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O Perigo (Crime) da Desinformação na Internet


A Internet é uma grande fonte de informação, tanto da credível como da despresível, perigosa e da criminosa. Já li sobre várias teorias da conspiração mas as relacionadas com a Gripe são as piores. Não por serem as mais infundadas, ou fundadas em fontes que não são as melhores, mas por incentivarem à não vacinação, por exemplo.

No blog do professor João Vasconcelos Costa pode ler-se algo a desmentir, ou melhor a desmistificar o perigo da vacina da Gripe A H1N1:
"em 1976, houve uma epidemia nos EUA, conhecida como New Jersey, de um vírus também H1N1, cuja vacina causou acidentalmente um número considerável de casos de uma doença relacionada com infecções virais, o sindroma de Guillain-Barré (SGB), um quadro clínico essencialmente caracterizado por paralisias diversas.

1. Ainda não há vacina para a gripe pandémica de 2009. A comparação com casos anteriores é especulativa. Cada epidemia é diferente (H1N1 é coisa muito larga, até há vírus sazonais deste tipo), cada vacina é diferente. Acidentes na Medicina sempre houve e são a excepção, nada que justifique suspeitar de que se repitam sistematicamente. Pelo contrário, servem para se aprender e estar atento a evitá-los no futuro.

2. Se a H1N1 de 1976 (New Jersey) tivesse relação com esta até era bom, estávamos imunizados. Repito, não se pode fazer comparações, muito menos em relação a uma vacina que ainda nem existe.

3. O SGB não é uma situação clínica ligeira ou agradável, mas está muito longe de ser classificado como “doença nervosa fatal”, como diz o artigo. Na grande maioria dos casos cura-se em meses e a mortalidade é inferior a 4%, tendendo a diminuir com os tratamentos actuais.

4. O SGB ocorre depois de variadas infecções virais, principalmente a gripe e também depois de vacinação contra a gripe sazonal, sarampo, hepatite B, etc.

5. Em 1976 houve cerca de 500 casos devido à vacinação, nos EUA. Todos os anos há nos EUA 5000 a 10000 casos de SGB devidos a doenças virais e vacinação.

6. Se estimarmos que um quinto dos americanos foi vacinado em 1976, a incidência de SGB foi de 10/100.000, comparada com a incidência habitual de 2-4/100.000/ano. Foi mais alta mas não enormemente mais.

7. O número de mortes foi de 25, donde uma taxa de mortalidade de 5%, semelhante à habitual.

8. É verdade que estas consequências da vacinação foram superiores às da própria gripe de 1976, mas isto não terá sido devido à vacinação, mesmo com as lamentáveis consequências que teve?

9. A gripe pandémica de 2009 vai com mais de 250.000 casos e mais de 3000 mortos com gripe confirmada laboratorialmente (de facto, provavelmente muitos mais). Vai haver certamente no outono/inverno uma segunda vaga muito maior.

10. Estudos rigorosos mostram que a vacinação de 70% da população causaria o fim rápido da pandemia.

11. Assim, apelos à recusa de vacinação são uma irresponsabilidade criminosa."


A Hemaglutanina (o "H" do H1N1, por exemplo), liga-se a receptores contendo ácido siálico. Terá de construir ligações alfa2-3 e a alfa 2-6. O porco possui os dois tipos de ligação e, desta forma, será elemento que pode misturar as estirpes que possuem estas ligações.

A H5N1 só tem transmissibilidade para humanos a partir de aves em condições muito precárias de higiene. Ao infectar um humano vai formar ligações alfa2-6, numa zona mais profunda dos pulmões. Assim, os poucos infectados correm grande risco de vida.

A H1N1 é transmissível entre humanos. Ao infectar um humano vai formar ligações alfa 2-3, da zona superior respiratória. É mais fácil tratar.

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Rápidas: O Espaço Expande ou o Tempo Pára?


E se, em vez de o espaço estar a exapdir, for o tempo que está a abrandar?


Pois é, o Espaço e o Tempo são duas variáveis interligadas. "Esta é a ideia do Professor Jose Senovilla, e dos seus colegas, que, a partir de Espanha, dizem que não existe qualquer energia negra!" (AstroPT)


"Baseado numa variante da Teoria das Cordas (em que estamos na superficie de uma membrana), o que eles propõem é que o Tempo está a ser convertido em Espaço" (AstroPT)



Por fim, se isto for verdade o tempo irá parar gradualmente enquanto parece que a expansão acelera. O Tempo irá parar. Será que poderá inverter? Como nos irá parecer o Espaço? E o que acontecerá com a Entropia? Sabemos que o Tempo é simátrico e o que determina a seta do tempo é o sentido do aumento da Entropia. O que acontecerá à Entropia?

Para ler mais, aqui
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Novo Projecto: NQBE na FCT


Um novo projecto está em gestação há cerca de um ano. O Núcleo de Química, Biologia e Engenharia (NQBE) está prestes a nascer, na FCT da Universidade Nova de Lisboa.

Uma plataforma fundada por jovens estudantes das áras da Química, Biologia e Engenharia e que tem por objectivo fazer o link entre a comunidade académica e a comunidade profissional das áreas abrangidas.

O Núcleo é aberto a quem pretender dar um pouco de si e do seu tempo a ajudar na contrução permanente desta estrutura. Estão no forno um site e uma newsletter. E está-se a fazer a massa de futuras palestras, fórums, encontros, etc.

Para o Núcleo ser o que o estudante necessita é necessário ter vida. Esta vida é dada por alunos, ex-alunos. professores, empresas e investigadores. Todos nós podemos dispender um pouco do nosso tempo em prol de nós mesmos e dos outros. Pois o que fazemos no NQBE é pela comunidade, que beneficia do que este projecto possa dar, e por nós, que aprendemos algo em colaborar.

Colabora, aprende, investe, partilha!

O site ainda não está a funcionar.


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Ética, Economia e Futuro


A economia pode-nos dar elementos de análise sobre as possíveis alternativas para a prevenção dos efeitos adversos da subida das temperaturas. O que devemos fazer? – é a pergunta. Quando interesses entram em conflito esta questão é sempre de natureza ética.

Como devemos avaliar o bem-estar das futuras gerações, considerando que terão mais bens materiais que nós?

Quase toda a gente reconhece o princípio moral básico de que não se deve fazer algo em seu benefício se prejudicar alguém. E quando causamos algum mal deveremos recompensar a vítima.

As alterações climáticas irão provocar danos. As doenças tropicais vão aumentar o seu alcance. A mudança nos padrões das chuvas levará à falta de alimentos e de água potável. Estas alterações vão afectar um número elevado de pessoas. A OMS estima que, desde 2000 o número anual de mortos devido às mudanças climáticas já superou os 150 mil.

Neste momento, quase tudo o que fazemos e compramos prejudica os outros. Não o podemos evitar. Contudo, recorrendo ao princípio moral básico, devemos tentar parar o mais depressa possível.

O que fazer?

Um projecto industrial que traga benefícios num futuro próximo, mas que emita gases de efeito estufa, e cujos benefícios ultrapassem os custos. Este projecto deve seguir em frente?

Ética dos Custos e Benefícios

Os custos da atenuação são os sacrifícios que a actual geração terá de fazer para reduzir os gases de efeito estufa. Os benefícios são um melhor nível de vida para as gerações futuras. Trata-se de uma discussão ética porque se avalia os benefícios para algumas pessoas em função dos custos para outras. A economia apresenta métodos para avaliar os benefícios em relação aos custos.

O relatório Stern Review on the Economics of Climate Change, de Nicholas Stern. O relatório compara custos e benefícios e conclui que os benefícios obtidos com a redução das emissões de gases de efeito estufa seriam maiores que os gastos para os reduzir. Um outro estudo, de William Nordhaus, conclui que a necessidade de intervenção não é urgente.

Qual a diferença nos diagnósticos de Stern e de Nordhaus? Stern usa uma “taxa de desconto” menor, ou seja, dá menor valor aos bens futuros relativamente aos actuais. Quanto mais no futuro estiverem esses bens mais desconto sofrem. A taxa de desconto mede a velocidade com que o valor dos bens diminui com o tempo. Para Norhaus a taxa é de 6%, enquanto para Stern é apenas de 1,4 pontos percentuais. Parecem valores pequenos mas estamos a olhar no tempo. Um desvio torna-se maior quanto mais tempo permanece. O resultado disto é que, para US$ 1 Bilião em bens, daqui a 100 anos, Norhaus avalia-os em US$ 2,5 mil milhões.

Futuro Mais Rico

E porquê o desconto nos bens futuros? Por dois motivos:

1- Um dos chavões a Economia é que ela cresce sempre, a longo prazo. Isto irá fazer com que, no futuro, as pessoas tenham, em média, mais bens do que nós. E quanto mais bens menor o valor dos bens adicionais. Os bens têm um valor marginal decrescente, desvalorizam.

2- Puramente ético e divide-se em dois ramos:

A- No Prioritarismo – aumento no bem-estar do indivíduo – um benefício que chega a uma pessoa rica tem um valor social menor que teria se chegasse a uma pessoa pobre.

B- No utilitarismo um benefício tem o mesmo valor social independentemente de quem o receba.

Qual a taxa de desconto a aplicar? O que determina a velocidade de diminuição no valor dos bem disponíveis no futuro? A riqueza das pessoas no futuro é que determina essa taxa e a velocidade. Pessoas mais ricas adquirem mais bens. Ora se os bens têm um valor marginal decrescente faz com que uma alta taxa de crescimento vai provocar uma alta taxa de desconto.

Em Economia afere-se o valor da taxa fixando a taxa mais alta no mercado monetário, onde se compram e vendem produtos futuros.

Outro factor que afecta a taxa de desconto é o seguinte: “Em quanto devem ser avaliados os benefícios às pessoas ricas futuras, em relação às nossas?”

1- Para o prioritarismo o valor atribuído aos benefícios às pessoas do futuro deveria ser menor que os nossos porque as pessoas vão ser mais ricas no futuro.

2- Para o utilirtarismo os benefícios para as pessoas do futuro deveriam ter o mesmo valor que os nossos.

Esta diferença de conceitos provoca a diferença nas taxas de desconto e faz com que a taxa do prioritarismo seja mais elevada relativamente à do utilitarismo.

A médio/longo prazo ambas as taxas chegam a valores baixos. O mundo deve, então, aoptar medidas urgentes para controlar as mudanças climáticas?

Fonte: Scientific American

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Rápidas: Erro ou Conspiração?

Surgiu uma graaaande oportunidade para os conspiracionistas: O Museu de Amsterdão, Rijksmuseum, foi enganado com uma pedra que, afinal é madeira.

Esta rocha teria sido trazida da alunagem da Apolo 11, com outras 100 amostras para outros tantos locais no mundo.

Contudo "Claro que os conspiracionistas vão logo ler esta notícia como mais uma prova de que os astronautas não foram à Lua.Obviamente que esta é mais uma interpretação disparatada!O que esta notícia prova é que é relativamente fácil perceber se a rocha veio realmente da Lua ou não.E como milhares de centros e museus por todo o mundo analisaram as rochas lunares e provaram que elas vieram da Lua, então esta notícia só prova que somente um dos museus foi enganado, provavelmente com um erro de distribuição."

Fonte: AstroPT

ver mais aqui
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Rápidas: Lua Cheia não Influencia Partos

No site astroPT aparece a notícia de que um estudo finalmente revela que a influência do astro mais próximo da Terra nos partos é fantasiosa.

É giro fantasiar e ter coisas para contar aos filhos quando forem mais velhos. Ou é bonito achar que foi por algo especial que nasceram. Contudo a realidade não nos coloca em posições especiais. Temos o lugar que temos.

Deixo-vos este "desabafo" de Carlos Oliveira: "Os media dizem que existe porque a “aura de mistério” (da qual já falamos várias vezes) aumenta-lhes as audiências.Os pseudos também o afirmam porque eles vivem de enganar as pessoas.As “pessoas normais” também têm uma vaga ideia disso, devido a: serem enganadas pelas de cima, por histórias subjectivas que ouvem dizer, e porque psicologicamente é atractivo ver relações onde elas não existem.Já algumas pessoas que trabalham em hospitais “juram” que isso é verdade, devido ao chamado Erro de Estatística tipo I. Ou seja, só dão importância aos nascimentos durante a Lua Cheia, esquecendo os dias fortes noutras fases da Lua (tal como quando estamos a pensar numa pessoa e ela telefona e pensamos que estamos em “sintonia” com ela, esquecendo as centenas de vezes em que pensamos nela e ela não telefonou)."

E aqui está a notícia.
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Síndrome da Não Argumentação

Sim, estou farto de gente que diz que a Terra é plana porque leu num site ou porque foi o irmão ou o amigo que disse. Normalmente estas pessoas não apanharam com um argumento sério sobre o tema nem investigaram sites mais técnicos. Foi-lhes dito "é assim" e pronto. Assim é! Pior, quando ouvem uma argumentação fundada fecham os ouvidos, os olhos e a boca e viram a cara. Não querem ouvir porque é desacreditar o amigo ou o irmão (ou o que quer que seja) e ficam vulneráveis.

Após o início de uma argumentação fundada a contra-argumentação deles é a mesma que aparece em sites que dizem que a Terra não gira à volta do sol, que o 11 de Setembro não existiu e que há um planeta do tamanho do Sol que está a vir em nossa direcção e vai embater na Terra a 21 de Dezembro de 2012. Dá para rir... e para chorar.

O método científico deve estar interiorizado em nós, mas também a auto-crítica como forma de filtrar a informação à nossa volta.

Já prefiro ficar calado a chorar por dentro e a ver pessoas a caír no precipício das teorias da conspiração.
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24/09/2009

O Perigo (Crime) da Desinformação na Internet


A Internet é uma grande fonte de informação, tanto da credível como da despresível, perigosa e da criminosa. Já li sobre várias teorias da conspiração mas as relacionadas com a Gripe são as piores. Não por serem as mais infundadas, ou fundadas em fontes que não são as melhores, mas por incentivarem à não vacinação, por exemplo.

No blog do professor João Vasconcelos Costa pode ler-se algo a desmentir, ou melhor a desmistificar o perigo da vacina da Gripe A H1N1:
"em 1976, houve uma epidemia nos EUA, conhecida como New Jersey, de um vírus também H1N1, cuja vacina causou acidentalmente um número considerável de casos de uma doença relacionada com infecções virais, o sindroma de Guillain-Barré (SGB), um quadro clínico essencialmente caracterizado por paralisias diversas.

1. Ainda não há vacina para a gripe pandémica de 2009. A comparação com casos anteriores é especulativa. Cada epidemia é diferente (H1N1 é coisa muito larga, até há vírus sazonais deste tipo), cada vacina é diferente. Acidentes na Medicina sempre houve e são a excepção, nada que justifique suspeitar de que se repitam sistematicamente. Pelo contrário, servem para se aprender e estar atento a evitá-los no futuro.

2. Se a H1N1 de 1976 (New Jersey) tivesse relação com esta até era bom, estávamos imunizados. Repito, não se pode fazer comparações, muito menos em relação a uma vacina que ainda nem existe.

3. O SGB não é uma situação clínica ligeira ou agradável, mas está muito longe de ser classificado como “doença nervosa fatal”, como diz o artigo. Na grande maioria dos casos cura-se em meses e a mortalidade é inferior a 4%, tendendo a diminuir com os tratamentos actuais.

4. O SGB ocorre depois de variadas infecções virais, principalmente a gripe e também depois de vacinação contra a gripe sazonal, sarampo, hepatite B, etc.

5. Em 1976 houve cerca de 500 casos devido à vacinação, nos EUA. Todos os anos há nos EUA 5000 a 10000 casos de SGB devidos a doenças virais e vacinação.

6. Se estimarmos que um quinto dos americanos foi vacinado em 1976, a incidência de SGB foi de 10/100.000, comparada com a incidência habitual de 2-4/100.000/ano. Foi mais alta mas não enormemente mais.

7. O número de mortes foi de 25, donde uma taxa de mortalidade de 5%, semelhante à habitual.

8. É verdade que estas consequências da vacinação foram superiores às da própria gripe de 1976, mas isto não terá sido devido à vacinação, mesmo com as lamentáveis consequências que teve?

9. A gripe pandémica de 2009 vai com mais de 250.000 casos e mais de 3000 mortos com gripe confirmada laboratorialmente (de facto, provavelmente muitos mais). Vai haver certamente no outono/inverno uma segunda vaga muito maior.

10. Estudos rigorosos mostram que a vacinação de 70% da população causaria o fim rápido da pandemia.

11. Assim, apelos à recusa de vacinação são uma irresponsabilidade criminosa."


A Hemaglutanina (o "H" do H1N1, por exemplo), liga-se a receptores contendo ácido siálico. Terá de construir ligações alfa2-3 e a alfa 2-6. O porco possui os dois tipos de ligação e, desta forma, será elemento que pode misturar as estirpes que possuem estas ligações.

A H5N1 só tem transmissibilidade para humanos a partir de aves em condições muito precárias de higiene. Ao infectar um humano vai formar ligações alfa2-6, numa zona mais profunda dos pulmões. Assim, os poucos infectados correm grande risco de vida.

A H1N1 é transmissível entre humanos. Ao infectar um humano vai formar ligações alfa 2-3, da zona superior respiratória. É mais fácil tratar.

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15/09/2009

Rápidas: O Espaço Expande ou o Tempo Pára?


E se, em vez de o espaço estar a exapdir, for o tempo que está a abrandar?


Pois é, o Espaço e o Tempo são duas variáveis interligadas. "Esta é a ideia do Professor Jose Senovilla, e dos seus colegas, que, a partir de Espanha, dizem que não existe qualquer energia negra!" (AstroPT)


"Baseado numa variante da Teoria das Cordas (em que estamos na superficie de uma membrana), o que eles propõem é que o Tempo está a ser convertido em Espaço" (AstroPT)



Por fim, se isto for verdade o tempo irá parar gradualmente enquanto parece que a expansão acelera. O Tempo irá parar. Será que poderá inverter? Como nos irá parecer o Espaço? E o que acontecerá com a Entropia? Sabemos que o Tempo é simátrico e o que determina a seta do tempo é o sentido do aumento da Entropia. O que acontecerá à Entropia?

Para ler mais, aqui

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10/09/2009

Novo Projecto: NQBE na FCT


Um novo projecto está em gestação há cerca de um ano. O Núcleo de Química, Biologia e Engenharia (NQBE) está prestes a nascer, na FCT da Universidade Nova de Lisboa.

Uma plataforma fundada por jovens estudantes das áras da Química, Biologia e Engenharia e que tem por objectivo fazer o link entre a comunidade académica e a comunidade profissional das áreas abrangidas.

O Núcleo é aberto a quem pretender dar um pouco de si e do seu tempo a ajudar na contrução permanente desta estrutura. Estão no forno um site e uma newsletter. E está-se a fazer a massa de futuras palestras, fórums, encontros, etc.

Para o Núcleo ser o que o estudante necessita é necessário ter vida. Esta vida é dada por alunos, ex-alunos. professores, empresas e investigadores. Todos nós podemos dispender um pouco do nosso tempo em prol de nós mesmos e dos outros. Pois o que fazemos no NQBE é pela comunidade, que beneficia do que este projecto possa dar, e por nós, que aprendemos algo em colaborar.

Colabora, aprende, investe, partilha!

O site ainda não está a funcionar.


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05/09/2009

Ética, Economia e Futuro


A economia pode-nos dar elementos de análise sobre as possíveis alternativas para a prevenção dos efeitos adversos da subida das temperaturas. O que devemos fazer? – é a pergunta. Quando interesses entram em conflito esta questão é sempre de natureza ética.

Como devemos avaliar o bem-estar das futuras gerações, considerando que terão mais bens materiais que nós?

Quase toda a gente reconhece o princípio moral básico de que não se deve fazer algo em seu benefício se prejudicar alguém. E quando causamos algum mal deveremos recompensar a vítima.

As alterações climáticas irão provocar danos. As doenças tropicais vão aumentar o seu alcance. A mudança nos padrões das chuvas levará à falta de alimentos e de água potável. Estas alterações vão afectar um número elevado de pessoas. A OMS estima que, desde 2000 o número anual de mortos devido às mudanças climáticas já superou os 150 mil.

Neste momento, quase tudo o que fazemos e compramos prejudica os outros. Não o podemos evitar. Contudo, recorrendo ao princípio moral básico, devemos tentar parar o mais depressa possível.

O que fazer?

Um projecto industrial que traga benefícios num futuro próximo, mas que emita gases de efeito estufa, e cujos benefícios ultrapassem os custos. Este projecto deve seguir em frente?

Ética dos Custos e Benefícios

Os custos da atenuação são os sacrifícios que a actual geração terá de fazer para reduzir os gases de efeito estufa. Os benefícios são um melhor nível de vida para as gerações futuras. Trata-se de uma discussão ética porque se avalia os benefícios para algumas pessoas em função dos custos para outras. A economia apresenta métodos para avaliar os benefícios em relação aos custos.

O relatório Stern Review on the Economics of Climate Change, de Nicholas Stern. O relatório compara custos e benefícios e conclui que os benefícios obtidos com a redução das emissões de gases de efeito estufa seriam maiores que os gastos para os reduzir. Um outro estudo, de William Nordhaus, conclui que a necessidade de intervenção não é urgente.

Qual a diferença nos diagnósticos de Stern e de Nordhaus? Stern usa uma “taxa de desconto” menor, ou seja, dá menor valor aos bens futuros relativamente aos actuais. Quanto mais no futuro estiverem esses bens mais desconto sofrem. A taxa de desconto mede a velocidade com que o valor dos bens diminui com o tempo. Para Norhaus a taxa é de 6%, enquanto para Stern é apenas de 1,4 pontos percentuais. Parecem valores pequenos mas estamos a olhar no tempo. Um desvio torna-se maior quanto mais tempo permanece. O resultado disto é que, para US$ 1 Bilião em bens, daqui a 100 anos, Norhaus avalia-os em US$ 2,5 mil milhões.

Futuro Mais Rico

E porquê o desconto nos bens futuros? Por dois motivos:

1- Um dos chavões a Economia é que ela cresce sempre, a longo prazo. Isto irá fazer com que, no futuro, as pessoas tenham, em média, mais bens do que nós. E quanto mais bens menor o valor dos bens adicionais. Os bens têm um valor marginal decrescente, desvalorizam.

2- Puramente ético e divide-se em dois ramos:

A- No Prioritarismo – aumento no bem-estar do indivíduo – um benefício que chega a uma pessoa rica tem um valor social menor que teria se chegasse a uma pessoa pobre.

B- No utilitarismo um benefício tem o mesmo valor social independentemente de quem o receba.

Qual a taxa de desconto a aplicar? O que determina a velocidade de diminuição no valor dos bem disponíveis no futuro? A riqueza das pessoas no futuro é que determina essa taxa e a velocidade. Pessoas mais ricas adquirem mais bens. Ora se os bens têm um valor marginal decrescente faz com que uma alta taxa de crescimento vai provocar uma alta taxa de desconto.

Em Economia afere-se o valor da taxa fixando a taxa mais alta no mercado monetário, onde se compram e vendem produtos futuros.

Outro factor que afecta a taxa de desconto é o seguinte: “Em quanto devem ser avaliados os benefícios às pessoas ricas futuras, em relação às nossas?”

1- Para o prioritarismo o valor atribuído aos benefícios às pessoas do futuro deveria ser menor que os nossos porque as pessoas vão ser mais ricas no futuro.

2- Para o utilirtarismo os benefícios para as pessoas do futuro deveriam ter o mesmo valor que os nossos.

Esta diferença de conceitos provoca a diferença nas taxas de desconto e faz com que a taxa do prioritarismo seja mais elevada relativamente à do utilitarismo.

A médio/longo prazo ambas as taxas chegam a valores baixos. O mundo deve, então, aoptar medidas urgentes para controlar as mudanças climáticas?

Fonte: Scientific American

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02/09/2009

Rápidas: Erro ou Conspiração?

Surgiu uma graaaande oportunidade para os conspiracionistas: O Museu de Amsterdão, Rijksmuseum, foi enganado com uma pedra que, afinal é madeira.

Esta rocha teria sido trazida da alunagem da Apolo 11, com outras 100 amostras para outros tantos locais no mundo.

Contudo "Claro que os conspiracionistas vão logo ler esta notícia como mais uma prova de que os astronautas não foram à Lua.Obviamente que esta é mais uma interpretação disparatada!O que esta notícia prova é que é relativamente fácil perceber se a rocha veio realmente da Lua ou não.E como milhares de centros e museus por todo o mundo analisaram as rochas lunares e provaram que elas vieram da Lua, então esta notícia só prova que somente um dos museus foi enganado, provavelmente com um erro de distribuição."

Fonte: AstroPT

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Rápidas: Lua Cheia não Influencia Partos

No site astroPT aparece a notícia de que um estudo finalmente revela que a influência do astro mais próximo da Terra nos partos é fantasiosa.

É giro fantasiar e ter coisas para contar aos filhos quando forem mais velhos. Ou é bonito achar que foi por algo especial que nasceram. Contudo a realidade não nos coloca em posições especiais. Temos o lugar que temos.

Deixo-vos este "desabafo" de Carlos Oliveira: "Os media dizem que existe porque a “aura de mistério” (da qual já falamos várias vezes) aumenta-lhes as audiências.Os pseudos também o afirmam porque eles vivem de enganar as pessoas.As “pessoas normais” também têm uma vaga ideia disso, devido a: serem enganadas pelas de cima, por histórias subjectivas que ouvem dizer, e porque psicologicamente é atractivo ver relações onde elas não existem.Já algumas pessoas que trabalham em hospitais “juram” que isso é verdade, devido ao chamado Erro de Estatística tipo I. Ou seja, só dão importância aos nascimentos durante a Lua Cheia, esquecendo os dias fortes noutras fases da Lua (tal como quando estamos a pensar numa pessoa e ela telefona e pensamos que estamos em “sintonia” com ela, esquecendo as centenas de vezes em que pensamos nela e ela não telefonou)."

E aqui está a notícia.

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Síndrome da Não Argumentação

Sim, estou farto de gente que diz que a Terra é plana porque leu num site ou porque foi o irmão ou o amigo que disse. Normalmente estas pessoas não apanharam com um argumento sério sobre o tema nem investigaram sites mais técnicos. Foi-lhes dito "é assim" e pronto. Assim é! Pior, quando ouvem uma argumentação fundada fecham os ouvidos, os olhos e a boca e viram a cara. Não querem ouvir porque é desacreditar o amigo ou o irmão (ou o que quer que seja) e ficam vulneráveis.

Após o início de uma argumentação fundada a contra-argumentação deles é a mesma que aparece em sites que dizem que a Terra não gira à volta do sol, que o 11 de Setembro não existiu e que há um planeta do tamanho do Sol que está a vir em nossa direcção e vai embater na Terra a 21 de Dezembro de 2012. Dá para rir... e para chorar.

O método científico deve estar interiorizado em nós, mas também a auto-crítica como forma de filtrar a informação à nossa volta.

Já prefiro ficar calado a chorar por dentro e a ver pessoas a caír no precipício das teorias da conspiração.

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