Segundo Einstein, uma concentração de matéria ou energia suficientemente alta curvaria o espaço-tempo de forma a rompê-lo formando um buraco negro.
A massa do buraco negro e o momento angular deste somado à da matéria capturada são medidos a partir da deformação do espaço-tempo em torno do buraco negro. Neste caso a segunda lei da termodinâmica parece ser violada.
"A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo". Ou seja, quando uma parte de um sistema fechado interage com outra parte, a energia tende a dividir-se por igual, até que o sistema alcance um equilíbrio térmico.
Esta lei estabelece que a entropia de um sistema físico isolado nunca pode diminuir.
Quando a matéria desaparece no interior do buraco negro, a sua entropia aumenta e a segunda lei torna-se irrelevante. Este quebra-cabeças surgiu quando Demetrious Christodoulou e Stephen Hawking, em 1970 provaram que na fusão de buracos negros, a área total dos horizontes de eventos nunca diminui. Jacob Bekenstein propôs, em 1972, que um buraco negro tem uma entropia proporcional à área do seu horizonte de eventos.
Quando uma estrela colapsa para formar um buraco negro, a entropia do buraco negro supera a entropia da estrela. Hawking , em 1974, demonstrou que um buraco negro emite radiação (radiação Hawking).
Esta radiação não vem diretamente do buraco negro em si, mas, antes, é o resultado de partículas virtuais sendo “induzidas” pela gravidade do buraco negro a se tornar reais.
Numa visão mais precisa, mas ainda muito simplificada do processo, flutuações quânticas de vácuo causam um par de partícula-antipartícula a aparecer próximo ao horizonte de eventos de um buraco negro. Uma do par cai no buraco negro, enquanto a outra escapa. A fim de preservar o total de energia, a partícula que caiu no buraco negro assume uma energia negativa (em relação a um observador fora do buraco negro). Através deste processo o buraco negro perde massa, bem como, a um observador externo, parece que o buraco negro acaba de emitir uma partícula.
A entropia da radiação que emerge do buraco é suficiente para compensar a diminuição de entropia do buraco negro.
O processo de radiação de Hawking permitiu a Rafael Sorkin, em 1986, determinar a constante de proporcionalidade entre a entropia do buraco negro e a área do horizonte de eventos:
A entropia do buraco negro é um quarto da área do horizonte de eventos, medidas em áreas Plank (10-33 cm é o comprimento de Plank, a área é 10-66).
A entropia é dada por:
Em que,
S: Entropia
A: Área
k: Constante de Boltzmann
ħ: Constante de Planck normalizada
G: Constante Gravitacional Universal de Newton
c: Velocidade da luz no vácuo
Fonte: Scientific American
5 comentários:
gostei da nova imagem na parte superior do blogue.
São as mãos de Deus a sustentar a Terra?
fogo dádá és mm inteligente, qd for grande kero ser como tu. macho...grrrr
Não, são as mãos do meu tio Alberto. Deus tem as mão mais verdes e tem mais um dedo.
LOL
Que comentário mais... pfff
O do Anónimo não fica atrás! Mas pronto.
;o)
thanks pela resposta no outro blog. ;)
Tenho de admitir (e esta é a minha área de estudo), que, ironicamente ou não, numa análise semiótica as mãos são um paradigma que suscita uma ideia de Divino, por outro lado o facto da imagem ter as cores invertidas pode suscitar (ainda que de forma mais fraca) exactamente a ideia oposta.
Admito também que o comentário do anónimo foi estúpido.
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