Os físicos que estudavam o nível quântico perceberam algumas coisas peculiares nesse mundo minúsculo. Uma delas é que as partículas que existem nesse nível conseguem tomar diferentes formas arbitrariamente. Por exemplo: os cientistas observaram fotões actuando como partículas e ondas. Até mesmo um único fotão tem esse desvio de forma.
Devido ao Princípio da incerteza de Heisenberg, não se pode saber, simultaneamente a posição e a velocidade uma partícula. Por este motivo usa-se a função de onda, que indica as probabilidades de a partícula estar numa determinada posição.
A interpretação de Copenhague da mecânica quântica apoia a ideia do Princípio da Incerteza de Heisenberg. Essa interpretação afirma que todas as partículas quânticas não existem num ou noutro estado, mas em todos os estados possíveis ao mesmo tempo. A soma total dos possíveis estados de um objecto quântico é chamada de sua função de onda. A condição de um objecto existir em todos seus possíveis estados, de uma só vez, é chamada de superposição.
A observação parece "aprisionar" um estado particular da realidade, da mesma forma que se pode dizer que uma moeda é "cara" ou "coroa" quando é apanhada. De acordo com a mecânica quântica, as partículas não-observadas são descritas por "funções de onda", representando uma quantidade de múltiplos estados "prováveis". Quando o observador mede, a partícula se acomoda a uma dessas múltiplas opções.
A equipe de Oxford, liderada pelo Dr. David Deutsch, mostrou matematicamente que a estrutura tipo "arbusto" - criada pelo universo que se divide em paralelas versões de si mesma - pode explicar a natureza de probabilidades dos resultados quânticos.
Há uma realidade escondida por detrás da função, a partícula estará numa das posições. Como se atravessa o abismo entre a função e a observação?
A abordagem de Heisenberg vê as funções de onda como uma personificação daquilo que sabemos acerca da realidade.
Na abordagem de Everett qualquer resultado potencial incorporado numa função de onda vê a luz do dia, em que cada resultado flui através do seu próprio universo separado. Se uma função de onda diz que um electrão pode estar longe, então, noutro universo, uma versão nossa irá encontrá-lo lá, noutra versão, noutro universo, irá encontrá-lo ali, noutro sítio.
Numa terceira abordagem, de Bohm, afirma que partículas como o electrão possuem posições definidas e velocidades definidas, tal como na física clássica. As posições e velocidades serão propriedades que não estão à vista, variáveis escondidas
Na quarta abordagem, de Ghirardi, Rimini e Weber, modifica-se a equação de Schrödinger. Esta modificação sugere que, para uma partícula individual, a sua função colapsa espontaneamente. Tal acontece a cada mil milhões de anos aproximadamente. Para objectos grandes, com biliões de partículas, as probabilidades de colapso de uma partícula é grande. Nestes objectos o colapso da função de uma partícula provoca um efeito de cascata que leva todas as partículas do objecto a colapsarem no mesmo instante. Deste modo os objectos grandes têm sempre uma configuração definida.
Para saber mais aqui fica o fascinante "Universo Elegante", de Brian Greene. Em vídeos:
http://www.pbs.org/wgbh/nova/elegant/program.html
fontes:
Brown University
“O Tecido do Cosmos”, Brian Greene
http://www.telegraph.co.uk/scienceandtechnology/science/sciencenews/3307757/Parallel-universe-proof-boosts-time-travel-hopes.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_de_onda
http://davinci.if.ufrgs.br/wiki/index.php/Superposi%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Interpreta%C3%A7%C3%A3o_de_Copenhaga
http://ciencia.hsw.uol.com.br/quantum-suicidio3.htm
http://petroleo1961.spaces.live.com/Blog/cns!7C400FA4789CE339!1160.entry
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