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O Novo Poder das Vacinas I - O Ressurgir



Há mais de 200 anos que as vacinas mostram serem o método mais económico e mais bem-sucedido de prevenção de doenças infeccionas. Foram elas que, em 1979, erradicaram a varíola e prometem a eliminação da poliomielite, sarampo e malária.
Desde o século X, na China e na índia, até ao século XVIII, na Turquia e Médio Oriente existia a variolização, que consistia na inoculação, braço a braço, a partir do fluido vesicular das lesões. Esta foi a primeira vacina, com muito pouca higiene e com muito perigo e, claro, elevada mortalidade. Em 1774 começou a ser utilizado o vírus da varíola bovina na profilaxia da varíola humana e em 1796 aconteceu a sistematização do método de vacinação, com “vacina viva”(atenuada) deste vírus. Dois anos depois foram publicados os primeiros resultados, por Edward Jenner.
Hoje parece haver uma grande oposição à prática da vacinação, mas isto não é actual. Já no século XIX, em 1802 James Gillray escreveu “The Cow Pack or the Wonderful Effects of the New Inoculation” no “The Publications of the Anti-Vaccine Society”.
Contudo, a ciência avançou e criou a vacina anti-rábica, em 1882, por Louis Pasteur. Em 1956 a OMS lança o “Programa de Erradicação da Varíola”, que se verificou vinte e três anos mais tarde.
Uma vacina não é mais do que uma infecção controlada. É introduzida uma amostra do agente infeccioso para que o sistema imunitário o reconheça e obtenha “dados” para o poder atacar aquando da próxima infecção natural. Os mais idosos têm o seu sistema imunológico fraco e pode não responder de forma eficiente ao tratamento.
São necessários estimuladores do sistema imunológico, chamados adjuvantes. Alguns adjuvantes são usados, há mais de um século, para melhorar as vacinas.
Uma contaminação natural confere imunidade para uma futura investida do agente infeccioso. Uma vacina ideal consistiria numa única dose e, se possível, conferir protecção para outros agentes. Ideal é também promover a acção dos mais variados agentes celulares do sistema imunológico.
O patógeno entra no organismo e encontra as células do sistema imunitário inato, macrófagos e células dendríticas. Estas duas células destroem agentes patogénicos e as células infectadas). Ao digerir as células infectadas e os agentes patogénicos exibem as amostras do invasor – os antigénio. Assim as células do sistema imunitário adaptativo, os linfócitos T e B. As células apresentadoras de antigénios libertam citocinas (substâncias sinalizadoras) que induzem a inflamação e alertam os linfócitos B e T.
Os linfócitos B libertam anticorpos e os infócitos T cititóxicas capturam e destroem as células já infectadas. As vacinas introduzem patógenos por forma a replicar o efeito imunológico.
As “vacinas vivas”atenuadas reproduzem-se lentamente mas apresentam antinénios e, assim, podem estimular uma resposta imunológica robusta. Contudo não devem ser administradas a indivíduos com problemas imunológicos. Um perigo destas vacinas é o facto de os vírus destas vacinas serem atenuados por mutações pontuais na zona de acoplamento do ribossoma. Com estas mutações o ribossoma não reconhece a cadeia, não acopla e não sintetiza as proteínas de reprodução viral. Mas, como a mutação é efectuada numa pequena extensão do DNA/RNA, pode ocorrer uma reversão da mutação e tornar o vírus novamente virulento.
As vacinas mais eficazes são as de subunidades, que contêm pedaços de vírus para que sejam reconhecidos sem a capacidade de haver uma replicação.
As células dendríticas, com antigénios migram para os gânglios linfáticos, onde sinalizam e provocam a resposta dos linfócitos B e T. Sem os indicadores de perigo estas células não conseguem amadurecer nem migrar. Então, as vacinas de subunidades necessitam de adjuvantes para ampliar o fluxo de citocinas, moléculas sinalizadoras, para que haja uma resposta mais eficiente.
O adjuvante alume (sais de alumínio) é dos mais antigos. Desde os anos 30 que é utilizado com eficácia. Mas é insuficiente em vacinas contra infecções que requerem mais do que protecção por anticorpos. Então, uma vacina necessita, também, de estimular não só as células dendítricas mas também os linfócitos T. Por este motivo há uma grande investigação na produção de adjuvantes mais eficientes.

Fontes:
Nathalie Garçon e Michel Goldman, "O Novo Poder das Vacinas" Scientific American, Novembro 2009

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1 comentários:

Roberto disse...

A OMS está neste momento sendo processada pelo conselho da Europa por ter favorecido os laboratórios farmacêuticos diminuindo o critério para declarar pandemia e recomendando vacinação em massa no mundo inteiro.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100330/not_imp531087,0.php
http://www.dailymail.co.uk/news/article-1242147/The-false-pandemic-Drug-firms-cashed-scare-swine-flu-claims-Euro-health-chief.html
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=442790
http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=OMS-e–farmaceuticas-acusadas-de-alarmismo-em-relacao-a-pandemia.rtp&article=332017&visual=3&layout=10&tm=7

Eu também lhe pergunto porque que a OMS e o MS não fazem recomendações para tomar sol, desta forma metabolizando a Vitamina D, ou até mesmo distribuir vitamina D para a população? Está mais que provado (veja estudos abaixo) que ela diminuí em muito a chance de contrair o vírus de qualquer gripe (incluindo o H1N1), mas também diminuindo a chance de ter osteoporose, doenças do coração, diabetes e esclerose múltipla, apenas para citar alguns.

- Times Online: Vitamina D é Melhor que Vacinas na Prevenção da Gripe
http://www.ajcn.org/cgi/content/abstract/ajcn.2009.29094v1
- Estudo Canadense: Vacina contra a gripe sazonal aumenta risco de contrair gripe suína
http://www.plosmedicine.org/article/info:doi/10.1371/journal.pmed.1000258
http://www.tribunamedicapress.pt/internacional-1/29747-vacinados-contra-gripe-sazonal-mais-expostos-ao-h1n1
http://www.foodconsumer.org/newsite/Non-food/Miscellaneous/seasonal_flu_vaccine_raises_swine_flu_risk_0604100821.html

26/05/2010

O Novo Poder das Vacinas I - O Ressurgir



Há mais de 200 anos que as vacinas mostram serem o método mais económico e mais bem-sucedido de prevenção de doenças infeccionas. Foram elas que, em 1979, erradicaram a varíola e prometem a eliminação da poliomielite, sarampo e malária.
Desde o século X, na China e na índia, até ao século XVIII, na Turquia e Médio Oriente existia a variolização, que consistia na inoculação, braço a braço, a partir do fluido vesicular das lesões. Esta foi a primeira vacina, com muito pouca higiene e com muito perigo e, claro, elevada mortalidade. Em 1774 começou a ser utilizado o vírus da varíola bovina na profilaxia da varíola humana e em 1796 aconteceu a sistematização do método de vacinação, com “vacina viva”(atenuada) deste vírus. Dois anos depois foram publicados os primeiros resultados, por Edward Jenner.
Hoje parece haver uma grande oposição à prática da vacinação, mas isto não é actual. Já no século XIX, em 1802 James Gillray escreveu “The Cow Pack or the Wonderful Effects of the New Inoculation” no “The Publications of the Anti-Vaccine Society”.
Contudo, a ciência avançou e criou a vacina anti-rábica, em 1882, por Louis Pasteur. Em 1956 a OMS lança o “Programa de Erradicação da Varíola”, que se verificou vinte e três anos mais tarde.
Uma vacina não é mais do que uma infecção controlada. É introduzida uma amostra do agente infeccioso para que o sistema imunitário o reconheça e obtenha “dados” para o poder atacar aquando da próxima infecção natural. Os mais idosos têm o seu sistema imunológico fraco e pode não responder de forma eficiente ao tratamento.
São necessários estimuladores do sistema imunológico, chamados adjuvantes. Alguns adjuvantes são usados, há mais de um século, para melhorar as vacinas.
Uma contaminação natural confere imunidade para uma futura investida do agente infeccioso. Uma vacina ideal consistiria numa única dose e, se possível, conferir protecção para outros agentes. Ideal é também promover a acção dos mais variados agentes celulares do sistema imunológico.
O patógeno entra no organismo e encontra as células do sistema imunitário inato, macrófagos e células dendríticas. Estas duas células destroem agentes patogénicos e as células infectadas). Ao digerir as células infectadas e os agentes patogénicos exibem as amostras do invasor – os antigénio. Assim as células do sistema imunitário adaptativo, os linfócitos T e B. As células apresentadoras de antigénios libertam citocinas (substâncias sinalizadoras) que induzem a inflamação e alertam os linfócitos B e T.
Os linfócitos B libertam anticorpos e os infócitos T cititóxicas capturam e destroem as células já infectadas. As vacinas introduzem patógenos por forma a replicar o efeito imunológico.
As “vacinas vivas”atenuadas reproduzem-se lentamente mas apresentam antinénios e, assim, podem estimular uma resposta imunológica robusta. Contudo não devem ser administradas a indivíduos com problemas imunológicos. Um perigo destas vacinas é o facto de os vírus destas vacinas serem atenuados por mutações pontuais na zona de acoplamento do ribossoma. Com estas mutações o ribossoma não reconhece a cadeia, não acopla e não sintetiza as proteínas de reprodução viral. Mas, como a mutação é efectuada numa pequena extensão do DNA/RNA, pode ocorrer uma reversão da mutação e tornar o vírus novamente virulento.
As vacinas mais eficazes são as de subunidades, que contêm pedaços de vírus para que sejam reconhecidos sem a capacidade de haver uma replicação.
As células dendríticas, com antigénios migram para os gânglios linfáticos, onde sinalizam e provocam a resposta dos linfócitos B e T. Sem os indicadores de perigo estas células não conseguem amadurecer nem migrar. Então, as vacinas de subunidades necessitam de adjuvantes para ampliar o fluxo de citocinas, moléculas sinalizadoras, para que haja uma resposta mais eficiente.
O adjuvante alume (sais de alumínio) é dos mais antigos. Desde os anos 30 que é utilizado com eficácia. Mas é insuficiente em vacinas contra infecções que requerem mais do que protecção por anticorpos. Então, uma vacina necessita, também, de estimular não só as células dendítricas mas também os linfócitos T. Por este motivo há uma grande investigação na produção de adjuvantes mais eficientes.

Fontes:
Nathalie Garçon e Michel Goldman, "O Novo Poder das Vacinas" Scientific American, Novembro 2009

1 comentários:

Roberto disse...

A OMS está neste momento sendo processada pelo conselho da Europa por ter favorecido os laboratórios farmacêuticos diminuindo o critério para declarar pandemia e recomendando vacinação em massa no mundo inteiro.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100330/not_imp531087,0.php
http://www.dailymail.co.uk/news/article-1242147/The-false-pandemic-Drug-firms-cashed-scare-swine-flu-claims-Euro-health-chief.html
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=442790
http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=OMS-e–farmaceuticas-acusadas-de-alarmismo-em-relacao-a-pandemia.rtp&article=332017&visual=3&layout=10&tm=7

Eu também lhe pergunto porque que a OMS e o MS não fazem recomendações para tomar sol, desta forma metabolizando a Vitamina D, ou até mesmo distribuir vitamina D para a população? Está mais que provado (veja estudos abaixo) que ela diminuí em muito a chance de contrair o vírus de qualquer gripe (incluindo o H1N1), mas também diminuindo a chance de ter osteoporose, doenças do coração, diabetes e esclerose múltipla, apenas para citar alguns.

- Times Online: Vitamina D é Melhor que Vacinas na Prevenção da Gripe
http://www.ajcn.org/cgi/content/abstract/ajcn.2009.29094v1
- Estudo Canadense: Vacina contra a gripe sazonal aumenta risco de contrair gripe suína
http://www.plosmedicine.org/article/info:doi/10.1371/journal.pmed.1000258
http://www.tribunamedicapress.pt/internacional-1/29747-vacinados-contra-gripe-sazonal-mais-expostos-ao-h1n1
http://www.foodconsumer.org/newsite/Non-food/Miscellaneous/seasonal_flu_vaccine_raises_swine_flu_risk_0604100821.html

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