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Buracos Negros: Território Inexplorado II - Possibilidades

A emissão transporta energia e a massa do buraco negro diminui, pela equivalência E=mc2. Deste modo, um buraco negro é instável. Ao diminuir de tamanho aquece, emitindo partículas cada vez mais energéticas e encolhendo cada vez mais rapidamente. O tempo para um buraco negro evaporar é proporcional ao cubo da massa inicial (com 1012 Kg demora 1010 anos; com 2 x 1030 Kg (Massa Solar) demora 1064 anos).

Conforme a teoria da relatividade, toda a informação que entra num buraco negro é perdida para sempre. Se o buraco negro se evapora o que acontece com a informação? Stephen Hawking sugeriu que a informação é destruída, o que contradiz a mecânica quântica.

Uma alternativa à destruição da informação é:

- A hipótese de restos de buracos negros

Estes remanescentes de buracos negros guardariam a informação depois de o buraco negro evaporar. As leis da física prevêem que a taxa de produção de uma partícula é proporcional ao número de tipos possíveis dessa partícula. Deste modo, os remanescentes de buracos negros teriam de ser produzidos a uma taxa infinita. Isto tornaria a Natureza altamente instável.

Uma outra alternativa é:

- O princípio da localidade inválido

Eventos em pontos espacialmente separados só se podem influenciar mutuamente se a luz tiver tido tempo de viajar entre as duas partículas. Se este princípio for inválido.

Uma outra possibilidade é a detecção de buracos negros microscópicos primordiais, com 1012Kg a explodir no Universo actual. Explosões de raios gama mais curtas podem ser buracos negros primordiais a explodir.

No LHC (Large Hadron Collider), um protão atinge uma energia de 7 teraelectrão-volt, que é equivalente a uma massa de 10-23Kg. Quando duas partículas nestas condições chocam, a sua energia é concentrada numa região minúscula, ficando suficientemente perto para formar um buraco negro.

Surge, então, um problema. 10-23 Kg é menor que os 10-8Kg correspondente ao valor de Plank. No LHC, a região em que uma partícula pode ser confinada é de 10-19 metros, permitindo uma densidade de 1034Kg, que não é o necessário para criar um buraco negro.

Recentemente os físicos perceberam que a estimativa da densidade de Plank pode estar exagerada. A teoria das cordas prevê que o espaço tem mais dimensões. A gravidade propaga-se ao longo das várias dimensões extra e, como resultado, torna-se mais intensa a pequenas distâncias.

Em três dimensões – força da gravidade quadriplica quando a distância diminui para metade

Em nove dimensões – força da gravidade aumenta 256 vezes a metade da distância

O que se pode ver no LHC se houver produção de buracos negros? Em primeiro lugar observa-se a formação de buracos negros à taxa de um por segundo. Em segundo lugar, de acordo com Stephen Hawking, um buraco negro irradia um elevado número de partículas com alta energia em todas as direcções. Os produtos do decaimento incluem todas as espécies de partículas da Natureza.

Fonte: Scientific American 2008

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14/08/2008

Buracos Negros: Território Inexplorado II - Possibilidades

A emissão transporta energia e a massa do buraco negro diminui, pela equivalência E=mc2. Deste modo, um buraco negro é instável. Ao diminuir de tamanho aquece, emitindo partículas cada vez mais energéticas e encolhendo cada vez mais rapidamente. O tempo para um buraco negro evaporar é proporcional ao cubo da massa inicial (com 1012 Kg demora 1010 anos; com 2 x 1030 Kg (Massa Solar) demora 1064 anos).

Conforme a teoria da relatividade, toda a informação que entra num buraco negro é perdida para sempre. Se o buraco negro se evapora o que acontece com a informação? Stephen Hawking sugeriu que a informação é destruída, o que contradiz a mecânica quântica.

Uma alternativa à destruição da informação é:

- A hipótese de restos de buracos negros

Estes remanescentes de buracos negros guardariam a informação depois de o buraco negro evaporar. As leis da física prevêem que a taxa de produção de uma partícula é proporcional ao número de tipos possíveis dessa partícula. Deste modo, os remanescentes de buracos negros teriam de ser produzidos a uma taxa infinita. Isto tornaria a Natureza altamente instável.

Uma outra alternativa é:

- O princípio da localidade inválido

Eventos em pontos espacialmente separados só se podem influenciar mutuamente se a luz tiver tido tempo de viajar entre as duas partículas. Se este princípio for inválido.

Uma outra possibilidade é a detecção de buracos negros microscópicos primordiais, com 1012Kg a explodir no Universo actual. Explosões de raios gama mais curtas podem ser buracos negros primordiais a explodir.

No LHC (Large Hadron Collider), um protão atinge uma energia de 7 teraelectrão-volt, que é equivalente a uma massa de 10-23Kg. Quando duas partículas nestas condições chocam, a sua energia é concentrada numa região minúscula, ficando suficientemente perto para formar um buraco negro.

Surge, então, um problema. 10-23 Kg é menor que os 10-8Kg correspondente ao valor de Plank. No LHC, a região em que uma partícula pode ser confinada é de 10-19 metros, permitindo uma densidade de 1034Kg, que não é o necessário para criar um buraco negro.

Recentemente os físicos perceberam que a estimativa da densidade de Plank pode estar exagerada. A teoria das cordas prevê que o espaço tem mais dimensões. A gravidade propaga-se ao longo das várias dimensões extra e, como resultado, torna-se mais intensa a pequenas distâncias.

Em três dimensões – força da gravidade quadriplica quando a distância diminui para metade

Em nove dimensões – força da gravidade aumenta 256 vezes a metade da distância

O que se pode ver no LHC se houver produção de buracos negros? Em primeiro lugar observa-se a formação de buracos negros à taxa de um por segundo. Em segundo lugar, de acordo com Stephen Hawking, um buraco negro irradia um elevado número de partículas com alta energia em todas as direcções. Os produtos do decaimento incluem todas as espécies de partículas da Natureza.

Fonte: Scientific American 2008

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