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O Novo Poder das Vacinas I - O Ressurgir



Há mais de 200 anos que as vacinas mostram serem o método mais económico e mais bem-sucedido de prevenção de doenças infeccionas. Foram elas que, em 1979, erradicaram a varíola e prometem a eliminação da poliomielite, sarampo e malária.
Desde o século X, na China e na índia, até ao século XVIII, na Turquia e Médio Oriente existia a variolização, que consistia na inoculação, braço a braço, a partir do fluido vesicular das lesões. Esta foi a primeira vacina, com muito pouca higiene e com muito perigo e, claro, elevada mortalidade. Em 1774 começou a ser utilizado o vírus da varíola bovina na profilaxia da varíola humana e em 1796 aconteceu a sistematização do método de vacinação, com “vacina viva”(atenuada) deste vírus. Dois anos depois foram publicados os primeiros resultados, por Edward Jenner.
Hoje parece haver uma grande oposição à prática da vacinação, mas isto não é actual. Já no século XIX, em 1802 James Gillray escreveu “The Cow Pack or the Wonderful Effects of the New Inoculation” no “The Publications of the Anti-Vaccine Society”.
Contudo, a ciência avançou e criou a vacina anti-rábica, em 1882, por Louis Pasteur. Em 1956 a OMS lança o “Programa de Erradicação da Varíola”, que se verificou vinte e três anos mais tarde.
Uma vacina não é mais do que uma infecção controlada. É introduzida uma amostra do agente infeccioso para que o sistema imunitário o reconheça e obtenha “dados” para o poder atacar aquando da próxima infecção natural. Os mais idosos têm o seu sistema imunológico fraco e pode não responder de forma eficiente ao tratamento.
São necessários estimuladores do sistema imunológico, chamados adjuvantes. Alguns adjuvantes são usados, há mais de um século, para melhorar as vacinas.
Uma contaminação natural confere imunidade para uma futura investida do agente infeccioso. Uma vacina ideal consistiria numa única dose e, se possível, conferir protecção para outros agentes. Ideal é também promover a acção dos mais variados agentes celulares do sistema imunológico.
O patógeno entra no organismo e encontra as células do sistema imunitário inato, macrófagos e células dendríticas. Estas duas células destroem agentes patogénicos e as células infectadas). Ao digerir as células infectadas e os agentes patogénicos exibem as amostras do invasor – os antigénio. Assim as células do sistema imunitário adaptativo, os linfócitos T e B. As células apresentadoras de antigénios libertam citocinas (substâncias sinalizadoras) que induzem a inflamação e alertam os linfócitos B e T.
Os linfócitos B libertam anticorpos e os infócitos T cititóxicas capturam e destroem as células já infectadas. As vacinas introduzem patógenos por forma a replicar o efeito imunológico.
As “vacinas vivas”atenuadas reproduzem-se lentamente mas apresentam antinénios e, assim, podem estimular uma resposta imunológica robusta. Contudo não devem ser administradas a indivíduos com problemas imunológicos. Um perigo destas vacinas é o facto de os vírus destas vacinas serem atenuados por mutações pontuais na zona de acoplamento do ribossoma. Com estas mutações o ribossoma não reconhece a cadeia, não acopla e não sintetiza as proteínas de reprodução viral. Mas, como a mutação é efectuada numa pequena extensão do DNA/RNA, pode ocorrer uma reversão da mutação e tornar o vírus novamente virulento.
As vacinas mais eficazes são as de subunidades, que contêm pedaços de vírus para que sejam reconhecidos sem a capacidade de haver uma replicação.
As células dendríticas, com antigénios migram para os gânglios linfáticos, onde sinalizam e provocam a resposta dos linfócitos B e T. Sem os indicadores de perigo estas células não conseguem amadurecer nem migrar. Então, as vacinas de subunidades necessitam de adjuvantes para ampliar o fluxo de citocinas, moléculas sinalizadoras, para que haja uma resposta mais eficiente.
O adjuvante alume (sais de alumínio) é dos mais antigos. Desde os anos 30 que é utilizado com eficácia. Mas é insuficiente em vacinas contra infecções que requerem mais do que protecção por anticorpos. Então, uma vacina necessita, também, de estimular não só as células dendítricas mas também os linfócitos T. Por este motivo há uma grande investigação na produção de adjuvantes mais eficientes.

Fontes:
Nathalie Garçon e Michel Goldman, "O Novo Poder das Vacinas" Scientific American, Novembro 2009
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E, no Sexto Dia, Criou Craig Venter a Vida


Nos últimos 15 anos foram criados organelos celeluares sintéticos; o cromossoma humano, em 1997 e, no mesmo ano, ribossomas pelo tecnólogo molecular George Church e a sua equipa. O ano passado (2009) foi a vez de Robert Linhardt e a sua equipa criarem mais um organelo – o complexo de Golgi. (Universo Paralelo)

Agora, depois de 57 anos da experiência de Urey-Miller, por geração expontânea, magia, deus ou homem, o que é certo é que Craig Venter e a sua equipa criaram, pela primeira vez, uma bactéria totalmente feita a partir de componentes sintéticos.

O Genoma da bactéria é constituído por letras de DNA (A, G, C, T) de forma a codificar informação proteica. Estes quatro nucleótidos são compostos químicos de bases azotadas, pentoses e açúcares e podem ser unidos uns aos outros em laboratório. Assim, pode-se criar um código igual ao da bactéria natural e… voilá, aconteceu! (obviamente não é assim tão fácil).

A saga de Craig começou há mais de 15 anos e custou 40 milhões de dólares. Afinal não foi ao 6º dia... foi, antes, ao 5475º dia.

“O nascimento desta primeira forma de vida artificial ficará registado para a posteridade nas páginas da edição de sexta-feira da revista Science (e na Web, desde hoje). “Esta é a primeira célula sintética jamais fabricada”, afirma Venter, “e dizemos que é sintética porque a célula é totalmente derivada de um cromossoma sintético.”” (Público)


As bactérias sintéticas aparecem nesta imagem, são azuis e iguais às naturais de que são cópia.

Começou a Era da Biologia Sintética.

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Chove Água... e Animais!



Estamos habituados e ver, ouvir e sentir pingos de água de várias formas cair do céu. Por vezes a chuva vem em forma de gelo de tamanhos pequenos ou até do tamanho de bolas de golfe! Mas a chuva de sapos ou peixes e, por vezes, pássaros não é recorrente. Estes bichos vindos do céu podem vir congelados pelas temperaturas gélidas a grandes altitudes e alguns conseguem chegar vivos ao solo. Raramente ocorre a queda de pedaços de animais. Sim, pedaços de animais.
Exitem relatos bastante antigos. A Bíblia relata que o exército de Josué foi auxiliado por uma chuva de pedras sobre o exército amorita. Ainda na Era a.C., no século IV, Ateneu menciona uma chuva de peixes que durou três dias!
Já no século I há a descrição, por um naturalista – Plínio, o Velho -, de uma chuva de pedaços de carne, de sangue e lã.
Mais recentemente, em 1578, ratos caíram em Bergen, Noruega. Em Inglaterra, a aldeia de Acle viu cair uma chuva de sapos. E na cidade de Essex choveram salmões, arenques e pescadas! Obviamente que os comerciantes locais aproveitaram esta dádiva.
Em 1794, os soldados franceses que estavam em Lalein, França, narraram uma chuva de sapos durante uma chuvada. Em 1857, em Kentucky, uma mulher avisou pedaços de carne de veado a cair do céu. Quatro anos depois, após um terramoto, choveram mais peixes em Singapura.
No ano de 1873 a Scientific American noticia uma tempestade de sapos sobre a cidade de Kansas, Missouri. A mesma revista, em 1977 regista um aguaceiro de serpentes em Memphis.
Ainda no século passado ocorreu a chuva mais curiosa: uma chuva de moedas… do século XVI, na Rússia, trazidas por um tornado. Em 1953 rãs caíram sobre Leicester, Massachusetts, Estados Unidos. No ano seguinte foi a vez de Birmingham assistir a uma queda livre de sapos. Em 1968 outra chuva macabra, desta vez no Brasil, de carne e sangue.
No ano da primeira alunagem, 1969, caíram em Punta Gorda, Florida, bolas de golfe e, no mesmo ano, foram canários a chover em Maryland. Mais uma chuva de pássaros aconteceu em 1976, em San Luis Obispo, Californi, com uma chuva de melros e pombos. Durou dois dias.
Dois anos passaram para outro animal ser “escolhido” para cair sobre a terra. Na Austrália choveram carangueijos.
Já neste século, em 2002, voltou a chover peixe, nas montanhas gregas. Em 2007 choveram rãs em El Rebolledo, Espanha e, já este ano a Austália foi novamente prendada com este “milagre”: Na pequena localidade australiana de Lajamanu, os seus 650 habitantes foram ontem surpreendidos por uma chuva de peixes.”. O jornal Daily Mail refere que os peixes estavam vivos quando chegaram ao solo e os habitantes não perderam a oportunidade de os apanhar.”.

Nesta imagem podemos ver onde fica Lajamanu. O mar situa-se a mais de 200 km mas há lagos, como mostra a imagem, a uma distância menor, no Purnululu National Park.

Explicações: Paranormais

Uma das formas de explicar este fenómeno é a intervenção de extraterrestres ou deuses. Estas chuvas são interpretadas como castigos ou dádivas, dependendo do que caía. É um pouco como estas mesmas explicações hoje em dia, é à medida do humor de quem interpreta. É como convém. De facto, para ser verdade deveria ser provável tal explicação com uma evidência. Nunca ninguém viu um OVNI ou um Deus a lançar sapos para assustar, peixes para alimentar ou calhaus para castigar (convenhamos que não será de um qualquer deus um castigo destes…).
Outra explicação, bem mais rebuscada é a de dimensões extra pelas quais os objectos ou animais seriam teleportados de um local para outro.
Todas as hipóteses carecem de uma explicação plausível e, se possível com evidências. A que demonstrar mais evidências é a mais aceite. Bem, em teoria, pois há muita gente que prefere não ver as evidências e acreditar no que nunca foi visto…

Explicações: Normais

Então vamos lá à explicação mais plausível e séria:
Uma tromba de água, um tornado em água suga água e os animais que estejam nas proximidades. Os ventos fortes transportam todo o material sugado pelo tornado até alturas elevadas. Depois é esperar por pressões baixas e… chover.
Um tornado pode sugar toda a água de um pequeno lago e toda a sua fauna. Posteriormente deixa cair tudo o que sugou a quilómetros de distância.
Uma característica é que quando chovem animais, tal evento ocorre com uma tempestade e os animais são pequenos e leves. No entanto há curiosidades sem resposta, como o porquê de não choverem animais diferentes, a chuva de animais é homogénea e, também, o porquê de não choverem plantas ou algas com os animais, já que os ventos fortes que elevam os animais podem também arrancar plantas.
Podemos ver uma imagem Doppler que revela uma tempestade a colidir com um bando de morcegos (a cor vermelha indica o movimento dos morcegos em direcção à nuvem).
 

Ver mais:

Ciência Hoje
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Maré Negra na Nossa Direcção?


A maré negra, originária do acidente de 20 de Abril na plataforma da BP Deepwater Horizon, começou a espalhar-se no Golfo do México e já terá entrado na Loop Current, em direcção à Flórida.

Bernard Chapron, investigador do Ifremer, diz que "as águas turbulentas da corrente vão acelerar a mistura da água e petróleo" e que "a poluição deverá afectar o ecossistema da barreira de coral" das Florida Keys, a terceira barreira de coral do planeta.







Aqui podemos ver a loop current, que se liga com a corente do Golfo.

A Corrente do Golfo é a corrente que banha a costa portuguesa. É uma corrente quente, por esse motivo a costa de Portugal, principalmente o litoral sul, é quente. Como podemos ver na imagem seguinte:
Podemos ver, então, por onde se poderá espalhar o petróleo...

Fontes:
Wikipédia
WikipédiaII
Público
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Rápidas: Descoberto o 1% da Matéria que Faltava!


O Universo é composto por Matéria e Energia. Cerca de 73% é Energia Escura e 27% é Matéria. Agora centre-mo-nos nos 27% de Matéria:
- 22% é Matéria Negra, não bariónica composta por partículas exóticas e desconhecidas.
- 5% é Matéria bariónica, os protões, neutrões, electrões, enfim, toda a matéria que conhecemos
- 4% é matéria bariónica negra, a famosa matéria negra. Composta essencialmente por gás intergaláctico e que já foi detectada.
- menos de 1% é Matéria visível. Toda a que vemos. Ou seja, todo o Universo visível é, na verdade menos de 1% do que é na realidade.

A 400 milhões de anos-luz, num "muro de galáxias" chamado Sculptor Wall, foi detectada matéria normal (parte daqueles "menos de 1%") que, até agora, ainda não tinham sido detectados e que estavam em falta.

Podem ler aqui mais.
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O Clima no Mundial


Já que estamos perto do Mundial de Futebol 2010, na África do Sul vamos ver algo de curioso.

Portugal situa-se numa zona do Globo bastante rara, tem um clima Mediterrânico. Este clima existe em pequenas extensões: na bacia mediterrânica (Sul de Portugal, Espanha, Grécia, Norte de Marrocos, Argélia e Egipto), costa Oeste dos Estados Unidos (Califórnia); Sudeste da Austrália; Sul do Chile e ponta Sul da África do Sul. O mapa seguinte mostra as raras zonas onde ocorre este tipo de clima:
Este clima o único em que o Verão é a estação seca. O seguinte gráfico mostra a linha da temperatura e as barras de pluviosidade ao longo do ano:
Podemos reparar que a temperatura nos meses entre Maio e Setembro fica acima das barras de pluviosidade, o que quer dizer que esses meses são secos.

Portugal vai jogar os três jogos da fase de grupos em três cidades da África do Sul: Port Elizabeth, Durban e Cape Town:

Só na zona de Cape Town é que ocorre o clima Mediterrânico. Os jogadores habituados a jogar em Portugal, sul de Espanha... enfim na Bacia Mediterrânica não vão ter problemas em se adaptar a este clima, já que é o mesmo.
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Canal C - Método Inovador Permite Chumar quem Queremos!


Nas Universidades aparecem, por vezes, métodos inovadores. Agora venho com um método inovador de passar os alunos que quero e chumbar os que não me servem para nada (ou cujos progenitores não me servirão de nada, nem me pagam nada). O método tem cerca de 5 passos e tem de ser feito com cuidado e com um workshop em teatro.



1- Apresentação de Resultados
Temos à nossa disposição vários indivíduos de 2 ou 3 cursos diferentes. Pretendemos passar à “sucapa” o maior número possível daqueles que nos pagam de alguma forma. Este método inovador permite escolher de forma que parece aleatória. Ora é assim, fazemos um teste para todos os alunos - o 1º teste. Posteriormente aterrorizamos alguns, escolhidos ao nosso gosto, com a frase “tu, tu e tu têm uma nota muuuito baixa” (mas cuidado para não mostrar notas, isto se existirem notas). As notas não poderão ser afixadas, se nem sequer existirem será melhor.

2- Dar um Doce Envenenado
Para dar um ar de preocupação e de muito boa vontade (para não haver represálias e minimizar as investigações) teremos de dar um docinho. Cá vai, “aos que tiveram má nota dou a oportunidade especial de repetir o teste”. Infelizmente terá de ser logo a seguir ao 2º teste. O que quer dizer que todos fazem o 2º teste e, logo de seguida, cansados, os que chumbaram ao primeiro terão de o fazer de seguida.

3- Separação dos Escolhidos
Para não dar nas vistas, e para chumbar os que quero sem me apontarem o dedo e sair com imagem “limpa”, o melhor a fazer é juntar os que vão chumbar numa sala diferente, mesmo para fazer o 2º teste. 
Aqui estão os dois grandes segredos: os pontos 4 e 5 são cruciais.

4- Teste Diferente
 O 2º teste dos que vão passar é diferente do 2º teste dos que quero chumbar.

5- Roubar Tempo
Mais ainda, os que vão passar têm mais 20 minutos para o fazer.

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Obviamente que os que passam também têm de fazer algum teatro... mas muito mau... Reparei que quem saiu do 2º teste (que vão passar) não se lembravam das perguntas do teste. Disseram apenas que tinha quadrados e perguntas para responder. Ora, ou esta gente é bêbeda ou drogada, ou então não sei o que se passa.
Continuo sem perceber porque é que quem fez o "2º teste que vai chumbar" entrou às 14:15 e teve de sair à força às 15:48 e quem fez o "2º teste que vai passar" entrou à mesma hora e saiu às 16:09 (e sem pressas)! O teatro dos alunos não resultou, vão chumbar no teatro e na ética. O mesmo resultado para a docente. As provas estão aí e só não vê quem não quer.
Tanto o método como os alunos favorecidos são do... Ca...tano. E os outros são ca...stigados sem merecer.
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A Grande Fertilidade… enfim


Há um tempo coloquei aqui um post em que tentava antever, com algum humor, uma conspiração face à erupção de um vulcão na Islândia. Descobri dois blogues dedicados a uma grande fertilidade de ideias imaginativas (este e este). Um dos autores refere que o espaço aéreo foi fechado sob falsos pretextos. Baseado em imagens de satélite, afirma que não houve nuvem de cinzas vulcânicas e que o céu estava claro. Mais à frente refere que era tão fina que a sua densidade, acima do Reino Unido, era de um vigésimo do limite de perigo.

Refere ainda que o MetOffice gerou um retrato de uma nuvem a dirigir-se para sul.

Um dos pretextos seria o de destruir a economia europeia e a moeda única.

Outro dos pretextos, e este é bastante mirabolante, é o seguinte:

“A erupção foi causada por tecnologia humana”, foi intencional e serviu para os illuminati criarem o medo e distracções na população “para evitar o reconhecimento oficial da presença de civilizações extraterrestres”. Estes senhores cientistas denominados illuminati querem “evitar a divulgação televisiva que introduza a nossa família espacial.”(!!!)

Eu, numa tentativa de antever uma suposta conspiração pensei ter levado a minha imaginação um pouco longe ao conseguir relacionar empresas tão distantes quanto empresas de aviação, uma ferroviária e estas todas com um mecanismo de investigação do outro lado do mundo. E ainda, isto tudo com um vulcão que entrou em erupção a meio caminho. Leiam o meu post.

Agora reparo, ou não tenho uma imaginação muito fértil ou então há gente que me ultrapassa em muito nessa condição. De facto, alguns autores de blogues conseguem relacionar empresas de aviação, governos (como é óbvio, e eu esqueci-me disso na minha estória) um organismo chamado MetOffice, a economia de um continente, uma moeda e um grupo de pessoas de estórias de ficção (falo dos illuminati e dos ETs).

Enquanto escrevo estas ligações muito pouco perceptíveis lembro-me de uma das praxes que dava aos meus caloirinhos. Pedia-lhes textos a relacionar as coisas mais estapafúrdias tais como “qual a relação entre as folhas laranja do eucalipto do deserto quente da Sibéria com o espaço Kalabi-Yau, e o que isso contribui para as pizzas quadradas azuis”. Se os autores de alguns blogues fossem meus caloiros penso que eu é que seria apanhado nas estórias deles.
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Rápidas: Novo Modelos para a Formaçao de Cometas



Os cometas que estão na nuvem de Oort, por vezes dirigem-se para o Sistema Solar. Algumas interacções desses corpos com a Via Láctea lançam-nos da nuvem de Oort para órbitas próximas da Terra.
A dinâmica dos cometas depende dos campos gravíticos de Júpiter e de Saturno. Na teoria actual, os cometas que passam perto desses gigantes gasosos são originários das bordas externas da nuvem de Oort. Apenas quando há perturbações gravíticas grandes deslocam os cometas da parte interna da nuvem.
Simulações feitas por Nathan Kaib e Thomas Quinn rejeita essa teoria, até agora aceite. Parece que, de acordo com as simulações, muitos dos cometas que passam a barreira Júpiter-Saturno são originários da região interna da nuvem de Oort. Ainda constataram que corpos da parte interna da nuvem poder ser lançados para a parte externa. Estes cometas sujeitos a variações bruscas tornando a suas órbitas mais longas, no momento em que atravessam a barreira formadas pelos gigantes gasosos, podem saltar sobre essa barreira.
Mais de metade dos cometas vindos da nuvem de Oort chega até nós dessa forma.

Fonte: Scientific American, "Não Está Gravado em Pedra (Nem no Gelo)", John Matson, Novembro 2009
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Criado Complexo de Golgi Sintético



Nos últimos 15 anos foram criados organelos celeluares sintéticos; o cromossoma humano, em 1997 e, no mesmo ano, ribossomas pelo tecnólogo molecular George Church e a sua equipa. O ano passado (2009) foi a vez de Robert Linhardt e a sua equipa criarem mais um organelo – o complexo de Golgi.
Este organelo modifica as proteínas, que entram num topo do complexo, são modificadas ao passarem pelas sucessivas bolsas e, por fim saem do lado oposto modificadas e activas.
Linhardt criou a versão sintética num chip com “1mm2 para simular a linha de montagem de enzimas que modificam uma biomolécula dentro do complexo de Golgi. As amostras de moléculas são presas a partículas magnéticas suspensas em uma gotícula aquosa de 300 bilionésimos de litro colocada num chip.”. É, ainda necessário aplicar uma carga eléctrica para que a molécula se diriga para onde deve.
Numa experiência com um precursor inactivo de heparina (anticoagulante) o organelo modificou de forma rápida, eficiente e tornou a heparina funcional. Esta técnica mostrou-se mais rápida e segura do que as técnicas actuais, que usam animais.
O investigador pretende agora criar um Retículo Endoplasmático, um organelo onde se acopla o ribossoma, o DNA e um tipo de RNA para que ocorra síntese de proteínas. “Estamos reproduzindo pedaços de uma célula em chips electrónicos com a esperança de conseguir sistemas cada vez mais complexos” (Linhardt).

Fonte: Scientific American, Bloco de Notas: “Golgi Sintético”, Charles Choi, Novembro 2009
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O Início do Universo: III - A Sopa de Quarks



Vamos viajar até antes do primeiro segundo ABB. Todo o Universo é uma sopa de quarks, leptões, fotões, bosões W e Z e os gluões. Sabemos que existiram pois os aceleradores de partículas recriaram as condições iniciais e provou-se a ocorrência destes componentes.
Neste momento começam a surgir respostas para as três grandes questões científicas nesta área - a natureza da matéria; a assimetria entre a matéria e a antimatéria; origem da granulosa sopa de quarks.
As grandes estruturas cósmicas estão unidas pela matéria escura. Neste momento há uma busca para “encontrar a estrutura unificadora para as forças e partículas da Natureza”. Esta procura levou à predição “de partículas estáveis (…) que poderiam construir a matéria escura”.
Um dos candidatos à matéria escura é o neutralino, com uma massa entre cem e mil vezes a o protão. Outro candidato é o axião. Esta é bastante leve, com apenas um trilionésimo da massa do electrão. Ambos os candidatos são “frios”, ou seja, movem-se lentamente. Assim, aglomeravam-se nas galáxias, e este poderá ser o segredo de porque existe mais matéria do que antimatéria.
No início havia um pequeno excesso de quarks em comparação com os antiquarks. Este pequeno excesso (1 quark para mil milhões de antiquarks) permitiu que à medida que o tempo ocorria cada vez mais matéria havia comparativamente à antimatéria.
Com a inflação as pequenas flutuações quânticas foram as sementes que se tornaram nas estruturas de hoje.
O grande problema da Física é a união, até agora incompatível, entre a Teoria da Relatividade Geral e a Teoria Quântica. A união destas duas teorias permite entender os momentos iniciais do Universo, os primeiros 10-43 segundos.
A teoria das cordas prevê onze dimensões, sete extra mais as quatro familiares. Duas descobertas teóricas baseadas nesta teoria prevêem um multiverso. Primeiro, as equações da inflação sugerem que esta deve ocorrer várias vezes. Em segundo, as regiões inflacionárias formadas têm parâmetros físicos diferentes.
Assim, podem ser dadas respostas às questões “o que aconteceu antes do Big Bang?” ou “porque é que as leis físicas são como são?”. A resposta será “dentro de uma infinidade de universos, todas as possibilidades para as leis da física foram tentadas. Tais universos diferentes não podem ser testados. Não podemos saber como será um universo diferente nem se existem pois há uma barreira incontornável entre os universos… isto é, se há outros universos. Não nos podemos esquecer que estão em jogo várias ideias.
Fonte: Scientific American, Turner, Michael, “Origem do Universo” 
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O Início do Universo: II - Andar para Trás



O Big Bang deverá ter um redshift de 1100, um desvio que vai para além do infravermelho e chega à radiação de micro-ondas – é a CMB (Radiação Cósmica de Fundo em Micro-ondas – provinda da idade de 380 mil anos do Universo, aquando da formação dos átomos. Quando o Universo arrefeceu para os 3000 Kelvin, os núcleos e os electrões se uniram para formarem os átomos.
O satélite CoBE, em 1992, “descobriu que a CMB possui pequenas variações – cerca de 0,001%”. Este valor é pequeno mas dá para notar uma certa granulosidade do Universo dessa época. Esses grãos são a semente do que existe hoje.
Com 100 mil anos, “a densidade da energia da radiação excedia a da matéria, impedindo-a de se aglomerar”. Ainda mais cedo, com apenas 1 segundo os núcleos atómicos ainda não existiam. Quando aconteceu a síntese atómica foi produzido hélio (25%), lítio e os isótopos de deutério e hélio-3. Os restantes 75% do plasma continuou na forma de protões, dos quais Seia formado o hidrogénio. As gerações de estrelas e as suas explosões formaram os restantes elementos químicos.
O valor da quantidade de deutério concorda com a composição da análise da CMB. Isto é mais uma das confirmações da teoria.

Fonte: Scientific American, Turner, Michael, “Origem do Universo”
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26/05/2010

O Novo Poder das Vacinas I - O Ressurgir



Há mais de 200 anos que as vacinas mostram serem o método mais económico e mais bem-sucedido de prevenção de doenças infeccionas. Foram elas que, em 1979, erradicaram a varíola e prometem a eliminação da poliomielite, sarampo e malária.
Desde o século X, na China e na índia, até ao século XVIII, na Turquia e Médio Oriente existia a variolização, que consistia na inoculação, braço a braço, a partir do fluido vesicular das lesões. Esta foi a primeira vacina, com muito pouca higiene e com muito perigo e, claro, elevada mortalidade. Em 1774 começou a ser utilizado o vírus da varíola bovina na profilaxia da varíola humana e em 1796 aconteceu a sistematização do método de vacinação, com “vacina viva”(atenuada) deste vírus. Dois anos depois foram publicados os primeiros resultados, por Edward Jenner.
Hoje parece haver uma grande oposição à prática da vacinação, mas isto não é actual. Já no século XIX, em 1802 James Gillray escreveu “The Cow Pack or the Wonderful Effects of the New Inoculation” no “The Publications of the Anti-Vaccine Society”.
Contudo, a ciência avançou e criou a vacina anti-rábica, em 1882, por Louis Pasteur. Em 1956 a OMS lança o “Programa de Erradicação da Varíola”, que se verificou vinte e três anos mais tarde.
Uma vacina não é mais do que uma infecção controlada. É introduzida uma amostra do agente infeccioso para que o sistema imunitário o reconheça e obtenha “dados” para o poder atacar aquando da próxima infecção natural. Os mais idosos têm o seu sistema imunológico fraco e pode não responder de forma eficiente ao tratamento.
São necessários estimuladores do sistema imunológico, chamados adjuvantes. Alguns adjuvantes são usados, há mais de um século, para melhorar as vacinas.
Uma contaminação natural confere imunidade para uma futura investida do agente infeccioso. Uma vacina ideal consistiria numa única dose e, se possível, conferir protecção para outros agentes. Ideal é também promover a acção dos mais variados agentes celulares do sistema imunológico.
O patógeno entra no organismo e encontra as células do sistema imunitário inato, macrófagos e células dendríticas. Estas duas células destroem agentes patogénicos e as células infectadas). Ao digerir as células infectadas e os agentes patogénicos exibem as amostras do invasor – os antigénio. Assim as células do sistema imunitário adaptativo, os linfócitos T e B. As células apresentadoras de antigénios libertam citocinas (substâncias sinalizadoras) que induzem a inflamação e alertam os linfócitos B e T.
Os linfócitos B libertam anticorpos e os infócitos T cititóxicas capturam e destroem as células já infectadas. As vacinas introduzem patógenos por forma a replicar o efeito imunológico.
As “vacinas vivas”atenuadas reproduzem-se lentamente mas apresentam antinénios e, assim, podem estimular uma resposta imunológica robusta. Contudo não devem ser administradas a indivíduos com problemas imunológicos. Um perigo destas vacinas é o facto de os vírus destas vacinas serem atenuados por mutações pontuais na zona de acoplamento do ribossoma. Com estas mutações o ribossoma não reconhece a cadeia, não acopla e não sintetiza as proteínas de reprodução viral. Mas, como a mutação é efectuada numa pequena extensão do DNA/RNA, pode ocorrer uma reversão da mutação e tornar o vírus novamente virulento.
As vacinas mais eficazes são as de subunidades, que contêm pedaços de vírus para que sejam reconhecidos sem a capacidade de haver uma replicação.
As células dendríticas, com antigénios migram para os gânglios linfáticos, onde sinalizam e provocam a resposta dos linfócitos B e T. Sem os indicadores de perigo estas células não conseguem amadurecer nem migrar. Então, as vacinas de subunidades necessitam de adjuvantes para ampliar o fluxo de citocinas, moléculas sinalizadoras, para que haja uma resposta mais eficiente.
O adjuvante alume (sais de alumínio) é dos mais antigos. Desde os anos 30 que é utilizado com eficácia. Mas é insuficiente em vacinas contra infecções que requerem mais do que protecção por anticorpos. Então, uma vacina necessita, também, de estimular não só as células dendítricas mas também os linfócitos T. Por este motivo há uma grande investigação na produção de adjuvantes mais eficientes.

Fontes:
Nathalie Garçon e Michel Goldman, "O Novo Poder das Vacinas" Scientific American, Novembro 2009

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21/05/2010

E, no Sexto Dia, Criou Craig Venter a Vida


Nos últimos 15 anos foram criados organelos celeluares sintéticos; o cromossoma humano, em 1997 e, no mesmo ano, ribossomas pelo tecnólogo molecular George Church e a sua equipa. O ano passado (2009) foi a vez de Robert Linhardt e a sua equipa criarem mais um organelo – o complexo de Golgi. (Universo Paralelo)

Agora, depois de 57 anos da experiência de Urey-Miller, por geração expontânea, magia, deus ou homem, o que é certo é que Craig Venter e a sua equipa criaram, pela primeira vez, uma bactéria totalmente feita a partir de componentes sintéticos.

O Genoma da bactéria é constituído por letras de DNA (A, G, C, T) de forma a codificar informação proteica. Estes quatro nucleótidos são compostos químicos de bases azotadas, pentoses e açúcares e podem ser unidos uns aos outros em laboratório. Assim, pode-se criar um código igual ao da bactéria natural e… voilá, aconteceu! (obviamente não é assim tão fácil).

A saga de Craig começou há mais de 15 anos e custou 40 milhões de dólares. Afinal não foi ao 6º dia... foi, antes, ao 5475º dia.

“O nascimento desta primeira forma de vida artificial ficará registado para a posteridade nas páginas da edição de sexta-feira da revista Science (e na Web, desde hoje). “Esta é a primeira célula sintética jamais fabricada”, afirma Venter, “e dizemos que é sintética porque a célula é totalmente derivada de um cromossoma sintético.”” (Público)


As bactérias sintéticas aparecem nesta imagem, são azuis e iguais às naturais de que são cópia.

Começou a Era da Biologia Sintética.

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20/05/2010

Chove Água... e Animais!



Estamos habituados e ver, ouvir e sentir pingos de água de várias formas cair do céu. Por vezes a chuva vem em forma de gelo de tamanhos pequenos ou até do tamanho de bolas de golfe! Mas a chuva de sapos ou peixes e, por vezes, pássaros não é recorrente. Estes bichos vindos do céu podem vir congelados pelas temperaturas gélidas a grandes altitudes e alguns conseguem chegar vivos ao solo. Raramente ocorre a queda de pedaços de animais. Sim, pedaços de animais.
Exitem relatos bastante antigos. A Bíblia relata que o exército de Josué foi auxiliado por uma chuva de pedras sobre o exército amorita. Ainda na Era a.C., no século IV, Ateneu menciona uma chuva de peixes que durou três dias!
Já no século I há a descrição, por um naturalista – Plínio, o Velho -, de uma chuva de pedaços de carne, de sangue e lã.
Mais recentemente, em 1578, ratos caíram em Bergen, Noruega. Em Inglaterra, a aldeia de Acle viu cair uma chuva de sapos. E na cidade de Essex choveram salmões, arenques e pescadas! Obviamente que os comerciantes locais aproveitaram esta dádiva.
Em 1794, os soldados franceses que estavam em Lalein, França, narraram uma chuva de sapos durante uma chuvada. Em 1857, em Kentucky, uma mulher avisou pedaços de carne de veado a cair do céu. Quatro anos depois, após um terramoto, choveram mais peixes em Singapura.
No ano de 1873 a Scientific American noticia uma tempestade de sapos sobre a cidade de Kansas, Missouri. A mesma revista, em 1977 regista um aguaceiro de serpentes em Memphis.
Ainda no século passado ocorreu a chuva mais curiosa: uma chuva de moedas… do século XVI, na Rússia, trazidas por um tornado. Em 1953 rãs caíram sobre Leicester, Massachusetts, Estados Unidos. No ano seguinte foi a vez de Birmingham assistir a uma queda livre de sapos. Em 1968 outra chuva macabra, desta vez no Brasil, de carne e sangue.
No ano da primeira alunagem, 1969, caíram em Punta Gorda, Florida, bolas de golfe e, no mesmo ano, foram canários a chover em Maryland. Mais uma chuva de pássaros aconteceu em 1976, em San Luis Obispo, Californi, com uma chuva de melros e pombos. Durou dois dias.
Dois anos passaram para outro animal ser “escolhido” para cair sobre a terra. Na Austrália choveram carangueijos.
Já neste século, em 2002, voltou a chover peixe, nas montanhas gregas. Em 2007 choveram rãs em El Rebolledo, Espanha e, já este ano a Austália foi novamente prendada com este “milagre”: Na pequena localidade australiana de Lajamanu, os seus 650 habitantes foram ontem surpreendidos por uma chuva de peixes.”. O jornal Daily Mail refere que os peixes estavam vivos quando chegaram ao solo e os habitantes não perderam a oportunidade de os apanhar.”.

Nesta imagem podemos ver onde fica Lajamanu. O mar situa-se a mais de 200 km mas há lagos, como mostra a imagem, a uma distância menor, no Purnululu National Park.

Explicações: Paranormais

Uma das formas de explicar este fenómeno é a intervenção de extraterrestres ou deuses. Estas chuvas são interpretadas como castigos ou dádivas, dependendo do que caía. É um pouco como estas mesmas explicações hoje em dia, é à medida do humor de quem interpreta. É como convém. De facto, para ser verdade deveria ser provável tal explicação com uma evidência. Nunca ninguém viu um OVNI ou um Deus a lançar sapos para assustar, peixes para alimentar ou calhaus para castigar (convenhamos que não será de um qualquer deus um castigo destes…).
Outra explicação, bem mais rebuscada é a de dimensões extra pelas quais os objectos ou animais seriam teleportados de um local para outro.
Todas as hipóteses carecem de uma explicação plausível e, se possível com evidências. A que demonstrar mais evidências é a mais aceite. Bem, em teoria, pois há muita gente que prefere não ver as evidências e acreditar no que nunca foi visto…

Explicações: Normais

Então vamos lá à explicação mais plausível e séria:
Uma tromba de água, um tornado em água suga água e os animais que estejam nas proximidades. Os ventos fortes transportam todo o material sugado pelo tornado até alturas elevadas. Depois é esperar por pressões baixas e… chover.
Um tornado pode sugar toda a água de um pequeno lago e toda a sua fauna. Posteriormente deixa cair tudo o que sugou a quilómetros de distância.
Uma característica é que quando chovem animais, tal evento ocorre com uma tempestade e os animais são pequenos e leves. No entanto há curiosidades sem resposta, como o porquê de não choverem animais diferentes, a chuva de animais é homogénea e, também, o porquê de não choverem plantas ou algas com os animais, já que os ventos fortes que elevam os animais podem também arrancar plantas.
Podemos ver uma imagem Doppler que revela uma tempestade a colidir com um bando de morcegos (a cor vermelha indica o movimento dos morcegos em direcção à nuvem).
 

Ver mais:

Ciência Hoje

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19/05/2010

Maré Negra na Nossa Direcção?


A maré negra, originária do acidente de 20 de Abril na plataforma da BP Deepwater Horizon, começou a espalhar-se no Golfo do México e já terá entrado na Loop Current, em direcção à Flórida.

Bernard Chapron, investigador do Ifremer, diz que "as águas turbulentas da corrente vão acelerar a mistura da água e petróleo" e que "a poluição deverá afectar o ecossistema da barreira de coral" das Florida Keys, a terceira barreira de coral do planeta.







Aqui podemos ver a loop current, que se liga com a corente do Golfo.

A Corrente do Golfo é a corrente que banha a costa portuguesa. É uma corrente quente, por esse motivo a costa de Portugal, principalmente o litoral sul, é quente. Como podemos ver na imagem seguinte:
Podemos ver, então, por onde se poderá espalhar o petróleo...

Fontes:
Wikipédia
WikipédiaII
Público

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Rápidas: Descoberto o 1% da Matéria que Faltava!


O Universo é composto por Matéria e Energia. Cerca de 73% é Energia Escura e 27% é Matéria. Agora centre-mo-nos nos 27% de Matéria:
- 22% é Matéria Negra, não bariónica composta por partículas exóticas e desconhecidas.
- 5% é Matéria bariónica, os protões, neutrões, electrões, enfim, toda a matéria que conhecemos
- 4% é matéria bariónica negra, a famosa matéria negra. Composta essencialmente por gás intergaláctico e que já foi detectada.
- menos de 1% é Matéria visível. Toda a que vemos. Ou seja, todo o Universo visível é, na verdade menos de 1% do que é na realidade.

A 400 milhões de anos-luz, num "muro de galáxias" chamado Sculptor Wall, foi detectada matéria normal (parte daqueles "menos de 1%") que, até agora, ainda não tinham sido detectados e que estavam em falta.

Podem ler aqui mais.

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15/05/2010

O Clima no Mundial


Já que estamos perto do Mundial de Futebol 2010, na África do Sul vamos ver algo de curioso.

Portugal situa-se numa zona do Globo bastante rara, tem um clima Mediterrânico. Este clima existe em pequenas extensões: na bacia mediterrânica (Sul de Portugal, Espanha, Grécia, Norte de Marrocos, Argélia e Egipto), costa Oeste dos Estados Unidos (Califórnia); Sudeste da Austrália; Sul do Chile e ponta Sul da África do Sul. O mapa seguinte mostra as raras zonas onde ocorre este tipo de clima:
Este clima o único em que o Verão é a estação seca. O seguinte gráfico mostra a linha da temperatura e as barras de pluviosidade ao longo do ano:
Podemos reparar que a temperatura nos meses entre Maio e Setembro fica acima das barras de pluviosidade, o que quer dizer que esses meses são secos.

Portugal vai jogar os três jogos da fase de grupos em três cidades da África do Sul: Port Elizabeth, Durban e Cape Town:

Só na zona de Cape Town é que ocorre o clima Mediterrânico. Os jogadores habituados a jogar em Portugal, sul de Espanha... enfim na Bacia Mediterrânica não vão ter problemas em se adaptar a este clima, já que é o mesmo.

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12/05/2010

Canal C - Método Inovador Permite Chumar quem Queremos!


Nas Universidades aparecem, por vezes, métodos inovadores. Agora venho com um método inovador de passar os alunos que quero e chumbar os que não me servem para nada (ou cujos progenitores não me servirão de nada, nem me pagam nada). O método tem cerca de 5 passos e tem de ser feito com cuidado e com um workshop em teatro.



1- Apresentação de Resultados
Temos à nossa disposição vários indivíduos de 2 ou 3 cursos diferentes. Pretendemos passar à “sucapa” o maior número possível daqueles que nos pagam de alguma forma. Este método inovador permite escolher de forma que parece aleatória. Ora é assim, fazemos um teste para todos os alunos - o 1º teste. Posteriormente aterrorizamos alguns, escolhidos ao nosso gosto, com a frase “tu, tu e tu têm uma nota muuuito baixa” (mas cuidado para não mostrar notas, isto se existirem notas). As notas não poderão ser afixadas, se nem sequer existirem será melhor.

2- Dar um Doce Envenenado
Para dar um ar de preocupação e de muito boa vontade (para não haver represálias e minimizar as investigações) teremos de dar um docinho. Cá vai, “aos que tiveram má nota dou a oportunidade especial de repetir o teste”. Infelizmente terá de ser logo a seguir ao 2º teste. O que quer dizer que todos fazem o 2º teste e, logo de seguida, cansados, os que chumbaram ao primeiro terão de o fazer de seguida.

3- Separação dos Escolhidos
Para não dar nas vistas, e para chumbar os que quero sem me apontarem o dedo e sair com imagem “limpa”, o melhor a fazer é juntar os que vão chumbar numa sala diferente, mesmo para fazer o 2º teste. 
Aqui estão os dois grandes segredos: os pontos 4 e 5 são cruciais.

4- Teste Diferente
 O 2º teste dos que vão passar é diferente do 2º teste dos que quero chumbar.

5- Roubar Tempo
Mais ainda, os que vão passar têm mais 20 minutos para o fazer.

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Obviamente que os que passam também têm de fazer algum teatro... mas muito mau... Reparei que quem saiu do 2º teste (que vão passar) não se lembravam das perguntas do teste. Disseram apenas que tinha quadrados e perguntas para responder. Ora, ou esta gente é bêbeda ou drogada, ou então não sei o que se passa.
Continuo sem perceber porque é que quem fez o "2º teste que vai chumbar" entrou às 14:15 e teve de sair à força às 15:48 e quem fez o "2º teste que vai passar" entrou à mesma hora e saiu às 16:09 (e sem pressas)! O teatro dos alunos não resultou, vão chumbar no teatro e na ética. O mesmo resultado para a docente. As provas estão aí e só não vê quem não quer.
Tanto o método como os alunos favorecidos são do... Ca...tano. E os outros são ca...stigados sem merecer.

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08/05/2010

A Grande Fertilidade… enfim


Há um tempo coloquei aqui um post em que tentava antever, com algum humor, uma conspiração face à erupção de um vulcão na Islândia. Descobri dois blogues dedicados a uma grande fertilidade de ideias imaginativas (este e este). Um dos autores refere que o espaço aéreo foi fechado sob falsos pretextos. Baseado em imagens de satélite, afirma que não houve nuvem de cinzas vulcânicas e que o céu estava claro. Mais à frente refere que era tão fina que a sua densidade, acima do Reino Unido, era de um vigésimo do limite de perigo.

Refere ainda que o MetOffice gerou um retrato de uma nuvem a dirigir-se para sul.

Um dos pretextos seria o de destruir a economia europeia e a moeda única.

Outro dos pretextos, e este é bastante mirabolante, é o seguinte:

“A erupção foi causada por tecnologia humana”, foi intencional e serviu para os illuminati criarem o medo e distracções na população “para evitar o reconhecimento oficial da presença de civilizações extraterrestres”. Estes senhores cientistas denominados illuminati querem “evitar a divulgação televisiva que introduza a nossa família espacial.”(!!!)

Eu, numa tentativa de antever uma suposta conspiração pensei ter levado a minha imaginação um pouco longe ao conseguir relacionar empresas tão distantes quanto empresas de aviação, uma ferroviária e estas todas com um mecanismo de investigação do outro lado do mundo. E ainda, isto tudo com um vulcão que entrou em erupção a meio caminho. Leiam o meu post.

Agora reparo, ou não tenho uma imaginação muito fértil ou então há gente que me ultrapassa em muito nessa condição. De facto, alguns autores de blogues conseguem relacionar empresas de aviação, governos (como é óbvio, e eu esqueci-me disso na minha estória) um organismo chamado MetOffice, a economia de um continente, uma moeda e um grupo de pessoas de estórias de ficção (falo dos illuminati e dos ETs).

Enquanto escrevo estas ligações muito pouco perceptíveis lembro-me de uma das praxes que dava aos meus caloirinhos. Pedia-lhes textos a relacionar as coisas mais estapafúrdias tais como “qual a relação entre as folhas laranja do eucalipto do deserto quente da Sibéria com o espaço Kalabi-Yau, e o que isso contribui para as pizzas quadradas azuis”. Se os autores de alguns blogues fossem meus caloiros penso que eu é que seria apanhado nas estórias deles.

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06/05/2010

Rápidas: Novo Modelos para a Formaçao de Cometas



Os cometas que estão na nuvem de Oort, por vezes dirigem-se para o Sistema Solar. Algumas interacções desses corpos com a Via Láctea lançam-nos da nuvem de Oort para órbitas próximas da Terra.
A dinâmica dos cometas depende dos campos gravíticos de Júpiter e de Saturno. Na teoria actual, os cometas que passam perto desses gigantes gasosos são originários das bordas externas da nuvem de Oort. Apenas quando há perturbações gravíticas grandes deslocam os cometas da parte interna da nuvem.
Simulações feitas por Nathan Kaib e Thomas Quinn rejeita essa teoria, até agora aceite. Parece que, de acordo com as simulações, muitos dos cometas que passam a barreira Júpiter-Saturno são originários da região interna da nuvem de Oort. Ainda constataram que corpos da parte interna da nuvem poder ser lançados para a parte externa. Estes cometas sujeitos a variações bruscas tornando a suas órbitas mais longas, no momento em que atravessam a barreira formadas pelos gigantes gasosos, podem saltar sobre essa barreira.
Mais de metade dos cometas vindos da nuvem de Oort chega até nós dessa forma.

Fonte: Scientific American, "Não Está Gravado em Pedra (Nem no Gelo)", John Matson, Novembro 2009

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05/05/2010

Criado Complexo de Golgi Sintético



Nos últimos 15 anos foram criados organelos celeluares sintéticos; o cromossoma humano, em 1997 e, no mesmo ano, ribossomas pelo tecnólogo molecular George Church e a sua equipa. O ano passado (2009) foi a vez de Robert Linhardt e a sua equipa criarem mais um organelo – o complexo de Golgi.
Este organelo modifica as proteínas, que entram num topo do complexo, são modificadas ao passarem pelas sucessivas bolsas e, por fim saem do lado oposto modificadas e activas.
Linhardt criou a versão sintética num chip com “1mm2 para simular a linha de montagem de enzimas que modificam uma biomolécula dentro do complexo de Golgi. As amostras de moléculas são presas a partículas magnéticas suspensas em uma gotícula aquosa de 300 bilionésimos de litro colocada num chip.”. É, ainda necessário aplicar uma carga eléctrica para que a molécula se diriga para onde deve.
Numa experiência com um precursor inactivo de heparina (anticoagulante) o organelo modificou de forma rápida, eficiente e tornou a heparina funcional. Esta técnica mostrou-se mais rápida e segura do que as técnicas actuais, que usam animais.
O investigador pretende agora criar um Retículo Endoplasmático, um organelo onde se acopla o ribossoma, o DNA e um tipo de RNA para que ocorra síntese de proteínas. “Estamos reproduzindo pedaços de uma célula em chips electrónicos com a esperança de conseguir sistemas cada vez mais complexos” (Linhardt).

Fonte: Scientific American, Bloco de Notas: “Golgi Sintético”, Charles Choi, Novembro 2009

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03/05/2010

O Início do Universo: III - A Sopa de Quarks



Vamos viajar até antes do primeiro segundo ABB. Todo o Universo é uma sopa de quarks, leptões, fotões, bosões W e Z e os gluões. Sabemos que existiram pois os aceleradores de partículas recriaram as condições iniciais e provou-se a ocorrência destes componentes.
Neste momento começam a surgir respostas para as três grandes questões científicas nesta área - a natureza da matéria; a assimetria entre a matéria e a antimatéria; origem da granulosa sopa de quarks.
As grandes estruturas cósmicas estão unidas pela matéria escura. Neste momento há uma busca para “encontrar a estrutura unificadora para as forças e partículas da Natureza”. Esta procura levou à predição “de partículas estáveis (…) que poderiam construir a matéria escura”.
Um dos candidatos à matéria escura é o neutralino, com uma massa entre cem e mil vezes a o protão. Outro candidato é o axião. Esta é bastante leve, com apenas um trilionésimo da massa do electrão. Ambos os candidatos são “frios”, ou seja, movem-se lentamente. Assim, aglomeravam-se nas galáxias, e este poderá ser o segredo de porque existe mais matéria do que antimatéria.
No início havia um pequeno excesso de quarks em comparação com os antiquarks. Este pequeno excesso (1 quark para mil milhões de antiquarks) permitiu que à medida que o tempo ocorria cada vez mais matéria havia comparativamente à antimatéria.
Com a inflação as pequenas flutuações quânticas foram as sementes que se tornaram nas estruturas de hoje.
O grande problema da Física é a união, até agora incompatível, entre a Teoria da Relatividade Geral e a Teoria Quântica. A união destas duas teorias permite entender os momentos iniciais do Universo, os primeiros 10-43 segundos.
A teoria das cordas prevê onze dimensões, sete extra mais as quatro familiares. Duas descobertas teóricas baseadas nesta teoria prevêem um multiverso. Primeiro, as equações da inflação sugerem que esta deve ocorrer várias vezes. Em segundo, as regiões inflacionárias formadas têm parâmetros físicos diferentes.
Assim, podem ser dadas respostas às questões “o que aconteceu antes do Big Bang?” ou “porque é que as leis físicas são como são?”. A resposta será “dentro de uma infinidade de universos, todas as possibilidades para as leis da física foram tentadas. Tais universos diferentes não podem ser testados. Não podemos saber como será um universo diferente nem se existem pois há uma barreira incontornável entre os universos… isto é, se há outros universos. Não nos podemos esquecer que estão em jogo várias ideias.
Fonte: Scientific American, Turner, Michael, “Origem do Universo” 

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01/05/2010

O Início do Universo: II - Andar para Trás



O Big Bang deverá ter um redshift de 1100, um desvio que vai para além do infravermelho e chega à radiação de micro-ondas – é a CMB (Radiação Cósmica de Fundo em Micro-ondas – provinda da idade de 380 mil anos do Universo, aquando da formação dos átomos. Quando o Universo arrefeceu para os 3000 Kelvin, os núcleos e os electrões se uniram para formarem os átomos.
O satélite CoBE, em 1992, “descobriu que a CMB possui pequenas variações – cerca de 0,001%”. Este valor é pequeno mas dá para notar uma certa granulosidade do Universo dessa época. Esses grãos são a semente do que existe hoje.
Com 100 mil anos, “a densidade da energia da radiação excedia a da matéria, impedindo-a de se aglomerar”. Ainda mais cedo, com apenas 1 segundo os núcleos atómicos ainda não existiam. Quando aconteceu a síntese atómica foi produzido hélio (25%), lítio e os isótopos de deutério e hélio-3. Os restantes 75% do plasma continuou na forma de protões, dos quais Seia formado o hidrogénio. As gerações de estrelas e as suas explosões formaram os restantes elementos químicos.
O valor da quantidade de deutério concorda com a composição da análise da CMB. Isto é mais uma das confirmações da teoria.

Fonte: Scientific American, Turner, Michael, “Origem do Universo”

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