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Do Caos à Ordem

“A segunda lei da termodinâmica descreve como uma sucessão de estados de equilíbrio pode ser irreversível, de forma que o sistema não possa voltar ao seu estado inicial sem cobrar um preço à sua vizinhança” (Rubi, M, SciAm Dezembro, 2008). Os processos naturais, espontâneos, ocorrem apenas num sentido: são irreversíveis, ocorrendo com aumento de entropia. Um cubo de gelo derretido não se refaz espontaneamente; é necessário um custo energético. A entropia é uma medida da desordem de um determinado sistema. Quantifica a irreversibilidade espontânea do sentido de um processo.

A entropia é calculada como sendo a quantidade de calor trocada a dividir pela temperatura. Num sistema isolado, a entropia mantém-se ou aumenta. Nunca diminui.

“O Universo é um sistema em expansão. Então, a sua entropia pode aumentar sem limite.” Desta forma o Universo nunca entra num estado de equilíbrio.

“Os sistemas em não-equilíbrio (…) contrariam a ideia de que a natureza tende a tornar-se cada vez mais desordenada”

Alguns eventos estão relacionados com o não-equilíbrio. Vejamos a osmose reversa. Trata-se de um “processo de separação em que o solvente é separado do soluto de baixa massa molecular por uma membrana permeável ao solvente e impermeável ao soluto”. Este processo é usado tanto para dessalinização da água do mar ou para recuperação de águas residuais. Neste processo, uma pressão externa mantém o sistema fora de equilíbrio, através de uma pressão superior à pressão osmótica do lado da solução mais concentrada. A água é forçada a fluir no sentido menos concentrado.

Estes processos, de não-equilíbrio, estão ligados pela relação de reciprocidade (Lars Onsager). A relação de reciprocidade mostra como um sistema que não está em equilíbrio pode ser ordenado, ou seja, promover uma diminuição da entropia interna desse sistema.

Se aquecermos um fluido pela parte inferior, forma-se um gradiente de calor em que, na base a temperatura é mais elevada do que no topo. Se a temperatura aumenta, o gradiente também aumenta provocando um desvio do equilíbrio. Forma-se um movimento de convecção que… é ordenado! Se a temperatura aumentar mais ainda, o movimento torna-se torbulento. “O problema de Bénard, demonstra que a ordem pode-se transformar em caos e de novo em ordem, à medida que o sistema se desvia para o equilíbrio.”


Fontes:

Scientific American, Dezembro 2008


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10 comentários:

Sam disse...

Pois é caro colega, mas quanto mais a ciência evolui, mais eu acredito em Deus. Não é Deus que evolui a medicina, mas é Deus que o permite. Podes não conseguir pensar desta maneira, é normal.

A Ciência não cria, apenas explica o que está criado. Não é por Newton, que por acaso era cristão, ter descoberto que a lei da gravidade, que signifique que ela não tenha sido criada por Deus.
Neste preciso momento tenho um relógio no pulso (por acaso não tenho), posso estudá-lo e explicar-te como ele trabalha, mas não faço a mínima de quem foi o homem que o montou.

"Um pouco de Ciência afasta-nos de Deus, mas muita aproxima-nos." Louis Pasteur

Dário Cardina Codinha disse...

Não digo que não possa ter sido um deus ou lá o que for a criar o ponto inicial de onde tudo começou. Mas quando a ciência começa a escavar vai encontrando peças que promoveram a evolução das outras.

Antes de conhecermos a força da gravidade podíamos atribuir a deus essa força. Após algum tempo e ciência o deus chamava-se campo gravítico e tinha um valor.

Antes de conhecermos o ponto de onde partem todas as galáxias dizíamos que era deu. Depois descobriu-se que esse deus era uma expansão universal que tinha o início num ponto comum.

Quando não se sabia de onde vinham as constantes dizia-se que era deus que as criara. Obviamente que a ciência tem o dom da pesquisa e descobriu de onde vêm.

Deus que era 70% foi diminuindo e continua a diminuir no âmbito científico. O que não se sabe é porque é deus. Quando se descobre deixa de ser deus e passa a ser o que realmente é. E como, à medida que o tempo passa sabemos cada vez mais, consequentemente, deus está cada vez mais pequeno (na ciência).

Não digo que cada pessoa não deva ter um deus (se precisar ou se quiser) para lhe dar força, alento, conversar, questionar, pedir, etc... Até pode fazer bem a alguém que precise de um amigo e não tenha ninguém para falar ou que não confie em nenhum amigo. Ou alguém que precise de alguma ajuda para ser feliz. Assim, deposita essa esperança, dor, preocupação ou responsabilidade no deus, e ficamos livres disso tudo. Até poderá ser uma boa desculpa quando erramos: "foi deus que permitiu"; "deus é que quis que assim fosse"; etc..

Eu gosto de ser responsável e assumir as minhas culpas, no bom e no mau. Procuro gerir a minha vida a todos os níveis da melhor forma possível e posso dizer que sou feliz. Cada pessoa sente falta de coisas diferentes e cada pessoa só se sente realizada com coisas diferentes. Uns precisam mais que outros. Não digo que quem tem um deus seja mais fraco. Apenas toda a gente é diferente e toda a gente tem potencial para algo.

Mas deus na ciência é que não. A ciência tem o seu domínio e é da sua natureza explicar o universo por processos naturais. Deus tem o seu domínio em fazer feliz quem precisa de ser feliz com um deus.

Anónimo disse...

Deus é meu amigo!

Samuel disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Dário Cardina Codinha disse...

“Tu achas que vieste do acaso, que foste fruto de processos aleatórios... Então está tudo explicado ! “
As tuas ideias sobre uma ciência que desconheces são muito redutoras e faz-te pensar que és superior aos outros só porque acreditas em algo que os outros não acreditam. Não, não está tudo explicado. O objectivo da ciência é ir explicando a natureza pelos métodos naturais.

“É por isso que eu fiquei com mais inteligência que tu... Foi aleatório.”
A tua arrogância nada tem a ver com inteligência mas sim com uma certa esperteza de tentar dar a volta à questão fazendo focar uma ofensa. E isso não é ciência porque a ciência discute a natureza com argumentos válidos. A aleatoriedade é inerente a todos os átomos do Universo. O princípio da Incerteza de Heizenberg diz-nos que para saberes onde está uma partícula não sabes a sua velocidade e vice-versa. Deste modo as partículas comportam-se como ondas de probabilidade, tendo uma probabilidade maior de estar em certos sítios e uma menor de estar noutros.


“Enfim... Idiota!”
E, no fim, como não podia deixar de ser, mais uma ofensa. Em vez de argumentos tens ofensas… hmmm estranho. Esses são os teus argumentos?

Sam disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Dário Cardina Codinha disse...

Não sei que idade tens mas as tuas respostas não tiveram muito conteúdo... Não introduziu qualquer informação relativamente ao tema.

Se lês apenas os títulos é contigo. Se tens como home page um site que mal lês também é contigo, toda a gente é livre de ler o que quiser. Ainda por cima comentas posts que não lês.

Anónimo disse...

preciso de fazer um trabalho para filosofia sobre este tema da tecnociência, ajudas-me?

Dário Cardina Codinha disse...

Olá, primeiro gostava de saber quem és.

Em segundo, ajudo. Envia-me um mail a explicar os objectivos

18/04/2009

Do Caos à Ordem

“A segunda lei da termodinâmica descreve como uma sucessão de estados de equilíbrio pode ser irreversível, de forma que o sistema não possa voltar ao seu estado inicial sem cobrar um preço à sua vizinhança” (Rubi, M, SciAm Dezembro, 2008). Os processos naturais, espontâneos, ocorrem apenas num sentido: são irreversíveis, ocorrendo com aumento de entropia. Um cubo de gelo derretido não se refaz espontaneamente; é necessário um custo energético. A entropia é uma medida da desordem de um determinado sistema. Quantifica a irreversibilidade espontânea do sentido de um processo.

A entropia é calculada como sendo a quantidade de calor trocada a dividir pela temperatura. Num sistema isolado, a entropia mantém-se ou aumenta. Nunca diminui.

“O Universo é um sistema em expansão. Então, a sua entropia pode aumentar sem limite.” Desta forma o Universo nunca entra num estado de equilíbrio.

“Os sistemas em não-equilíbrio (…) contrariam a ideia de que a natureza tende a tornar-se cada vez mais desordenada”

Alguns eventos estão relacionados com o não-equilíbrio. Vejamos a osmose reversa. Trata-se de um “processo de separação em que o solvente é separado do soluto de baixa massa molecular por uma membrana permeável ao solvente e impermeável ao soluto”. Este processo é usado tanto para dessalinização da água do mar ou para recuperação de águas residuais. Neste processo, uma pressão externa mantém o sistema fora de equilíbrio, através de uma pressão superior à pressão osmótica do lado da solução mais concentrada. A água é forçada a fluir no sentido menos concentrado.

Estes processos, de não-equilíbrio, estão ligados pela relação de reciprocidade (Lars Onsager). A relação de reciprocidade mostra como um sistema que não está em equilíbrio pode ser ordenado, ou seja, promover uma diminuição da entropia interna desse sistema.

Se aquecermos um fluido pela parte inferior, forma-se um gradiente de calor em que, na base a temperatura é mais elevada do que no topo. Se a temperatura aumenta, o gradiente também aumenta provocando um desvio do equilíbrio. Forma-se um movimento de convecção que… é ordenado! Se a temperatura aumentar mais ainda, o movimento torna-se torbulento. “O problema de Bénard, demonstra que a ordem pode-se transformar em caos e de novo em ordem, à medida que o sistema se desvia para o equilíbrio.”


Fontes:

Scientific American, Dezembro 2008

10 comentários:

Sam disse...

Pois é caro colega, mas quanto mais a ciência evolui, mais eu acredito em Deus. Não é Deus que evolui a medicina, mas é Deus que o permite. Podes não conseguir pensar desta maneira, é normal.

A Ciência não cria, apenas explica o que está criado. Não é por Newton, que por acaso era cristão, ter descoberto que a lei da gravidade, que signifique que ela não tenha sido criada por Deus.
Neste preciso momento tenho um relógio no pulso (por acaso não tenho), posso estudá-lo e explicar-te como ele trabalha, mas não faço a mínima de quem foi o homem que o montou.

"Um pouco de Ciência afasta-nos de Deus, mas muita aproxima-nos." Louis Pasteur

Dário Cardina Codinha disse...

Não digo que não possa ter sido um deus ou lá o que for a criar o ponto inicial de onde tudo começou. Mas quando a ciência começa a escavar vai encontrando peças que promoveram a evolução das outras.

Antes de conhecermos a força da gravidade podíamos atribuir a deus essa força. Após algum tempo e ciência o deus chamava-se campo gravítico e tinha um valor.

Antes de conhecermos o ponto de onde partem todas as galáxias dizíamos que era deu. Depois descobriu-se que esse deus era uma expansão universal que tinha o início num ponto comum.

Quando não se sabia de onde vinham as constantes dizia-se que era deus que as criara. Obviamente que a ciência tem o dom da pesquisa e descobriu de onde vêm.

Deus que era 70% foi diminuindo e continua a diminuir no âmbito científico. O que não se sabe é porque é deus. Quando se descobre deixa de ser deus e passa a ser o que realmente é. E como, à medida que o tempo passa sabemos cada vez mais, consequentemente, deus está cada vez mais pequeno (na ciência).

Não digo que cada pessoa não deva ter um deus (se precisar ou se quiser) para lhe dar força, alento, conversar, questionar, pedir, etc... Até pode fazer bem a alguém que precise de um amigo e não tenha ninguém para falar ou que não confie em nenhum amigo. Ou alguém que precise de alguma ajuda para ser feliz. Assim, deposita essa esperança, dor, preocupação ou responsabilidade no deus, e ficamos livres disso tudo. Até poderá ser uma boa desculpa quando erramos: "foi deus que permitiu"; "deus é que quis que assim fosse"; etc..

Eu gosto de ser responsável e assumir as minhas culpas, no bom e no mau. Procuro gerir a minha vida a todos os níveis da melhor forma possível e posso dizer que sou feliz. Cada pessoa sente falta de coisas diferentes e cada pessoa só se sente realizada com coisas diferentes. Uns precisam mais que outros. Não digo que quem tem um deus seja mais fraco. Apenas toda a gente é diferente e toda a gente tem potencial para algo.

Mas deus na ciência é que não. A ciência tem o seu domínio e é da sua natureza explicar o universo por processos naturais. Deus tem o seu domínio em fazer feliz quem precisa de ser feliz com um deus.

Anónimo disse...

Deus é meu amigo!

Dário Cardina Codinha disse...

E...

Samuel disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Dário Cardina Codinha disse...

“Tu achas que vieste do acaso, que foste fruto de processos aleatórios... Então está tudo explicado ! “
As tuas ideias sobre uma ciência que desconheces são muito redutoras e faz-te pensar que és superior aos outros só porque acreditas em algo que os outros não acreditam. Não, não está tudo explicado. O objectivo da ciência é ir explicando a natureza pelos métodos naturais.

“É por isso que eu fiquei com mais inteligência que tu... Foi aleatório.”
A tua arrogância nada tem a ver com inteligência mas sim com uma certa esperteza de tentar dar a volta à questão fazendo focar uma ofensa. E isso não é ciência porque a ciência discute a natureza com argumentos válidos. A aleatoriedade é inerente a todos os átomos do Universo. O princípio da Incerteza de Heizenberg diz-nos que para saberes onde está uma partícula não sabes a sua velocidade e vice-versa. Deste modo as partículas comportam-se como ondas de probabilidade, tendo uma probabilidade maior de estar em certos sítios e uma menor de estar noutros.


“Enfim... Idiota!”
E, no fim, como não podia deixar de ser, mais uma ofensa. Em vez de argumentos tens ofensas… hmmm estranho. Esses são os teus argumentos?

Sam disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Dário Cardina Codinha disse...

Não sei que idade tens mas as tuas respostas não tiveram muito conteúdo... Não introduziu qualquer informação relativamente ao tema.

Se lês apenas os títulos é contigo. Se tens como home page um site que mal lês também é contigo, toda a gente é livre de ler o que quiser. Ainda por cima comentas posts que não lês.

Anónimo disse...

preciso de fazer um trabalho para filosofia sobre este tema da tecnociência, ajudas-me?

Dário Cardina Codinha disse...

Olá, primeiro gostava de saber quem és.

Em segundo, ajudo. Envia-me um mail a explicar os objectivos

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