara séria…

Passo às críticas (construtivas):


Uma teoria para explicar o aparecimento da luz antes das estruturas que a produzem (estrelas) é um pouco estranha. A cosmologia tem uma resposta séria, plenamente de acordo com os cálculos e confirmadas em laboratório, mas há quem não aceite estas respostas e tente outros esquemas mais imaginativos para a explicação do aparecimento da luz antes de qualquer estrutura universal. A explicação cosmológia: A explosão de matéria foi muito violenta e projectou fotões resultantes da aniquilação da matéria com a antimatéria. Esta luz com o passar do tempo foi-se diluindo no Universo e tornou-se anémica, hoje é conhecida como radiação de fundo em microondas. A chuva que às vezes aparece nas nossas televisões confirma que essa radiação existe, e se existe veio da grande explosão. Era a luz inicial. Porém outra teoria afirma apenas, e sem nada para provar, que Deus fez a luz e depois pôs os corpos no sítio de onde vinha a luz. Isto é, Deus fez-nos a luz do Sol, e depois pôs o Sol no lugar de onde vinha essa luz. Alguma lógica?? Não! Eu e um amigo meu, matemático falava-mos desta teoria a rir porque há maneiras ridículas de não querer acreditar em outra teoria, que é séria.

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Duas Estórias, parte I

Primeira:

"Um astronauta foi ao espaço e ouviu vozes a cantar, disse que eram anjos."

Passo às críticas (construtivas):

Existem 2 tipos de ondas: as ondas electromagnéticas (luz) e as ondas mecânicas (som). As ondas electromagnéticas deslocam-se em qualquer meio enquanto que as ondas mecânicas se deslocam apenas onde o seu meio permite, ou seja, onde haja meio de propagação favorável. O som desloca-se onde haja partículas que transportem o som, o som, na Terra, é transportado pelo ar, não é mais que choque de partículas, logo se houver partículas suficientes para dar continuidade a esses choques o som chega até onde o número dessas partículas seja suficiente. Como no Universo é praticamente tudo vácuo (0 partículas) como pode o som propagam-se a não ser onde a concentração de partículas seja elevada?

A história de um astronauta que foi ao espaço e afirmou ter ouvido vozes pode ser muito duvidosa. Os sons poderiam ser do interior da sua nave, se ele estivesse no interior desta; podia ser algo na comunicação incorporada no seu fato, se ele estivesse fora da nave. Ele não poderia ter ouvido nada: 1 – o som não se propaga no espaço; 2 – o fato não o deixava ouvir nada do exterior.

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criacionismo vs cerveja












A perspectiva mais radical do «criacionismo» desfaz-se num minuto. Por exemplo: acreditar que o mundo foi criado há exactamente 6000 anos significa esquecer que a cerveja foi inventada cerca de 2500 anos antes dessa data. É uma injustiça.
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Design Inteligente??

O fundamentalismo cristão nasce nos ambientes protestantes e caracteriza-se pela decisão de interpretar literalmente as Escrituras. Mas para que possa haver uma interpretação literal das escrituras, é preciso que estas possam ser livremente interpretadas pelo crente, e isto é típico do protestantismo. Não pode haver fundamentalismo católico porque a interpretação das Escrituras é mediada pela Igreja.

Já com os padres se tinha desenvolvido uma hermenêutica mais flexível, como a de Santo Agostinho, que não hesitava em admitir que a Bíblia recorria com frequência a metáforas e alegorias, e que os sete dias da Criação podiam ter sido sete milénios.

Uma vez admitindo que os sete dias da Criação são um conto poético que pode ser interpretado para além da sua letra, o Génesis parece dar razão a Darwin: primeiro tem lugar uma espécie de Big Bang, com a explosão de Luz, depois os planetas ganham forma e a Terra sofre os grandes choques geológicos (as terras separam-se do mar), em seguida aparecem os vegetais, os frutos e as sementes, e por fim as águas começam a fervilhar com seres vivos (a vida surge a partir da água), os pássaros levantam voo, e só depois, aparecem os mamíferos (é imprecisa a posição genealógica dos répteis, mas não se pode exigir demasiado do Génesis).

No fim aparece o homem que é criado a partir do barro, ou seja, de matéria precedente. Mais evolucionista do que isto não pode ser.

O que é que a teologia católica pretexta para não se identificar com um evolucionismo materialista? Tudo é obra de Deus, como é óbvio, e também que na escala evolutiva se verifica um salto qualitativo, quando Deus introduziu num organismo vivo uma alma racional imortal. É apenas este o ponto em que se funda a batalha materialismo/espiritualismo.

Um aspecto interessante nos EUA para reintroduzir a doutrina criacionista nas escolas é que não se está a falar tanto de criação divina quanto de “Desenho Inteligente”.

A ideia é: não queremos impor-vos a presença de um barbudo antropomórfico, queremos apenas que aceitem que, a ter existido um desenvolvimento evolutivo, tal não aconteceu ao acaso mas de acordo com um plano que não pode deixar de depender de uma qualquer forma de Mente (é o mesmo que admitir que o “Desenho Inteligente” admite um Deus panteísta em vez de transcendente).

Curioso é que o Desenho Inteligente não exclua um processo casual que se processa através de tentativas e erros, como o darwinismo, de modo que só sobrevivem os indivíduos que melhor se adaptam ao meio ambiente no decurso da luta pela vida.

Como fazer uma estátua a partir de um bloco de pedra, a imagem da estátua vai aparecendo por tentativas deitando-se fora o excesso.

Um Desenho Inteligente pode manifestar-se através de uma série de aceitações e repulsas daquilo que o caso oferece. Temos de decidir se primeiro está o Desenho, que escolhe e rejeita, ou se é o Caso que, aceitando e rejeitando, se manifesta como a única forma de Inteligência – o que equivaleria a dizer que é o Caso que faz Deus.

Umberto Eco – A Passo de Carangueijo

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O Que explodiu?

O big bang é uma teoria que descreve a evolução cósmica no tempo que decorreu desde uma pequeníssima fracção de segundo após o que quer que tenha acontecido que deu origem ao universo, mas não diz nada sobre o tempo zero em si. Já que, de acordo com a teoria, no começo supostamente ocorreu uma explosão. Não nos diz nada sobre o que explodiu, porque explodiu, como exoplodiu.

Einstein e todos os cientistas da época “sabiam” que o universo à maior das escalas era fixo e imutável. Einstein procurou uma modificação das equanções da relatividade geral que permitisse um universo de acordo com o preconceito prevalecente. Foi introduzida nas equações da relatividade geral a constante cosmológica.. Esta era uma forma exótica de energia que preenchia todo o espaço.

Hoje os físicos invocam a “energia escura”, que se assemelha à velha noção de éter e à nova noção de campo de Higgs.

Pressões positivas contribuem para a gravidade atractiva; as pressões negativas contribuem para a gravidade repulsiva. Quando a pressão é negativa, existe uma competição entre a gravidade atractiva normal, que surge da massa e energia, e a gravidade repulsiva exótica, que surge da pressão negativa.

A matéria e a radiação exercem uma força gravitacional atractiva. O novo termo cosmológico exerce uma força gravitacional repulsiva. Einsteis conseguia equilibrar estas duas forças para produzir um universo estático.

Hubble mostrou que o universo não é estático. Se Einstein tivesse confiado nas equações originais da relatividade geral, teria previsto a expansão do universo. Einstein arrependeu-se e apagou a constante cosmológica.

E se o campo de Higgs congelasse a uma energia não nula e aí permanecesse enquanto o resto do universo continuava a arrefecer? O campo de Higgs ficara superarrefecido. Esta situação é análoga ao que acontece com a água altamente purificada, que pode ser superarrefecia a menos de 0ºC, porque a formação de gelo requer impurezas em torno dos cristais.

Um campo de Higgs que fique preso num planalto não só preenche o espaço com energia como também contribui com uma pressão negativa uniforme: tem as mesmas propriedades da constante cosmológica.

Processos quânticos irão causar saltos aleatórios no valor do campo de Higgs permitindo que a sua energia e pressão relaxem para zero. Este salto pode ter acontecido num tempo tão curto como 10-35 segundos.

A energia e a pressão negativa dos campos de Higgs é mais de 10100 vezes maior que o valor que Einstein escolhera.

Quando o universo era muito denso a energia era carregada por um campo de Higgs, num valor afastado do seu ponto mais baixo: é o inflatão. Devido à pressão negativa, o inflatão gerou repulsão gravitacional, levando o universo a inflacionar. A repulsão durou apenas 10-35 segundos.

O universo expandiu-se por um factor de 1030 ( como escalonar uma molécula de DNA ao tamanho da Via Láctea em menos de um bilionésimo de bilionésimo de segundo).

Nenhuma da luz emitida pela maior parte do universo poderia ter-nos alcançado, e muita não chegará senão muito depois de o Sol e a Terra terem morrido.

O espaço continuou a crescer e a arrefecer permitindo que as partículas de matéria se agregassem em estruturas como galáxias, estrelas e planetas.

- "O Tecido do Cosmos" - Brian Greene

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29/03/2007

Duas Estórias, parte II

Segunda:

"A luz inicial veio do nada e depois Deus fez o Sol e pô-lo no sítio de onde vinha a luz para pensarmos que era o Sol a dar a luz."

Estas histórias estão tal qual eu as ouvi de mais do que uma pessoa que o dizia com uma cara séria, e eu o tentava ouvir também com uma cara séria…

Passo às críticas (construtivas):


Uma teoria para explicar o aparecimento da luz antes das estruturas que a produzem (estrelas) é um pouco estranha. A cosmologia tem uma resposta séria, plenamente de acordo com os cálculos e confirmadas em laboratório, mas há quem não aceite estas respostas e tente outros esquemas mais imaginativos para a explicação do aparecimento da luz antes de qualquer estrutura universal. A explicação cosmológia: A explosão de matéria foi muito violenta e projectou fotões resultantes da aniquilação da matéria com a antimatéria. Esta luz com o passar do tempo foi-se diluindo no Universo e tornou-se anémica, hoje é conhecida como radiação de fundo em microondas. A chuva que às vezes aparece nas nossas televisões confirma que essa radiação existe, e se existe veio da grande explosão. Era a luz inicial. Porém outra teoria afirma apenas, e sem nada para provar, que Deus fez a luz e depois pôs os corpos no sítio de onde vinha a luz. Isto é, Deus fez-nos a luz do Sol, e depois pôs o Sol no lugar de onde vinha essa luz. Alguma lógica?? Não! Eu e um amigo meu, matemático falava-mos desta teoria a rir porque há maneiras ridículas de não querer acreditar em outra teoria, que é séria.

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26/03/2007

Duas Estórias, parte I

Primeira:

"Um astronauta foi ao espaço e ouviu vozes a cantar, disse que eram anjos."

Passo às críticas (construtivas):

Existem 2 tipos de ondas: as ondas electromagnéticas (luz) e as ondas mecânicas (som). As ondas electromagnéticas deslocam-se em qualquer meio enquanto que as ondas mecânicas se deslocam apenas onde o seu meio permite, ou seja, onde haja meio de propagação favorável. O som desloca-se onde haja partículas que transportem o som, o som, na Terra, é transportado pelo ar, não é mais que choque de partículas, logo se houver partículas suficientes para dar continuidade a esses choques o som chega até onde o número dessas partículas seja suficiente. Como no Universo é praticamente tudo vácuo (0 partículas) como pode o som propagam-se a não ser onde a concentração de partículas seja elevada?

A história de um astronauta que foi ao espaço e afirmou ter ouvido vozes pode ser muito duvidosa. Os sons poderiam ser do interior da sua nave, se ele estivesse no interior desta; podia ser algo na comunicação incorporada no seu fato, se ele estivesse fora da nave. Ele não poderia ter ouvido nada: 1 – o som não se propaga no espaço; 2 – o fato não o deixava ouvir nada do exterior.

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criacionismo vs cerveja












A perspectiva mais radical do «criacionismo» desfaz-se num minuto. Por exemplo: acreditar que o mundo foi criado há exactamente 6000 anos significa esquecer que a cerveja foi inventada cerca de 2500 anos antes dessa data. É uma injustiça.

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08/03/2007

Design Inteligente??

O fundamentalismo cristão nasce nos ambientes protestantes e caracteriza-se pela decisão de interpretar literalmente as Escrituras. Mas para que possa haver uma interpretação literal das escrituras, é preciso que estas possam ser livremente interpretadas pelo crente, e isto é típico do protestantismo. Não pode haver fundamentalismo católico porque a interpretação das Escrituras é mediada pela Igreja.

Já com os padres se tinha desenvolvido uma hermenêutica mais flexível, como a de Santo Agostinho, que não hesitava em admitir que a Bíblia recorria com frequência a metáforas e alegorias, e que os sete dias da Criação podiam ter sido sete milénios.

Uma vez admitindo que os sete dias da Criação são um conto poético que pode ser interpretado para além da sua letra, o Génesis parece dar razão a Darwin: primeiro tem lugar uma espécie de Big Bang, com a explosão de Luz, depois os planetas ganham forma e a Terra sofre os grandes choques geológicos (as terras separam-se do mar), em seguida aparecem os vegetais, os frutos e as sementes, e por fim as águas começam a fervilhar com seres vivos (a vida surge a partir da água), os pássaros levantam voo, e só depois, aparecem os mamíferos (é imprecisa a posição genealógica dos répteis, mas não se pode exigir demasiado do Génesis).

No fim aparece o homem que é criado a partir do barro, ou seja, de matéria precedente. Mais evolucionista do que isto não pode ser.

O que é que a teologia católica pretexta para não se identificar com um evolucionismo materialista? Tudo é obra de Deus, como é óbvio, e também que na escala evolutiva se verifica um salto qualitativo, quando Deus introduziu num organismo vivo uma alma racional imortal. É apenas este o ponto em que se funda a batalha materialismo/espiritualismo.

Um aspecto interessante nos EUA para reintroduzir a doutrina criacionista nas escolas é que não se está a falar tanto de criação divina quanto de “Desenho Inteligente”.

A ideia é: não queremos impor-vos a presença de um barbudo antropomórfico, queremos apenas que aceitem que, a ter existido um desenvolvimento evolutivo, tal não aconteceu ao acaso mas de acordo com um plano que não pode deixar de depender de uma qualquer forma de Mente (é o mesmo que admitir que o “Desenho Inteligente” admite um Deus panteísta em vez de transcendente).

Curioso é que o Desenho Inteligente não exclua um processo casual que se processa através de tentativas e erros, como o darwinismo, de modo que só sobrevivem os indivíduos que melhor se adaptam ao meio ambiente no decurso da luta pela vida.

Como fazer uma estátua a partir de um bloco de pedra, a imagem da estátua vai aparecendo por tentativas deitando-se fora o excesso.

Um Desenho Inteligente pode manifestar-se através de uma série de aceitações e repulsas daquilo que o caso oferece. Temos de decidir se primeiro está o Desenho, que escolhe e rejeita, ou se é o Caso que, aceitando e rejeitando, se manifesta como a única forma de Inteligência – o que equivaleria a dizer que é o Caso que faz Deus.

Umberto Eco – A Passo de Carangueijo

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06/03/2007

O Que explodiu?

O big bang é uma teoria que descreve a evolução cósmica no tempo que decorreu desde uma pequeníssima fracção de segundo após o que quer que tenha acontecido que deu origem ao universo, mas não diz nada sobre o tempo zero em si. Já que, de acordo com a teoria, no começo supostamente ocorreu uma explosão. Não nos diz nada sobre o que explodiu, porque explodiu, como exoplodiu.

Einstein e todos os cientistas da época “sabiam” que o universo à maior das escalas era fixo e imutável. Einstein procurou uma modificação das equanções da relatividade geral que permitisse um universo de acordo com o preconceito prevalecente. Foi introduzida nas equações da relatividade geral a constante cosmológica.. Esta era uma forma exótica de energia que preenchia todo o espaço.

Hoje os físicos invocam a “energia escura”, que se assemelha à velha noção de éter e à nova noção de campo de Higgs.

Pressões positivas contribuem para a gravidade atractiva; as pressões negativas contribuem para a gravidade repulsiva. Quando a pressão é negativa, existe uma competição entre a gravidade atractiva normal, que surge da massa e energia, e a gravidade repulsiva exótica, que surge da pressão negativa.

A matéria e a radiação exercem uma força gravitacional atractiva. O novo termo cosmológico exerce uma força gravitacional repulsiva. Einsteis conseguia equilibrar estas duas forças para produzir um universo estático.

Hubble mostrou que o universo não é estático. Se Einstein tivesse confiado nas equações originais da relatividade geral, teria previsto a expansão do universo. Einstein arrependeu-se e apagou a constante cosmológica.

E se o campo de Higgs congelasse a uma energia não nula e aí permanecesse enquanto o resto do universo continuava a arrefecer? O campo de Higgs ficara superarrefecido. Esta situação é análoga ao que acontece com a água altamente purificada, que pode ser superarrefecia a menos de 0ºC, porque a formação de gelo requer impurezas em torno dos cristais.

Um campo de Higgs que fique preso num planalto não só preenche o espaço com energia como também contribui com uma pressão negativa uniforme: tem as mesmas propriedades da constante cosmológica.

Processos quânticos irão causar saltos aleatórios no valor do campo de Higgs permitindo que a sua energia e pressão relaxem para zero. Este salto pode ter acontecido num tempo tão curto como 10-35 segundos.

A energia e a pressão negativa dos campos de Higgs é mais de 10100 vezes maior que o valor que Einstein escolhera.

Quando o universo era muito denso a energia era carregada por um campo de Higgs, num valor afastado do seu ponto mais baixo: é o inflatão. Devido à pressão negativa, o inflatão gerou repulsão gravitacional, levando o universo a inflacionar. A repulsão durou apenas 10-35 segundos.

O universo expandiu-se por um factor de 1030 ( como escalonar uma molécula de DNA ao tamanho da Via Láctea em menos de um bilionésimo de bilionésimo de segundo).

Nenhuma da luz emitida pela maior parte do universo poderia ter-nos alcançado, e muita não chegará senão muito depois de o Sol e a Terra terem morrido.

O espaço continuou a crescer e a arrefecer permitindo que as partículas de matéria se agregassem em estruturas como galáxias, estrelas e planetas.

- "O Tecido do Cosmos" - Brian Greene

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