Nos últimos 15 anos foram criados organelos celeluares sintéticos; o cromossoma humano, em 1997 e, no mesmo ano, ribossomas pelo tecnólogo molecular George Church e a sua equipa. O ano passado (2009) foi a vez de Robert Linhardt e a sua equipa criarem mais um organelo – o complexo de Golgi.
Este organelo modifica as proteínas, que entram num topo do complexo, são modificadas ao passarem pelas sucessivas bolsas e, por fim saem do lado oposto modificadas e activas.
Linhardt criou a versão sintética num chip com “1mm2 para simular a linha de montagem de enzimas que modificam uma biomolécula dentro do complexo de Golgi. As amostras de moléculas são presas a partículas magnéticas suspensas em uma gotícula aquosa de 300 bilionésimos de litro colocada num chip.”. É, ainda necessário aplicar uma carga eléctrica para que a molécula se diriga para onde deve.
Numa experiência com um precursor inactivo de heparina (anticoagulante) o organelo modificou de forma rápida, eficiente e tornou a heparina funcional. Esta técnica mostrou-se mais rápida e segura do que as técnicas actuais, que usam animais.
O investigador pretende agora criar um Retículo Endoplasmático, um organelo onde se acopla o ribossoma, o DNA e um tipo de RNA para que ocorra síntese de proteínas. “Estamos reproduzindo pedaços de uma célula em chips electrónicos com a esperança de conseguir sistemas cada vez mais complexos” (Linhardt).
Fonte: Scientific American, Bloco de Notas: “Golgi Sintético”, Charles Choi, Novembro 2009
2 comentários:
A vesícula originada na face trans do Golgiossomo é denominada de Lisossomo primário, e não ribossomo primário, como está na imagem.
Olá anónimo,
Tens toda a razão. A imagem está errada. De facto em vez de Ribossoma primário é Lipossoma primário.
Obrigado pela correcção
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