Os sistemas do tipo “metabolismo primorial” não contêm uma molécula ou estrutura que permita que a informação seja armazenada para ser duplicada e transmitida aos descendentes. Mas uma colecção dispersa de pequenos itens guarda a mesma informação de uma lista que os descreve. Isto é, hereditariedade armazenada em moléculas pequenas, em vez de uma lista como no DNA ou RNA.
Günter Wächtershäuser e colegas demonstraram partes de um ciclo envolvendo a combinação e separação de aminoácidos na presença de sulfetos metálicos catalisadores. A energia propulsora para a transformação é fornecida pela oxidação do monóxido de carbono em dióxido de carbono. É necessária uma experiência definitiva para estabelecer a validade do modelo da molécula pequena.
Assim que uma reacção propulsora plausível for identificada, não será necessário especificar o restante do sistema antecipadamente. Os componentes seleccionados, mais uma mistura de outras moléculas pequenas produzidas por processos naturais, poderiam ser combinados num recipiente de reacção adequado.
Nestas experiências, a energia poderia ser dissipada sem qualquer mudança nas concentrações de outras substâncias químicas. Um sucesso poderia demonstrar os passos iniciais no caminho da vida.
A evolução não antecipa eventos futuros, os nucleótidos apareceram primeiro no metabolismo para servir a outro propósito, talvez como catalisadores ou como recipientes de armazenamento de energia química. Algum evento pode ter levado a uma ligação de nucleótidos para formar RNA. A função do RNA, actualmente é estrutural, auxiliando na formação dos elos entre os aminoácidos na síntese das proteínas. Os RNAs primordiais podem ter servido ao mesmo propósito, mas sem preferência por aminoácidos específicos.
De: Scientific American
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