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Tunguska, 101 anos - Núvens Noctilucentes



As nuvens noctilucentes, são nuvens brilhantes, visíveis durante a noite, compostas de partículas de gelo que apenas se formam em altitudes elevadas e sob condições extremas de baixa temperatura. Formam-se a 90 Km de altura, na mesosfera acima das regiões polares durante os meses do verão, quando a mesosfera atinge uma temperatura de aproximadamente -117 graus Celsius.

Estas nuvens apareceram no dia seguinte da explosão de Tunguska e também aparecerem usualmente após os lançamentos dos ônibus espaciais.

No lançamento de um vaivém são libertadas cerca de 300 toneladas de vapor de água na termosfera terrestre e viajam até as regiões do Ártico e da Antártida, onde se formam estas nuvens fantásticas.

Kelley e seus colaboradores observaram com atenção o fenómeno destas núvens que surgiram dias depois do lançamento do vaivém espacial Endeavour (STS-118), a 8 de Agosto de 2007. Nuvens noctilucentes com aparência similar já tinham sido observadas após os lançamentos de 1997 e 2003.

Nas noites seguintes à explosão de Tunguska em 1908, os céus noturnos na Europa brilharam com intensidade incomum, particularmente na Grã-Bretanha, a mais de 5.000 km de distância.

Kelley ressaltou que ficou intrigado pelos relatos históricos das testemunhas sobre o que se passou depois e concluiu que os céus brilhantes deveriam ter sido causados por nuvens noctilucentes. O suposto cometa de 1908 teria começado a fragmentar-se possivelmente na mesma altitude em que ocorre a liberação das plumas de escape dos vaivéns espaciais, depois do lançamento. Em ambos os casos, grandes quantidades de vapor de água foram libertadas na atmosfera.

Ocorreu um mecanismo de transporte deste material durante dezenas de milhares de quilómetros num curto espaço de tempo e não há nenhum modelo físico conhecido que explique esta situação”, disse Kelley. “Trata-se uma ‘física inédita’, totalmente nova”.
Os cientistas informam que esta “nova” física está associada aos turbilhões energéticos atmosféricos, os quais giram na direcção contrária à dos ponteiros do relógio. Como o vapor de água foi capturado por estes redemoinhos, a água viajou em altas velocidades: quase 100 metros por segundo.

Os cientistas procuram há bastante tempo estudar a estrutura do vento nestas regiões superiores da atmosfera, o que é bastante difícil de realizar usando as ferramentas tradicionais tais como foguetes de sondagem, balões meteorológicos ou satélites espaciais, explicou Charlie Seyler, professor de engenharia eléctrica da Universidade de Cornell, e co-autor do artigo publicado.

Nossas observações mostram que o conhecimento corrente das camadas atmosféricas denominadas ‘mesosfera-inferior’ e ‘termosfera’ é muito pobre,” afirmou Seyler. A termosfera é a camada da atmosfera que fica acima da mesosfera.

Fonte:
http://eternosaprendizes.com/2009/06/28/tunguska-1908-novasevidencias-apontam-que-o-evento-foi-causado-por-um-cometa/


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01/07/2009

Tunguska, 101 anos - Núvens Noctilucentes



As nuvens noctilucentes, são nuvens brilhantes, visíveis durante a noite, compostas de partículas de gelo que apenas se formam em altitudes elevadas e sob condições extremas de baixa temperatura. Formam-se a 90 Km de altura, na mesosfera acima das regiões polares durante os meses do verão, quando a mesosfera atinge uma temperatura de aproximadamente -117 graus Celsius.

Estas nuvens apareceram no dia seguinte da explosão de Tunguska e também aparecerem usualmente após os lançamentos dos ônibus espaciais.

No lançamento de um vaivém são libertadas cerca de 300 toneladas de vapor de água na termosfera terrestre e viajam até as regiões do Ártico e da Antártida, onde se formam estas nuvens fantásticas.

Kelley e seus colaboradores observaram com atenção o fenómeno destas núvens que surgiram dias depois do lançamento do vaivém espacial Endeavour (STS-118), a 8 de Agosto de 2007. Nuvens noctilucentes com aparência similar já tinham sido observadas após os lançamentos de 1997 e 2003.

Nas noites seguintes à explosão de Tunguska em 1908, os céus noturnos na Europa brilharam com intensidade incomum, particularmente na Grã-Bretanha, a mais de 5.000 km de distância.

Kelley ressaltou que ficou intrigado pelos relatos históricos das testemunhas sobre o que se passou depois e concluiu que os céus brilhantes deveriam ter sido causados por nuvens noctilucentes. O suposto cometa de 1908 teria começado a fragmentar-se possivelmente na mesma altitude em que ocorre a liberação das plumas de escape dos vaivéns espaciais, depois do lançamento. Em ambos os casos, grandes quantidades de vapor de água foram libertadas na atmosfera.

Ocorreu um mecanismo de transporte deste material durante dezenas de milhares de quilómetros num curto espaço de tempo e não há nenhum modelo físico conhecido que explique esta situação”, disse Kelley. “Trata-se uma ‘física inédita’, totalmente nova”.
Os cientistas informam que esta “nova” física está associada aos turbilhões energéticos atmosféricos, os quais giram na direcção contrária à dos ponteiros do relógio. Como o vapor de água foi capturado por estes redemoinhos, a água viajou em altas velocidades: quase 100 metros por segundo.

Os cientistas procuram há bastante tempo estudar a estrutura do vento nestas regiões superiores da atmosfera, o que é bastante difícil de realizar usando as ferramentas tradicionais tais como foguetes de sondagem, balões meteorológicos ou satélites espaciais, explicou Charlie Seyler, professor de engenharia eléctrica da Universidade de Cornell, e co-autor do artigo publicado.

Nossas observações mostram que o conhecimento corrente das camadas atmosféricas denominadas ‘mesosfera-inferior’ e ‘termosfera’ é muito pobre,” afirmou Seyler. A termosfera é a camada da atmosfera que fica acima da mesosfera.

Fonte:
http://eternosaprendizes.com/2009/06/28/tunguska-1908-novasevidencias-apontam-que-o-evento-foi-causado-por-um-cometa/

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