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Chove Água... e Animais!



Estamos habituados e ver, ouvir e sentir pingos de água de várias formas cair do céu. Por vezes a chuva vem em forma de gelo de tamanhos pequenos ou até do tamanho de bolas de golfe! Mas a chuva de sapos ou peixes e, por vezes, pássaros não é recorrente. Estes bichos vindos do céu podem vir congelados pelas temperaturas gélidas a grandes altitudes e alguns conseguem chegar vivos ao solo. Raramente ocorre a queda de pedaços de animais. Sim, pedaços de animais.
Exitem relatos bastante antigos. A Bíblia relata que o exército de Josué foi auxiliado por uma chuva de pedras sobre o exército amorita. Ainda na Era a.C., no século IV, Ateneu menciona uma chuva de peixes que durou três dias!
Já no século I há a descrição, por um naturalista – Plínio, o Velho -, de uma chuva de pedaços de carne, de sangue e lã.
Mais recentemente, em 1578, ratos caíram em Bergen, Noruega. Em Inglaterra, a aldeia de Acle viu cair uma chuva de sapos. E na cidade de Essex choveram salmões, arenques e pescadas! Obviamente que os comerciantes locais aproveitaram esta dádiva.
Em 1794, os soldados franceses que estavam em Lalein, França, narraram uma chuva de sapos durante uma chuvada. Em 1857, em Kentucky, uma mulher avisou pedaços de carne de veado a cair do céu. Quatro anos depois, após um terramoto, choveram mais peixes em Singapura.
No ano de 1873 a Scientific American noticia uma tempestade de sapos sobre a cidade de Kansas, Missouri. A mesma revista, em 1977 regista um aguaceiro de serpentes em Memphis.
Ainda no século passado ocorreu a chuva mais curiosa: uma chuva de moedas… do século XVI, na Rússia, trazidas por um tornado. Em 1953 rãs caíram sobre Leicester, Massachusetts, Estados Unidos. No ano seguinte foi a vez de Birmingham assistir a uma queda livre de sapos. Em 1968 outra chuva macabra, desta vez no Brasil, de carne e sangue.
No ano da primeira alunagem, 1969, caíram em Punta Gorda, Florida, bolas de golfe e, no mesmo ano, foram canários a chover em Maryland. Mais uma chuva de pássaros aconteceu em 1976, em San Luis Obispo, Californi, com uma chuva de melros e pombos. Durou dois dias.
Dois anos passaram para outro animal ser “escolhido” para cair sobre a terra. Na Austrália choveram carangueijos.
Já neste século, em 2002, voltou a chover peixe, nas montanhas gregas. Em 2007 choveram rãs em El Rebolledo, Espanha e, já este ano a Austália foi novamente prendada com este “milagre”: Na pequena localidade australiana de Lajamanu, os seus 650 habitantes foram ontem surpreendidos por uma chuva de peixes.”. O jornal Daily Mail refere que os peixes estavam vivos quando chegaram ao solo e os habitantes não perderam a oportunidade de os apanhar.”.

Nesta imagem podemos ver onde fica Lajamanu. O mar situa-se a mais de 200 km mas há lagos, como mostra a imagem, a uma distância menor, no Purnululu National Park.

Explicações: Paranormais

Uma das formas de explicar este fenómeno é a intervenção de extraterrestres ou deuses. Estas chuvas são interpretadas como castigos ou dádivas, dependendo do que caía. É um pouco como estas mesmas explicações hoje em dia, é à medida do humor de quem interpreta. É como convém. De facto, para ser verdade deveria ser provável tal explicação com uma evidência. Nunca ninguém viu um OVNI ou um Deus a lançar sapos para assustar, peixes para alimentar ou calhaus para castigar (convenhamos que não será de um qualquer deus um castigo destes…).
Outra explicação, bem mais rebuscada é a de dimensões extra pelas quais os objectos ou animais seriam teleportados de um local para outro.
Todas as hipóteses carecem de uma explicação plausível e, se possível com evidências. A que demonstrar mais evidências é a mais aceite. Bem, em teoria, pois há muita gente que prefere não ver as evidências e acreditar no que nunca foi visto…

Explicações: Normais

Então vamos lá à explicação mais plausível e séria:
Uma tromba de água, um tornado em água suga água e os animais que estejam nas proximidades. Os ventos fortes transportam todo o material sugado pelo tornado até alturas elevadas. Depois é esperar por pressões baixas e… chover.
Um tornado pode sugar toda a água de um pequeno lago e toda a sua fauna. Posteriormente deixa cair tudo o que sugou a quilómetros de distância.
Uma característica é que quando chovem animais, tal evento ocorre com uma tempestade e os animais são pequenos e leves. No entanto há curiosidades sem resposta, como o porquê de não choverem animais diferentes, a chuva de animais é homogénea e, também, o porquê de não choverem plantas ou algas com os animais, já que os ventos fortes que elevam os animais podem também arrancar plantas.
Podemos ver uma imagem Doppler que revela uma tempestade a colidir com um bando de morcegos (a cor vermelha indica o movimento dos morcegos em direcção à nuvem).
 

Ver mais:

Ciência Hoje

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20/05/2010

Chove Água... e Animais!



Estamos habituados e ver, ouvir e sentir pingos de água de várias formas cair do céu. Por vezes a chuva vem em forma de gelo de tamanhos pequenos ou até do tamanho de bolas de golfe! Mas a chuva de sapos ou peixes e, por vezes, pássaros não é recorrente. Estes bichos vindos do céu podem vir congelados pelas temperaturas gélidas a grandes altitudes e alguns conseguem chegar vivos ao solo. Raramente ocorre a queda de pedaços de animais. Sim, pedaços de animais.
Exitem relatos bastante antigos. A Bíblia relata que o exército de Josué foi auxiliado por uma chuva de pedras sobre o exército amorita. Ainda na Era a.C., no século IV, Ateneu menciona uma chuva de peixes que durou três dias!
Já no século I há a descrição, por um naturalista – Plínio, o Velho -, de uma chuva de pedaços de carne, de sangue e lã.
Mais recentemente, em 1578, ratos caíram em Bergen, Noruega. Em Inglaterra, a aldeia de Acle viu cair uma chuva de sapos. E na cidade de Essex choveram salmões, arenques e pescadas! Obviamente que os comerciantes locais aproveitaram esta dádiva.
Em 1794, os soldados franceses que estavam em Lalein, França, narraram uma chuva de sapos durante uma chuvada. Em 1857, em Kentucky, uma mulher avisou pedaços de carne de veado a cair do céu. Quatro anos depois, após um terramoto, choveram mais peixes em Singapura.
No ano de 1873 a Scientific American noticia uma tempestade de sapos sobre a cidade de Kansas, Missouri. A mesma revista, em 1977 regista um aguaceiro de serpentes em Memphis.
Ainda no século passado ocorreu a chuva mais curiosa: uma chuva de moedas… do século XVI, na Rússia, trazidas por um tornado. Em 1953 rãs caíram sobre Leicester, Massachusetts, Estados Unidos. No ano seguinte foi a vez de Birmingham assistir a uma queda livre de sapos. Em 1968 outra chuva macabra, desta vez no Brasil, de carne e sangue.
No ano da primeira alunagem, 1969, caíram em Punta Gorda, Florida, bolas de golfe e, no mesmo ano, foram canários a chover em Maryland. Mais uma chuva de pássaros aconteceu em 1976, em San Luis Obispo, Californi, com uma chuva de melros e pombos. Durou dois dias.
Dois anos passaram para outro animal ser “escolhido” para cair sobre a terra. Na Austrália choveram carangueijos.
Já neste século, em 2002, voltou a chover peixe, nas montanhas gregas. Em 2007 choveram rãs em El Rebolledo, Espanha e, já este ano a Austália foi novamente prendada com este “milagre”: Na pequena localidade australiana de Lajamanu, os seus 650 habitantes foram ontem surpreendidos por uma chuva de peixes.”. O jornal Daily Mail refere que os peixes estavam vivos quando chegaram ao solo e os habitantes não perderam a oportunidade de os apanhar.”.

Nesta imagem podemos ver onde fica Lajamanu. O mar situa-se a mais de 200 km mas há lagos, como mostra a imagem, a uma distância menor, no Purnululu National Park.

Explicações: Paranormais

Uma das formas de explicar este fenómeno é a intervenção de extraterrestres ou deuses. Estas chuvas são interpretadas como castigos ou dádivas, dependendo do que caía. É um pouco como estas mesmas explicações hoje em dia, é à medida do humor de quem interpreta. É como convém. De facto, para ser verdade deveria ser provável tal explicação com uma evidência. Nunca ninguém viu um OVNI ou um Deus a lançar sapos para assustar, peixes para alimentar ou calhaus para castigar (convenhamos que não será de um qualquer deus um castigo destes…).
Outra explicação, bem mais rebuscada é a de dimensões extra pelas quais os objectos ou animais seriam teleportados de um local para outro.
Todas as hipóteses carecem de uma explicação plausível e, se possível com evidências. A que demonstrar mais evidências é a mais aceite. Bem, em teoria, pois há muita gente que prefere não ver as evidências e acreditar no que nunca foi visto…

Explicações: Normais

Então vamos lá à explicação mais plausível e séria:
Uma tromba de água, um tornado em água suga água e os animais que estejam nas proximidades. Os ventos fortes transportam todo o material sugado pelo tornado até alturas elevadas. Depois é esperar por pressões baixas e… chover.
Um tornado pode sugar toda a água de um pequeno lago e toda a sua fauna. Posteriormente deixa cair tudo o que sugou a quilómetros de distância.
Uma característica é que quando chovem animais, tal evento ocorre com uma tempestade e os animais são pequenos e leves. No entanto há curiosidades sem resposta, como o porquê de não choverem animais diferentes, a chuva de animais é homogénea e, também, o porquê de não choverem plantas ou algas com os animais, já que os ventos fortes que elevam os animais podem também arrancar plantas.
Podemos ver uma imagem Doppler que revela uma tempestade a colidir com um bando de morcegos (a cor vermelha indica o movimento dos morcegos em direcção à nuvem).
 

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