A 18 de Outubro de 2004, o conselho escolar de Dover, Pensilvânia, decidiu incluir o DI através do livro “Of Pandas and People”. Onze padres recorreram aos tribunais para anular a decisão.
O caso parecia uma cópia do que aconteceram em Dayton, 80 anos antes. O juiz John Jones III, cristão praticante e nomeado por George W. Bush, ouviu alegações e testemunhos dos litigantes e da defesa, que ficou a cargo do Thomas More Law Center.
O argumento dos litigantes era de que o DI não passa de criacionismo disfarçado. Para a defesa trata-se de uma ciência nos seus primórdios, por detrás da qual não existe religião, o que não deixa de ser curioso pois o próprio “Documento Cunha”, base ideológica do Discovery Institute, declara que é necessário afirmar a existência de provas de um projecto inteligente na Natureza, deu como exemplo o sistema imunitário, “cuja origem os cientistas foram incapazes de explicar”. O advogado dos litigantes levantou-se e colocou diante de Behe 58 artigos publicados em revistas tão prestigiadas como a Science, Nature, Proceedings of the National Academy of Sciences, etc., sobre a evolução do sistema imunitário, perguntando: “Acha que estes artigos não são suficientemente bons?”. Behe defendeu-se: “Nenhum explica a questão de forma rigorosa (…) Se bem que eu não tenha lido a todos”.
Behe foi forçado a admitir que, se a sua definição de Ciência fosse aplicada de modo a englobar o DI, a astrologia também seria uma ciência. Steven Gey comentou: No final, a defesa perdeu nitidamente o processo: ao negar as definições habituais de Ciência, todos percebemos o que se estava a passar”.
A 20 de Dezembro o juiz determinava que ficara demonstrado que o DI não passa de criacionismo disfarçado; é religião a fazer-se passar por ciência.
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