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Newton na Lua


Todos sabemos por experiência que uma pena cai mais devagar do que uma pedra. .. na Terra. E na Lua? Bem, caem ao mesmo tempo como podemos ver neste vídeo. E aqui o texto completo.

Ainda há pessoas que dizem que a NASA possui gigantes salas de vácuo onde fez este filme. Por um lado fico contente pois parece que a NASA continua a conseguir grandes feitos, e uma sala daquele tamanho e com aquelas condições seria, sem dúvida, um grande feito!

 Para tirar as dúvidas vamos ao que toca à gravidade. Melhor, à diferença gravítica entre a Terra e a Lua. A experiência é um pênculo e o cálculo do seu período. Neste video podemos ver esa experiência e aqui os cálculos.

Para quem tem dúvidas: Para se questionar Física convém saber de Física.

Não sei… parece-me que estes conspiracionistas é que “andam na lua”! HAHA

Aqui podem ler o post completo para ler sobre argumentos ridículos de conspiracionistas e de como a Física prova a veracidade das experiências lunares.
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Rápidas: Peixes Evoluem e Adaptam-se à Poluição


Mais uma prova de evolução surgiu recentemente. O Homem polui os rios mas os peixes conseguiram evoluir e impedir a sua extinção. Conseguiram-no fazer tão bem que neste ambiente nefasto até aumentam a população.

"entre 1947 e 1976, duas fábricas de uma multinacional fizeram descargas no rio Hudson, em Nova Iorque, poluindo-o com 600 toneladas de um dos poluentes mais tóxicos e cancerígenos que se conhecem, o bifenilpoliclorado (PCB)."

"Investigadores da Universidade de Nova Iorque e do Instituto Oceanográfico Woods Hole estudaram recentemente o impacto desta poluição nos animais desse rio"

O resultado:
um peixe  da família do bacalhau (Microgadus tomcod) "adaptou-se de tal forma que, ao contrário de outros, que desapareceram, proliferou e é hoje encontrado em grandes populações."

"Os investigadores perceberam esta alteração genética através da  análise do gene AHR2, um método comum para controlar a sensibilidade aos PCBs. Dois dos mais de mil aminoácidos normalmente encontrados nas proteínas desse gene aparentemente desapareceram nas espécies que vivem na região."

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Universo Paralelo


O autor deste blog irá passar mais tempo noutro Universo.

Poderão passar a visitar também o AstroPT.

Tentarei contudo manter este actualizado com conteúdos interessantes mas, muitas vezes idênticos aos do AstroPT.

Apareçam e Divulguem o AstroPT! Obrigado

Porque a nossa sociedade só evolui com conhecimento sério.
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O Que nos Faz Humanos?


O que faz de nós aquilo que somos? O que faz de nós mas adaptados à variedade de meios que temos?

O ser humano é dos seres vivos com maior dispersão no planeta. Adaptámo-nos bem ao frio, ao calor e a zonas com elevada humidade. No entanto há alguns animais que são bastante inteligentes, como o polvo por exemplo. Mas porque é que nós temos tanta tecnologia e o polvo ou o chimpanzé, não? Poderíamos ter, a competir connosco, a artilharia polvense ou as naves dos primatas.

Três eventos podem mudar o rumo de uma espécie:

1-Perder o pêlo
2-Andar
3-Passagem da informação

Perder o pêlo implica sinalizar momentos, reacções, sentimentos sem o uso do pêlo. Passámos a sinalizar com expressões faciais. Assim o nosso cérebro cresceu para nos permitir desvendar as expressões.

Aprendemos a andar e a caír (já escrevi aqui sobre o tema). Andar permitiu-nos uma movimentação mais ágil e ver mais longe. O grande salto foi o libertar as mãos para outras tarefas. Conseguimos manter o equilíbrio e construir armas de caça ou utensílios de agricultura.

Se não houvessem ferramentas de eternizar a informação todos nós teríamos de inventar a roda, inventar uma lança e aprender a caçar. A fala, a pintura e, depois, a escrita são as ferramentas da passagem da informação de geração para geração. Por isso não é preciso inventar a roda para construir um automóvel, basta um chassi aerodinâmico. A isto pode-se chamar pormo-nos às cavalitas para ver mais longe. Estamos às cavalitas dos senhores das primeiras e últimas descobertas.

“A cultura humana, definida como qualquer comportamento aprendido, é a força dominante da selecção natural sobre os humanos modernos” (Lawrence M. Krauss).
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Os Motivos do Aquecimento: O Cultivo de Irrigação



O factor mais provável do aumento das concentrações de gases de efeito estufa neste periodo interglaciar é a agricultura, que teve início no Crescente Fértil há cerca de 11 mil anos. As plantações de arroz produzem grandes quantidades de arroz, com a vegetação a decompor-se nas águas paradas. Outro evento que liberta carbono para a atmosfera são as queimadas para chamar caça e promover o crescimento de arbustos. Um outro factor são as fezes de humanos e animais que lançam metano na atmosfera. Daí que ocorreu um aumento gradual da concentração desse gás acompanhando o crescimento da população. Mas qual foi o processo que determinou a reversão da tendência dos gases? A subida drástica ocorreu no momento em que se iniciou a agricultura de irrigação no sul da Ásia, há 5 mil anos. Foi uma época em que se inundaram grandes extensões para cultivo de arroz.

Uma outra prática que potenciou a subida das concentrações foi o desmatamento, que teve início há 8 mil anos. Em Inglaterra, até 1086 90% da floresta tinha sido cortada. Ainda investigações concluem que regiões nos vales dos rios da Índia e China foram desflorestadas há 2-3 mil anos.


Era Glacial Evitada

Anomalias de 250 ppb de CH4 e de 40 ppm de CO2 até ao séc. XVIII levaríam a um aumento das temperaturas médias globais de 0,8ºC. No entanto o aumento foi de 0,6ªC.

O motivo desta discrepância é que o aumento de temperatura foi travado por uma baixa de temperatura natural. O total líquido foi um arrefcimento gradual de verão até ao séc XIX.
William F. Ruddiman, Stephen J. Vavrus e John E. Kutzbach criaram um modelo climatic para prever quais as temperaturas actuais na ausência dos gases de efeito estufa gerados por actividades humanas. A simulação conclui que o planeta sería 2ºC mais frio. Assim, as temperaturas estariam no caminho para a nova era glacial, se não fosse a agricultura e a industrialização.


SCIAM, William F. Rudiman, “A Mão do Homem”

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Os Motivos do Aquecimento: A Precessão e a Agricultura Ancestral


Com o aparecimento de fábricas e o consumo exacerbado do carvão, as sociedades industriais passaram a libertar dióxido de carbono (CO2) em grandes quantidades na atmosfera. No entanto, parece que os nossos acestrais começaram a lançar gases de efeito estufa vários milhares de anos antes da era industrial.

Evidências actuais mostram que as concentrações de gases de efeito estufa começaram a subir. Há cerca de 8 mil anos foi o CO2 e há 5 mil o metano (CH4). Sem estes aumentos a temperatura actual seria de 3-4ºC mais baixas.

Há 8 mil anos a tendência dos gases de efeito estufa deixaram de acompanhar o padrão previsível de longo prazo. Comportamentos como o desmatamento e irrigação de lavouras incrementaram mais CO2 e CH4 na atmosfera. O aumento foi mais acentuado com a industrialização.

Além de efeitos humanos também existem efeitos naturais relacionados com a alteração do clima a longo prazo. Os ciclos orbitais terrestres, de 100 mil, 41 mil e 22 mil anos, têm a capacidade variar a radiação solar em mais de 10%. Estas alterações são responsáveis pelas eras gleciares e pelos períodos interglaciaias.

No fim do último período glacial, as calotas de gelo desapareceram do norte europeu a americano. O gelo que prosperou 100 mil anos, desapareceu há 6 mil.

A partir duma amostra de 2km extraída do lavo Vostok, em 1990, foi posível determinar que as concentrações de CO2 e CH4 apresentaram um padrão regular de subidas e descidas ao longo dos últimos 400 mil anos. O CH4 flutua no período de 22 mil anos, correspondente ao ciclo obrital terreste chamado precessão. Os continentes setentrionais aproximam-se do Sol no Verão, devido à alteração do eixo de rotação da Terra. Essas zonas ficam alagadas pelo derretimento do gelo e a matéria orgânica começa a decompor-se. Este evento emite grandes quantidades de metano.
Um aumento de temperatuda promove um aumento de metano libertado de duas formas:
 
1-      1- Ar húmido viaja para o continente através do oceano Índico, que promove monções que inunda grandes regiões que eram secas.

2- No norte da Ásia e Europa, os verões quentes derretem áreas por períodos mais longos.


Estes dois processos permitem mais crescimento de vegetação e, por conseguinte, mais decomposição.

William F. Ruddiman verificou, em amostras do lago Vostok, que as concentrações de metano em períodos interglaciais tinham alcançado os 700 ppb (partes por bilhão). 11 mil anos mais tarde, quando a luz de verão foi diminuindo até ao limite inferior, as concentrações chegaram aos 100 ppb. Hoje, se a tendência se mantivesse, as concentrações de metano seríam de 450 ppb. No entanto, há cerca de 5 mil anos a tendência alterou-se e as concentrções voltaram a subir para os 700 ppb, um pouco antes da era industrial.

O CO2 também teve um comportamento estranho, com um pico de 275-300 ppm no início dos períodos interglaciais. Caíam ao longo de 15 mil anos para cerca de 245 ppm. No período actual este gás alcançou o pico de há cerca de 10 mil anos e começou a caír. Contudo, em vez de decaír até hoje a tendência inverteu-se há 8 mil anos. No início da era industrial as concentrações de CO2 já estavam nos 285 ppm (40 ppm a mais do esperado).

Como se explicam as reversões tendenciais das concentrações de metano e dióxido de carbono? O metano aumentou devido ao aumento das áreas alagadas no Ártico. A alteração das concentrações de CO2 é atribuída às perdas de vegetação e à alteração química do oceano. A grande questão é, se os gases, nos quatro períodos interglaciais anteriores caíam e neste aumentam?

SCIAM, William F. Rudiman, “A Mão do Homem”

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Rápidas: Mais Alimentos Graças a Fungos


Existe a estimativa de que é necessário duplicar a produção de alimentos nos próximos 40 anos. E a melhor forma de o fazer pode passar pela manipulação genética. Contudo, uma nova prespectiva sugere a utilização de fungos, bactérias e vírus para aumentar a produtividade.

Os miscrorganismos trabalham simbiotivamente com plantas, como é o caso das micorrizas, em 90% das plantas. Essa associação permite, por parte das plantas, uma maior absorção de água e sais minerais em troca de hidratos de carbono.

Mary E. Lucero transferiu fungos de ervas-do-sal (Artiplex canescens) para a relva Bouteloua. Esta planta importante para o gado cresceu mais e produziu mais sementes, resultado de uma maior taxa de absorção. Os microrganismos ajudam a absorver mais azoto do meio, o que permite uma menos utilização de fertilizantes. Além disso torna-se menos dispendioso, mais fácil e seguro do que recorrer a organismos geneticamente modificados (OGM).

Rusty Rodriguez inoculou tomateiros com fungos das fontes de águas quentes do Parque Nacional de Yellowstone. Com a capacidade destes fungos suportarem temperaturas altas, os tomateiros conseguiram sobreviver a temperaturas de 65ºC.

Microrganismos de áreas quentes podem melhorar a produção de arroz, que cai 10% a cada 0,6ºC de aquecimento


In Scientific American Junho 2010, Michael Tennesen
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24/02/2011

Newton na Lua


Todos sabemos por experiência que uma pena cai mais devagar do que uma pedra. .. na Terra. E na Lua? Bem, caem ao mesmo tempo como podemos ver neste vídeo. E aqui o texto completo.

Ainda há pessoas que dizem que a NASA possui gigantes salas de vácuo onde fez este filme. Por um lado fico contente pois parece que a NASA continua a conseguir grandes feitos, e uma sala daquele tamanho e com aquelas condições seria, sem dúvida, um grande feito!

 Para tirar as dúvidas vamos ao que toca à gravidade. Melhor, à diferença gravítica entre a Terra e a Lua. A experiência é um pênculo e o cálculo do seu período. Neste video podemos ver esa experiência e aqui os cálculos.

Para quem tem dúvidas: Para se questionar Física convém saber de Física.

Não sei… parece-me que estes conspiracionistas é que “andam na lua”! HAHA

Aqui podem ler o post completo para ler sobre argumentos ridículos de conspiracionistas e de como a Física prova a veracidade das experiências lunares.

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22/02/2011

Rápidas: Peixes Evoluem e Adaptam-se à Poluição


Mais uma prova de evolução surgiu recentemente. O Homem polui os rios mas os peixes conseguiram evoluir e impedir a sua extinção. Conseguiram-no fazer tão bem que neste ambiente nefasto até aumentam a população.

"entre 1947 e 1976, duas fábricas de uma multinacional fizeram descargas no rio Hudson, em Nova Iorque, poluindo-o com 600 toneladas de um dos poluentes mais tóxicos e cancerígenos que se conhecem, o bifenilpoliclorado (PCB)."

"Investigadores da Universidade de Nova Iorque e do Instituto Oceanográfico Woods Hole estudaram recentemente o impacto desta poluição nos animais desse rio"

O resultado:
um peixe  da família do bacalhau (Microgadus tomcod) "adaptou-se de tal forma que, ao contrário de outros, que desapareceram, proliferou e é hoje encontrado em grandes populações."

"Os investigadores perceberam esta alteração genética através da  análise do gene AHR2, um método comum para controlar a sensibilidade aos PCBs. Dois dos mais de mil aminoácidos normalmente encontrados nas proteínas desse gene aparentemente desapareceram nas espécies que vivem na região."

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20/02/2011

Universo Paralelo


O autor deste blog irá passar mais tempo noutro Universo.

Poderão passar a visitar também o AstroPT.

Tentarei contudo manter este actualizado com conteúdos interessantes mas, muitas vezes idênticos aos do AstroPT.

Apareçam e Divulguem o AstroPT! Obrigado

Porque a nossa sociedade só evolui com conhecimento sério.

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16/02/2011

O Que nos Faz Humanos?


O que faz de nós aquilo que somos? O que faz de nós mas adaptados à variedade de meios que temos?

O ser humano é dos seres vivos com maior dispersão no planeta. Adaptámo-nos bem ao frio, ao calor e a zonas com elevada humidade. No entanto há alguns animais que são bastante inteligentes, como o polvo por exemplo. Mas porque é que nós temos tanta tecnologia e o polvo ou o chimpanzé, não? Poderíamos ter, a competir connosco, a artilharia polvense ou as naves dos primatas.

Três eventos podem mudar o rumo de uma espécie:

1-Perder o pêlo
2-Andar
3-Passagem da informação

Perder o pêlo implica sinalizar momentos, reacções, sentimentos sem o uso do pêlo. Passámos a sinalizar com expressões faciais. Assim o nosso cérebro cresceu para nos permitir desvendar as expressões.

Aprendemos a andar e a caír (já escrevi aqui sobre o tema). Andar permitiu-nos uma movimentação mais ágil e ver mais longe. O grande salto foi o libertar as mãos para outras tarefas. Conseguimos manter o equilíbrio e construir armas de caça ou utensílios de agricultura.

Se não houvessem ferramentas de eternizar a informação todos nós teríamos de inventar a roda, inventar uma lança e aprender a caçar. A fala, a pintura e, depois, a escrita são as ferramentas da passagem da informação de geração para geração. Por isso não é preciso inventar a roda para construir um automóvel, basta um chassi aerodinâmico. A isto pode-se chamar pormo-nos às cavalitas para ver mais longe. Estamos às cavalitas dos senhores das primeiras e últimas descobertas.

“A cultura humana, definida como qualquer comportamento aprendido, é a força dominante da selecção natural sobre os humanos modernos” (Lawrence M. Krauss).

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06/02/2011

Os Motivos do Aquecimento: O Cultivo de Irrigação



O factor mais provável do aumento das concentrações de gases de efeito estufa neste periodo interglaciar é a agricultura, que teve início no Crescente Fértil há cerca de 11 mil anos. As plantações de arroz produzem grandes quantidades de arroz, com a vegetação a decompor-se nas águas paradas. Outro evento que liberta carbono para a atmosfera são as queimadas para chamar caça e promover o crescimento de arbustos. Um outro factor são as fezes de humanos e animais que lançam metano na atmosfera. Daí que ocorreu um aumento gradual da concentração desse gás acompanhando o crescimento da população. Mas qual foi o processo que determinou a reversão da tendência dos gases? A subida drástica ocorreu no momento em que se iniciou a agricultura de irrigação no sul da Ásia, há 5 mil anos. Foi uma época em que se inundaram grandes extensões para cultivo de arroz.

Uma outra prática que potenciou a subida das concentrações foi o desmatamento, que teve início há 8 mil anos. Em Inglaterra, até 1086 90% da floresta tinha sido cortada. Ainda investigações concluem que regiões nos vales dos rios da Índia e China foram desflorestadas há 2-3 mil anos.


Era Glacial Evitada

Anomalias de 250 ppb de CH4 e de 40 ppm de CO2 até ao séc. XVIII levaríam a um aumento das temperaturas médias globais de 0,8ºC. No entanto o aumento foi de 0,6ªC.

O motivo desta discrepância é que o aumento de temperatura foi travado por uma baixa de temperatura natural. O total líquido foi um arrefcimento gradual de verão até ao séc XIX.
William F. Ruddiman, Stephen J. Vavrus e John E. Kutzbach criaram um modelo climatic para prever quais as temperaturas actuais na ausência dos gases de efeito estufa gerados por actividades humanas. A simulação conclui que o planeta sería 2ºC mais frio. Assim, as temperaturas estariam no caminho para a nova era glacial, se não fosse a agricultura e a industrialização.


SCIAM, William F. Rudiman, “A Mão do Homem”

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Os Motivos do Aquecimento: A Precessão e a Agricultura Ancestral


Com o aparecimento de fábricas e o consumo exacerbado do carvão, as sociedades industriais passaram a libertar dióxido de carbono (CO2) em grandes quantidades na atmosfera. No entanto, parece que os nossos acestrais começaram a lançar gases de efeito estufa vários milhares de anos antes da era industrial.

Evidências actuais mostram que as concentrações de gases de efeito estufa começaram a subir. Há cerca de 8 mil anos foi o CO2 e há 5 mil o metano (CH4). Sem estes aumentos a temperatura actual seria de 3-4ºC mais baixas.

Há 8 mil anos a tendência dos gases de efeito estufa deixaram de acompanhar o padrão previsível de longo prazo. Comportamentos como o desmatamento e irrigação de lavouras incrementaram mais CO2 e CH4 na atmosfera. O aumento foi mais acentuado com a industrialização.

Além de efeitos humanos também existem efeitos naturais relacionados com a alteração do clima a longo prazo. Os ciclos orbitais terrestres, de 100 mil, 41 mil e 22 mil anos, têm a capacidade variar a radiação solar em mais de 10%. Estas alterações são responsáveis pelas eras gleciares e pelos períodos interglaciaias.

No fim do último período glacial, as calotas de gelo desapareceram do norte europeu a americano. O gelo que prosperou 100 mil anos, desapareceu há 6 mil.

A partir duma amostra de 2km extraída do lavo Vostok, em 1990, foi posível determinar que as concentrações de CO2 e CH4 apresentaram um padrão regular de subidas e descidas ao longo dos últimos 400 mil anos. O CH4 flutua no período de 22 mil anos, correspondente ao ciclo obrital terreste chamado precessão. Os continentes setentrionais aproximam-se do Sol no Verão, devido à alteração do eixo de rotação da Terra. Essas zonas ficam alagadas pelo derretimento do gelo e a matéria orgânica começa a decompor-se. Este evento emite grandes quantidades de metano.
Um aumento de temperatuda promove um aumento de metano libertado de duas formas:
 
1-      1- Ar húmido viaja para o continente através do oceano Índico, que promove monções que inunda grandes regiões que eram secas.

2- No norte da Ásia e Europa, os verões quentes derretem áreas por períodos mais longos.


Estes dois processos permitem mais crescimento de vegetação e, por conseguinte, mais decomposição.

William F. Ruddiman verificou, em amostras do lago Vostok, que as concentrações de metano em períodos interglaciais tinham alcançado os 700 ppb (partes por bilhão). 11 mil anos mais tarde, quando a luz de verão foi diminuindo até ao limite inferior, as concentrações chegaram aos 100 ppb. Hoje, se a tendência se mantivesse, as concentrações de metano seríam de 450 ppb. No entanto, há cerca de 5 mil anos a tendência alterou-se e as concentrções voltaram a subir para os 700 ppb, um pouco antes da era industrial.

O CO2 também teve um comportamento estranho, com um pico de 275-300 ppm no início dos períodos interglaciais. Caíam ao longo de 15 mil anos para cerca de 245 ppm. No período actual este gás alcançou o pico de há cerca de 10 mil anos e começou a caír. Contudo, em vez de decaír até hoje a tendência inverteu-se há 8 mil anos. No início da era industrial as concentrações de CO2 já estavam nos 285 ppm (40 ppm a mais do esperado).

Como se explicam as reversões tendenciais das concentrações de metano e dióxido de carbono? O metano aumentou devido ao aumento das áreas alagadas no Ártico. A alteração das concentrações de CO2 é atribuída às perdas de vegetação e à alteração química do oceano. A grande questão é, se os gases, nos quatro períodos interglaciais anteriores caíam e neste aumentam?

SCIAM, William F. Rudiman, “A Mão do Homem”

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01/02/2011

Rápidas: Mais Alimentos Graças a Fungos


Existe a estimativa de que é necessário duplicar a produção de alimentos nos próximos 40 anos. E a melhor forma de o fazer pode passar pela manipulação genética. Contudo, uma nova prespectiva sugere a utilização de fungos, bactérias e vírus para aumentar a produtividade.

Os miscrorganismos trabalham simbiotivamente com plantas, como é o caso das micorrizas, em 90% das plantas. Essa associação permite, por parte das plantas, uma maior absorção de água e sais minerais em troca de hidratos de carbono.

Mary E. Lucero transferiu fungos de ervas-do-sal (Artiplex canescens) para a relva Bouteloua. Esta planta importante para o gado cresceu mais e produziu mais sementes, resultado de uma maior taxa de absorção. Os microrganismos ajudam a absorver mais azoto do meio, o que permite uma menos utilização de fertilizantes. Além disso torna-se menos dispendioso, mais fácil e seguro do que recorrer a organismos geneticamente modificados (OGM).

Rusty Rodriguez inoculou tomateiros com fungos das fontes de águas quentes do Parque Nacional de Yellowstone. Com a capacidade destes fungos suportarem temperaturas altas, os tomateiros conseguiram sobreviver a temperaturas de 65ºC.

Microrganismos de áreas quentes podem melhorar a produção de arroz, que cai 10% a cada 0,6ºC de aquecimento


In Scientific American Junho 2010, Michael Tennesen

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