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Micromundo: Armas Bacterianas

Os microrganismos, no corpo humano, vivem na proporção de 10 para 1 em relação às nossas próprias células. O que quer dizer que nós somos, na realidade, um décimo. Os outros 90% do corpo são microrganismos.

As doenças infecciosas são a segunda maior causa de morte no mundo. A tuberculose mata cerca de 2 milhões de pessoas por ano. Nas últimas décadas a ciência arranjou uma forma de protecçãncia arranjou uma forma de protecçoemundo. oporço contra as cerca de 100 perigosas para nós ao usar antibióticos. Contudo as bactérias conseguiram arranjar estratégias para combater os antibióticos. Apareceram as bactérias resistentes.

As bactérias injectam proteínas no interior das células que reprogramaam a maquinaria celular. Algumas até são capazes de eliminar as células benignas para ter um maior controlo.

1-      E. coli enterohemorrágica O157No trato gastro-interstinal, liga-se à parede do intestino e produz uma toxina que induz a diarreia com sangue. Esta bactéria sintetiza o seu próprio receptor e consegue introduzi-lo atravéz do sistema de secreção tipo 3 (T3SS).
                                                               i.      T3SS – injecta a molécula Tir e outras 40 moléculas efectoras na membrana do hospedeiro para ligar uma das moléculas de superfície à Tir. A actina do citoesqueleto da bactéria começa a formar polímeros que empurram a membrana celular por dentro até formar um pedestral.

2-      Helictobacter pyloriliga-se às células epiteliais do estômago e começa a alterar o ambiente para promover a própria sobrevivência. Liberta a ureaze para combater a acidez do estômago. Desta forma, esta bactéria, causa úlceras e é a única que pode causar câncro. Não precisa de entrar na célula para causar infecção.
                                                               i.      T4SS – injecta a proteina efectora CagA. Esta proteína induz as células epiteliais a mostrar mais receptores, onde a H. pylori se liga. Pode também alterar a sinalização interna por forma a alongar, dispersar e, assim, matar as células. Forma-se a úlcera.

3-      Salmonella causa diarreia em mais de mil milhões de pessoas. Penetra na membrana celular.
                                                               i.      Usa variante T3SS – Ilha de patogenicidade da Salmonella 1 (SPI-1). Injecta  na célula epitelial  efectores que reorganizam a polimerização da actina por forma a produzir um aspecto ondulatório na membrana celular. A ondulação envolve a bactéria e arrasta-a para dentro da célula hospedeira. As moléculas introduzidas por SPI-1 induzem a diarreia.
A Salmonella, ao penetrar as células epiteliais chega à barreira das células imunes. No vacúolo fagocítico, a bsctéria liberta uma segunda T3SS (SPI-2)
                                                             ii.      T3SS (SPI-2) - As proteinas libertadas convertem a membrana do vacúolo, para que moléculas assaninas não possam penetrá-lo. Assim, pode replicar-se no seu interior de forma segura. Este sistema permite a sobrevivência no interior dos fagócitos.
Salmonella Typhi, que causa a febre tifoide utiliza o mecanismo SPI-2. Desta forma pode alcançar tecidos mais além.

4-      Legionella pneumophinla responsável pela “doença do legionário”
                                                               i.      T4SS – Injecta cerca de 80 efectores nos fagócitos. Alguns desses efectores subvertem o vacúolo para que possam replicar nele com segurança.

Fonte: Scientific American,  "A Arte da Guerra Bacteriana", Brett Finlay, Março 2010

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28/10/2010

Micromundo: Armas Bacterianas

Os microrganismos, no corpo humano, vivem na proporção de 10 para 1 em relação às nossas próprias células. O que quer dizer que nós somos, na realidade, um décimo. Os outros 90% do corpo são microrganismos.

As doenças infecciosas são a segunda maior causa de morte no mundo. A tuberculose mata cerca de 2 milhões de pessoas por ano. Nas últimas décadas a ciência arranjou uma forma de protecçãncia arranjou uma forma de protecçoemundo. oporço contra as cerca de 100 perigosas para nós ao usar antibióticos. Contudo as bactérias conseguiram arranjar estratégias para combater os antibióticos. Apareceram as bactérias resistentes.

As bactérias injectam proteínas no interior das células que reprogramaam a maquinaria celular. Algumas até são capazes de eliminar as células benignas para ter um maior controlo.

1-      E. coli enterohemorrágica O157No trato gastro-interstinal, liga-se à parede do intestino e produz uma toxina que induz a diarreia com sangue. Esta bactéria sintetiza o seu próprio receptor e consegue introduzi-lo atravéz do sistema de secreção tipo 3 (T3SS).
                                                               i.      T3SS – injecta a molécula Tir e outras 40 moléculas efectoras na membrana do hospedeiro para ligar uma das moléculas de superfície à Tir. A actina do citoesqueleto da bactéria começa a formar polímeros que empurram a membrana celular por dentro até formar um pedestral.

2-      Helictobacter pyloriliga-se às células epiteliais do estômago e começa a alterar o ambiente para promover a própria sobrevivência. Liberta a ureaze para combater a acidez do estômago. Desta forma, esta bactéria, causa úlceras e é a única que pode causar câncro. Não precisa de entrar na célula para causar infecção.
                                                               i.      T4SS – injecta a proteina efectora CagA. Esta proteína induz as células epiteliais a mostrar mais receptores, onde a H. pylori se liga. Pode também alterar a sinalização interna por forma a alongar, dispersar e, assim, matar as células. Forma-se a úlcera.

3-      Salmonella causa diarreia em mais de mil milhões de pessoas. Penetra na membrana celular.
                                                               i.      Usa variante T3SS – Ilha de patogenicidade da Salmonella 1 (SPI-1). Injecta  na célula epitelial  efectores que reorganizam a polimerização da actina por forma a produzir um aspecto ondulatório na membrana celular. A ondulação envolve a bactéria e arrasta-a para dentro da célula hospedeira. As moléculas introduzidas por SPI-1 induzem a diarreia.
A Salmonella, ao penetrar as células epiteliais chega à barreira das células imunes. No vacúolo fagocítico, a bsctéria liberta uma segunda T3SS (SPI-2)
                                                             ii.      T3SS (SPI-2) - As proteinas libertadas convertem a membrana do vacúolo, para que moléculas assaninas não possam penetrá-lo. Assim, pode replicar-se no seu interior de forma segura. Este sistema permite a sobrevivência no interior dos fagócitos.
Salmonella Typhi, que causa a febre tifoide utiliza o mecanismo SPI-2. Desta forma pode alcançar tecidos mais além.

4-      Legionella pneumophinla responsável pela “doença do legionário”
                                                               i.      T4SS – Injecta cerca de 80 efectores nos fagócitos. Alguns desses efectores subvertem o vacúolo para que possam replicar nele com segurança.

Fonte: Scientific American,  "A Arte da Guerra Bacteriana", Brett Finlay, Março 2010

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