O Big Bang deverá ter um redshift de 1100, um desvio que vai para além do infravermelho e chega à radiação de micro-ondas – é a CMB (Radiação Cósmica de Fundo em Micro-ondas – provinda da idade de 380 mil anos do Universo, aquando da formação dos átomos. Quando o Universo arrefeceu para os 3000 Kelvin, os núcleos e os electrões se uniram para formarem os átomos.
O satélite CoBE, em 1992, “descobriu que a CMB possui pequenas variações – cerca de 0,001%”. Este valor é pequeno mas dá para notar uma certa granulosidade do Universo dessa época. Esses grãos são a semente do que existe hoje.
Com 100 mil anos, “a densidade da energia da radiação excedia a da matéria, impedindo-a de se aglomerar”. Ainda mais cedo, com apenas 1 segundo os núcleos atómicos ainda não existiam. Quando aconteceu a síntese atómica foi produzido hélio (25%), lítio e os isótopos de deutério e hélio-3. Os restantes 75% do plasma continuou na forma de protões, dos quais Seia formado o hidrogénio. As gerações de estrelas e as suas explosões formaram os restantes elementos químicos.
O valor da quantidade de deutério concorda com a composição da análise da CMB. Isto é mais uma das confirmações da teoria.
Fonte: Scientific American, Turner, Michael, “Origem do Universo”
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