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Variabilidade: Ajuste e Desajuste

Uma população é mais resistente às alterações envolventes quanto mais variável ela for. Se uma população é muito especializada tem poucas chances de sobreviver a alguma mudança no seu habitat.

As emissões de gases de efeito estufa fazem aquecer o planeta, o que poderá levar a extinções resultantes da discrepância entre cronogramas de espécies sequentes na cadeia alimentar.
Os anos produtivos das larvas de bacalhau ocorriam quando os cronogramas de zooplâncton e fitoplâncton coincidiam. A esta feliz sequência de acontecimentos chama-se ajuste. Ao contrário de quando o zooplâncton está fora de sincronia com o seu alimento, levando a uma redução do número de larvas de bacalhau a que se chama desajuste.

À medida que as temperaturas sobem, espécies interdependentes em muitos ecossistemas estão-se a desviar do sincronismo. Comparando os anos 90 com as quatro décadas anteriores 385 plantas estavam florescendo 4,5 dias mais cedo na média. Destas 385, 60 floresciam duas semanas antes.

Estas mudanças climáticas fizeram com que as folhas de carvalho brotassem mais cedo. Como resultado, as mariposas de lagartas do inverno, que são alimento para que as crias de pardal criem penugem, atingem um pico de biomassa actualmente mais cedo em relação à duas décadas atrás. Como o tempo de postura dos ovos de pardal não se alterou, somente as primeiras crias consomem os vermes. O cronograma de algumas espécies ficam, devido a estas mudanças, desemparelhadas criando um desajuste na cadeia alimentar. Outra espécie afectada são os pinguins de Adélia. Nos últimos 50 anos, as temperaturas de inverno na Península Antárctica subiram quase 6ºC, pondo em risco os pinguins de Adélia cujo número decresceu 70% nos últimos 30 anos. O descongelamento do manto de gelo marinho faz com que humidade excessiva escape para a atmosfera causando, deste modo um aumento da precipitação de neve. Devido a esta precipitação as faces voltadas para Sul, abrigadas dos ventos, são as últimas a derreter na Primavera. As aves precisam de solo nu para construir os seus ninhos de pedregulhos. Se a neve não derrete a tempo, os pinguins de Adélia tentam nidificar sobre ela. Quando a neve derrete, os ovos encharcam de água e “goram”.

fotes:
Scientific American

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28/04/2009

Variabilidade: Ajuste e Desajuste

Uma população é mais resistente às alterações envolventes quanto mais variável ela for. Se uma população é muito especializada tem poucas chances de sobreviver a alguma mudança no seu habitat.

As emissões de gases de efeito estufa fazem aquecer o planeta, o que poderá levar a extinções resultantes da discrepância entre cronogramas de espécies sequentes na cadeia alimentar.
Os anos produtivos das larvas de bacalhau ocorriam quando os cronogramas de zooplâncton e fitoplâncton coincidiam. A esta feliz sequência de acontecimentos chama-se ajuste. Ao contrário de quando o zooplâncton está fora de sincronia com o seu alimento, levando a uma redução do número de larvas de bacalhau a que se chama desajuste.

À medida que as temperaturas sobem, espécies interdependentes em muitos ecossistemas estão-se a desviar do sincronismo. Comparando os anos 90 com as quatro décadas anteriores 385 plantas estavam florescendo 4,5 dias mais cedo na média. Destas 385, 60 floresciam duas semanas antes.

Estas mudanças climáticas fizeram com que as folhas de carvalho brotassem mais cedo. Como resultado, as mariposas de lagartas do inverno, que são alimento para que as crias de pardal criem penugem, atingem um pico de biomassa actualmente mais cedo em relação à duas décadas atrás. Como o tempo de postura dos ovos de pardal não se alterou, somente as primeiras crias consomem os vermes. O cronograma de algumas espécies ficam, devido a estas mudanças, desemparelhadas criando um desajuste na cadeia alimentar. Outra espécie afectada são os pinguins de Adélia. Nos últimos 50 anos, as temperaturas de inverno na Península Antárctica subiram quase 6ºC, pondo em risco os pinguins de Adélia cujo número decresceu 70% nos últimos 30 anos. O descongelamento do manto de gelo marinho faz com que humidade excessiva escape para a atmosfera causando, deste modo um aumento da precipitação de neve. Devido a esta precipitação as faces voltadas para Sul, abrigadas dos ventos, são as últimas a derreter na Primavera. As aves precisam de solo nu para construir os seus ninhos de pedregulhos. Se a neve não derrete a tempo, os pinguins de Adélia tentam nidificar sobre ela. Quando a neve derrete, os ovos encharcam de água e “goram”.

fotes:
Scientific American

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