Para efectuar o teste é necessário um modelo do universo proposto. Um modelo como esse foi formulado por Georges Lamaître em 1933. Neste modelo a taxa de expensão dependia do tempo e da distância a um determinado ponto. Quanto mais pontos melhor a medição. Os pontos são as supernovas. O vazio terá de ter determinadas propriedades para que seja semelhante ao funcionamento da matéria escura. Uma das propriedades desse vazio é a seguinte:
A taxa de expansão precisa decrescer rapidamente longe de nós e em todas as direcções. Com isto a densidade de matéria e energia deve crescer. Este cenário contraria o nosso conhecimento sobre o universo: as estruturas universais são suaves. Ali Vanderveld e Éanna Flanagan mostraram que, desse modo, deveríamos viver numa singularidade.
De outro modo, se o vazio for mais realista e tiver uma densidade mais suave, poderá confundir-se com uma aceleração da taxa de expansão mas com a diferença de que a aceleração varia com o redshift. Uma forma de desfazer a confusão será a observação de cada vez mais supernovas.
Em 1995 outro teste foi sugerido por Jeremy Goodman. Ao usar aglomerados de galáxias espera observar pelo efeito de espelho a RCFM, que se reflete nesses aglomerados, de diferentes posições. Desta forma testava o Pincípio de Copérnico. O conceito é simples, ao observar a RCFM de vários aglomerados poderão afirmar se o Universo é igual. Se for igual o Princípio de Copérnico é confirmado. Caso contrário, se houver diferença na observação da RCFM a partir da sua reflexão em mais do que um aglomerado, então cada ponto de vista (cada reflexão em cada aglomerado) significa que o Universo não será uniforme e o princípio de Copérnico perde a validade em conjunto com a Energia Escura, passando-a para a teoria baseada nos vazios cósmicos.
Até agora não foi detectado nenhum vazio. O satélite Plank terá a capacidade de poder detectar ou descartar os vazios.
Uma última abordagem “é fazer medições independentes da taxa de expansão (…) em locais específicos do espaço, separando os efeitos da expansão de outros locais”. A evolução dos aglomerados dependem da taxa de expansão. Ao estudar aglomerados de galáxias será possível detectar diferenças de evolução desses aglomerados e notar diferenças na taxa de expansão.
Fonte:
Scientific American - "Existe Mesmo uma Energia Escura?" Junho 2009
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