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Evolução no Laboratório

Nos anos 30, Haldane ofereceu uma explicação para o gene que provoca o aparecimento da anemia falciforme persistir nas populações tropicais. A mutação oferece uma troca: embora as células em forma de foice aumentassem o risco de morte, deixavam a pessoa só com um décimo da probabilidade de contrair malária. Esta ideia, de uma doença infecciosa impulsionar a evolução pode ser testada.

Jose Luis Martínez, do Centro Nacional Espanhol de Biotecnologia, usou Caenorhabditis elegans. Em 2001, queriam averiguar como os seres são mortos em minutos pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. Uma semana depois, uma placa de Petri com 152 vermes estava cheia de “sobreviventes”. Os mutantes não eram apenas imunes à bactéria, mas também subsistiam delas.

Os vermes normais prosperaram numa floresta granulada da bactéria Escherichia coli. Os descendentes dos mutantes, por outro lado, exibem um comportamento diferente, movimentando-se devagar.

A diferença nos movimentos demonstra que a capacidade de sobreviver à bactéria não acontece sem custos. Os mutantes respiram com dificuldade, consumindo menos 30% de oxigénio.

Esta evolução não deu origem a uma nova espécie, mas parecem estar perto disso. Constam-se, pelo menos, sete alterações nas proteínas entre os dois grupos. A diferenciação de populações é o primeiro passo, e esta experiência dá-nos uma ideia de como surge uma nova espécie.

Fonte: Scientific American


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27/08/2008

Evolução no Laboratório

Nos anos 30, Haldane ofereceu uma explicação para o gene que provoca o aparecimento da anemia falciforme persistir nas populações tropicais. A mutação oferece uma troca: embora as células em forma de foice aumentassem o risco de morte, deixavam a pessoa só com um décimo da probabilidade de contrair malária. Esta ideia, de uma doença infecciosa impulsionar a evolução pode ser testada.

Jose Luis Martínez, do Centro Nacional Espanhol de Biotecnologia, usou Caenorhabditis elegans. Em 2001, queriam averiguar como os seres são mortos em minutos pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. Uma semana depois, uma placa de Petri com 152 vermes estava cheia de “sobreviventes”. Os mutantes não eram apenas imunes à bactéria, mas também subsistiam delas.

Os vermes normais prosperaram numa floresta granulada da bactéria Escherichia coli. Os descendentes dos mutantes, por outro lado, exibem um comportamento diferente, movimentando-se devagar.

A diferença nos movimentos demonstra que a capacidade de sobreviver à bactéria não acontece sem custos. Os mutantes respiram com dificuldade, consumindo menos 30% de oxigénio.

Esta evolução não deu origem a uma nova espécie, mas parecem estar perto disso. Constam-se, pelo menos, sete alterações nas proteínas entre os dois grupos. A diferenciação de populações é o primeiro passo, e esta experiência dá-nos uma ideia de como surge uma nova espécie.

Fonte: Scientific American

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